quinta-feira, 19 de abril de 2012

A IGREJA E AS IGREJAS

A IGREJA E AS IGREJAS “Escrevo essas coisas a você, esperando ir vê-lo logo. Mas se eu demorar esta carta vai lhe dizer como devemos agir na família de Deus, que é a Igreja do Deus vivo, a qual é coluna e alicerce da verdade.” (1 Timóteo 3.14,15-BLH) Hoje quero utilizar esse meu espaço para tentar responder a duas questões que me foram apresentadas. A primeira foi a respeito da existência das várias Denominações Evangélicas. Pergunta que me foi dirigida por um aluno, quando eu ainda lecionava na Faculdade Evangélica de Teologia-Seminário Unido - Campus de Itaguaí. Ele queria saber se as Denominações Evangélicas: Metodista, Congregacional, Batista, Presbiteriana, Assembléia de Deus, entre outras, existiam por estarem dentro dos propósitos e da vontade de Deus? Respondi que a Bíblia, nossa única regra infalível de fé e prática, não faz menção das aludidas denominações. Ela destaca as duas Ordenanças_ Batismo e Ceia_ dá-nos informações de como era o governo da Igreja Primitiva. Fala sobre os dois Ofícios: Presbiterato e Diaconato. Menciona os ministérios, dons, serviços e funções, bem como destaca a tarefa precípua da Igreja que é Pregar o Evangelho e fazer Discípulos ( Marcos 16.15; Mateus 28.18-20; Atos 1.8). Todavia, tomando por base as palavras de Gamaliel, em Atos 5.35-39, podemos concluir que se elas não estivessem presentes, mesmo que apenas na Vontade Permissiva de Deus, certamente não estariam existindo e prosperando. Para mim, pessoalmente, a orientação e a advertência dadas por Gamaliel ao Sumo Sacerdote e aos Saduceus, serve de parâmetro para justificar a existência das chamadas Denominações Evangélicas. A outra questão foi mais recente e surgiu durante um Estudo Bíblico que eu estava ministrando e, creio motivada pelas reportagens mostradas pelas Emissoras de Televisão. Um irmão queria saber o que eu penso sobre o “crescente número desses novos movimentos e seguimentos evangélicos.” Bem, respondi, aqui nós temos que observar o conselho e as advertências de João e Paulo. O primeiro nos diz:: “que não devemos dar crédito a qualquer espírito, mas provar se os espíritos procedem de Deus, isso porque, muitos falsos profetas têm saído mundo fora.” Já Paulo recomenda: “ Examinar tudo e reter o que é bom.” (1 João 4.1 e 1 Tessalonicenses 5.21). Isso nos é possível porque, além de termos a mente de Cristo, (1 Coríntios 2.16) dispomos da Palavra de Deus, as Escrituras Sagradas, que é o nosso aferidor (Isaias 8.20-BLH-; Gálatas 6.16) e ainda o exemplo dos bereanos. ( Atos 17.11) Também porque estamos avisados pelo próprio Senhor Jesus, ao nos advertir que: “Nos últimos tempos surgiriam falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, até os escolhidos.” ( Mateus 24.24,25). É bom lembrar que Jesus Cristo é o Fundador e o Fundamento da Igreja (Mateus 16.18). As igrejas, comunidades locais, cujas doutrinas, formas de governo e práticas se fundamentam e se regem pelas Escrituras Sagradas, são partes, são extensões visíveis da Igreja Invisível, o Corpo de Cristo. Razão pela qual elas são “organizadas” e não “fundadas.” Quanto aos chamados “novos movimentos,” na sua maioria têm os seus fundadores os quais elaboram suas próprias doutrinas, formas de governoe práticas litúrgicas que, em vários casos, carecem de fundamentação bíblica. Fatos que justificam a necessidade de estarmos atentos às advertências de Paulo e Pedro. O primeiro fala sobre “aqueles que mercadejam a Palavra de Deus.” O segundo chama a nossa atenção, “quanto àqueles que em sua ambição pelo dinheiro, falsos mestres que vão explorar vocês, contando histórias inventadas.” ( 2 Coríntios 2.17 e 1 Pedro 2.3-BLH) Realidades que não devem nos assustar pois estamos prevenidos quanto ao que estaria acontecendo nos últimos tempos, como registramos acima. Todavia, lamentamos com pesar, já que esses fatos contribuem para o achincalhe, o menosprezo e o escárnio do Evangelho de Cristo, como podemos constatar no artigo “Apocalipse Agora” de Márcia Cabrita, na Revista Veja de janeiro deste ano, às paginas 82.

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