terça-feira, 18 de junho de 2013

PROTESTOS



Analisando os protestos que estão ocorrendo em várias capitais do País, podemos identificar alguns grupos dentre os seus milhares de participantes.
            1º Há aqueles que se assemelham aos que participaram do tumulto na cidade de Éfeso, quando da visita de Paulo àquela cidade. Lucas registra: “Uns, pois, gritavam de uma forma, outros, de outra; porque a assembléia caíra em confusão. E na sua maior parte nem sabiam por que motivos estavam reunidos.” (Atos 19. Vs. 32);
            2º Há os simpatizantes de pequenos partidos políticos que vêem nesses movimentos a oportunidade para, com suas faixas com a sigla de seus partidos, pegarem uma “casquinha”, no meio da massa humana;
            3º Há, também, um pequeno, mas ativo, grupo de baderneiros e arruaceiros, adeptos do “quanto pior, melhor” que acabam prejudicando a seriedade do movimento;
            4º Finalmente, há os que realmente sabem por que protestam e agem dentro da Lei e da Ordem, no uso da liberdade Democrática. Este grupo é formado pelos  que representam a grande maioria do povo brasileiro que se encontra decepcionada com a situação política, econômica e social do País. Com os desmandos, a corrupção, a politicagem e a falta de seriedade com que os principais problemas do País são tratados: Educação, saúde, segurança pública e punidade igualitária para todos os que transgridem, pois, afinal, “todos são iguais perante a Lei.”  


                    

PROTESTOS II



Cientistas e comentaristas políticos, entrevistados sobre a natureza dos últimos protestos que levaram milhares de pessoas às ruas, em várias cidades do País, afirmam que o Governo Federal e os Estaduais, estão atônitos à procura da verdadeira causa do movimento, já que ele é apartidário. Em minha opinião, tomando por base dados estatísticos divulgados após a última passeata em SP, onde, os entrevistados, mais de 80% se declararam não filiados e sem ligação com qualquer Partido Político e, 72% afirmaram estar participando pela 1ª vez, num movimento dessa natureza, fica claro que a Causa é a maneira de se fazer Política (Ciência ou arte de governar) no Brasil.
            O anterior e o atual governo do PT, que até então era oposição, ao assumir o Poder anunciou que renovaria o País com a sua forma de governar. E o que vimos? A política econômica do BC é a mesma do governo anterior; o sistema cambial é o mesmo; a forma de combate à inflação é a mesma (aumento dos juros); a privatização só trocou de nome, passou a ser “concessão;” as obras prioritárias, anunciadas em governos anteriores, tais como: construção de novas ferrovias, a construção e pavimentação de estradas, não saíram do papel. A saúde, a educação e a segurança públicas continuaram nas mesmas precárias condições. A corrupção continuou e até aumentou. A bolsa família e o cheque cidadão são cópias do governo de Fernando Henrique, no âmbito Federal, e do Governador Garotinho, na área Estadual.
            Os dizeres encontrados num cartaz, portado por um participante da passeata e divulgado pela Mídia, dizia: “Desculpem o transtorno, estamos construindo um novo País.” Creio que faltou a frase: “estamos tentando criar.” Creio que vale a pena continuar tentando.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

NÓS E A CRUZ DE CRISTO



Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu para o mundo. Apóstolo
Paulo em Gálatas, Cap. 6. Vs. 14.

            A Cruz de Cristo foi a primeira coisa criada por Deus, conforme nos mostra  o apóstolo João, ao declarar: “(...) O Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.” Apocalipse 13. Vs. 8. De fato, a Cruz de Cristo, é um divisor da História do Universo e, em especial, da História e Destino da Humanidade, em antes e depois da Cruz. É interessante como este símbolo se faz presente entre nós. Ela está na própria configuração física do ser humano. Se juntarmos as nossas pernas e abrirmos os nossos braços, teremos a figura da Cruz. Aprendemos que geograficamente, o nosso planeta está dividido em: Norte, Sul, Leste e Oeste. E mais, a Cruz está presente nos Dez Mandamentos, dos quais, os quatro primeiros, dizem respeito aos nossos deveres para com Deus, portanto, no nível vertical, e o seis finais falam de nossas relações com os nossos semelhantes, ou seja, no nível horizontal.  (Êxodo 20. Vs. 1- 17.
´           È interessante observar que na figura da cruz é a aste central que dá a base de sustentação para a aste horizontal, significando que por meio da Cruz de Cristo somos levados de volta à Comunhão com Deus e passamos a amar e a nos relacionar com o nosso próximo. Outro fato importante em relação à Cruz está em  que antes de Cristo tomá-la e fazer dela um símbolo de vitória sobre o pecado e a morte, ela era símbolo de maldição, como declara Deuteronômio 21. Vs. 23, e Paulo em Gálatas 3. Vs. 13, 14, onde lemos: “Porém Cristo, tornando-se maldição por nós, nos livrou da maldição imposta pela Lei. Como dizem as Escrituras: Maldito todo aquele que for pendurado uma cruz! Cristo fez isso para que a bênção que Deus prometeu a Abraão seja dada, por meio de Cristo Jesus, aos não-judeus e para que todos nós recebamos por meio da fé o Espírito que Deus prometeu .” (BLH). Por essa razão podemos compreender o sentimento de Paulo em relação à Cruz de Cristo, conforme vemos no texto que encima nossa Palavra Pastoral, bem como a sua percepção quanto aos vários e errôneos conceitos sobre o novo sentido e significado da Cruz que Jesus suportou em nosso lugar. Ele declara: “De fato, a mensagem da Morte de Cristo na Cruz é loucura para os que estão se perdendo, mas para nós, que estamos sendo salvos, é o Poder de Deus.”
1 Coríntios 1. Vs. 18. (BLH).
            Jesus iniciou o Seu Ministério e a realização dos seus milagres, revelando o seu Poder Transformar, num casamento em Caná da Galiléia, quando transformou água em vinho (João 2. Vs. 1-12) e o conclui com a transformação do símbolo e sentido da Cruz. Cruz que revela o quanto Cristo sofreu e o preço que ele pagou afim de revelar  o indefinível Amor de Deus por nós.


















O EXEMPLO



           
            Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu fiz, façais vós também.”
               João 13. Vs. 15.

            Existem alguns pensamentos sobre o valor do exemplo. Um deles diz que: “A palavra move, mas o exemplo arrasta.” Um outro afirma que: “Um exemplo vale mais que mil palavras.” Observando a vida de Jesus vemos que Ele não apenas ensinou, pregou e fez milagres, mas acima de tudo deu-nos exemplos de: obediência ao Pai que o enviou ao mundo; de misericórdia para com os necessitados, de renúncia; de serviço, de humildade; de mansidão; de fidelidade para com a Sua Missão; de trabalho; de bondade e, especialmente, de amor.
            O apóstolo Paulo escrevendo aos coríntios, recomendava: “Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo.” 1 Coríntios 11. Vs.1. E João declara:
“Aquele que diz que permanece em Cristo, esse, deve também andar (viver) assim como Ele andou (viveu).” 1 João 2.Vs. 6. O cristão evangélico é aquele que foi regenerado, ou seja, nasceu de novo e recebeu uma Nova Vida. Ver João 3. Vs. 3, 5; 2 Coríntios 5. Vs. 17; Tito 3.3,4. Paulo declara, a respeito dessa experiência: “Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu que vivo, mas Cristo vive em mim; e esse viver que agora tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim.” Gálatas 2. Vs. 19, 20.
          A Nova Vida que Cristo veio trazer aos homens deve ser vista na vida daqueles que já o receberam como Senhor e Salvador. Paulo recomenda: “Por isso eu, que estou preso porque sirvo o Senhor Jesus Cristo, peço a vocês que vivam de uma maneira que esteja de acordo com o que Deus quis quando chamou vocês. Sejam sempre humildes, bem educados e pacientes, suportando uns aos outros com amor. Façam tudo para conservar, por meio da paz que une vocês, a união que o Espírito dá.”Efésios 4. Vs. 1 – 3. (BLH) E aos Romanos Pauto recomenda: “(...) Para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos em novidade de vida.” Cap. 6. Vs. 4.
            Não desejo parecer crítico, porém não posso deixar de lamentar que hoje, faltam exemplos na vida de muitos membros de nossas igrejas e da própria igreja, posto que, exemplo não é encenação, aparência, máscara, superficialidade. Nada que seja artificial, porém algo concreto, real e consubstanciado por uma vivência de verdadeira comunhão com Cristo Jesus, e um comportamento que seja uma prova, uma evidência da Nova Vida alcançada por aqueles que já confessaram a Cristo como Senhor e Salvador. Ao final do seu Sermão do Monte, Ele declarou: “Assim também a luz de vocês deve brilhar  para que os outros vejam as coisas boas que vocês fazem e louvem o Pai de vocês que está no céu.” Mateus 5. Vs. 16. (BLH) Mais do que alvoroço ativismo e gritaria, precisamos de exemplos que permitam aos que nos cercam, “ver, outra vez a diferença entre o justo e o perverso, entre o que  serve a Deus e o que não o serve.” Malaquias 3. Vs. 18.
            





quarta-feira, 5 de junho de 2013

PASTORES VS POLÍTICA PARTIDÁRIA



Desta vez a pergunta foi mais direta e objetiva: “Pastor, o que o irmão acha sobre pastores se candidatarem a cargos políticos?” Como creio que essa é uma questão sobre a qual há opiniões diversas, externo o meu pensamento de forma pública a fim de alcançar outros cristãos evangélicos que tenham o mesmo interesse em conhecer a minha opinião pessoal sobre esse assunto. 
            1º Penso que a Igreja não deve se envolver com política partidária, ou seja, ela não deve ter um Partido Político, se filie ou mesmo manifeste o seu apoio a um deles;
            2º Entendo que o seu objetivo principal, como Igreja Cristã, é preparar cidadãos para a Pátria Celestial e, também, não se omitir na preparação de cidadãos conscientes dos direitos e deveres, para a Nação onde ela está localizada e exerce o seu ministério;
            3º Quanto aos pastores se candidatarem a cargos eletivos na política, penso que a recomendação do apóstolo Paulo, em sua segunda Carta a Timóteo, cap. 2. Vs. 2 e 4, é bastante clara e tem relação com  o que penso e embasa a minha posição sobre o tema em foco. Diz ele: “Tome os ensinamentos que você me ouviu dar na presença de muitas testemunhas e entregue-os aos cuidados de homens de confiança, que sejam capazes de ensinar outros. Pois o soldado, quando está servindo, quer agradar o seu comandante e por isso não se envolve em negócios da vida civil.” (BLH).
            4º O Pastor é um servo de Cristo que foi vocacionado, foi separado por Deus para um ministério (serviço) específico e de alta relevância e responsabilidade. Entendo que há áreas na vida secular, exemplos: Magistério, Medicina e seus vários ramos, que podem contribuir para o alargamento do seu espaço de sua influência e testemunho. Todavia, não creio que o exercício político-partidário, especialmente em nosso País, seja algo com o qual o Pastor deva se envolver. Essa é a minha opinião. Não sei se consegui ser bastante claro e suficientemente objetivo em manifestar o que penso sobre o tema levantado pelo meu irmão e leitor.

                                    (Pastor Mauro Ramalho – pr.m.ramalho@mail.com)

terça-feira, 4 de junho de 2013

TODOS PECARAM



              As mais de trezentas mil pessoas que lotavam a Praça de São Pedro, em Roma, foram tomadas de um misto de espanto e surpresa ao ouvirem dos lábios do Papa Francisco: “que ele havia cometido pecado.” Tal atitude revela a total e absoluta falta de conhecimento Bíblico, por parte dos romanistas. Salomão ao orar em favor do seu povo, diz: “Quando eles pecarem contra Ti - e não há ninguém que não peque.” 1 Reis 8. 46. O mesmo Salomão, em Eclesiastes 8. Vs. 20 declara:
 Não há homem justo sobre a terra, que faça o bem e nunca peque.” E Paulo afirma: “... pois já temos demonstrado que todos, tanto judeus como gregos (gentios) estão debaixo do pecado.” “Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus.” Romanos 3. 9, 23. A causa dessa dura realidade foi a desobediência de nossos primeiros pais, como nos mostra Paulo: “Porque pela desobediência de um só homem, entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens porque todos pecaram.”  Romanos 5. 12. Ver Vs. 19.
            No entanto, a maravilhosa mensagem do Evangelho, nos mostra que Jesus veio  ao mundo para, por meio de sua morte na cruz, pagar o preço de nossa libertação, como nos mostra o mesmo apóstolo: “Mas a misericórdia de Deus é muito grande, e o seu amor por nós e tanto, que, quando estávamos espiritualmente mortos por causa da nossa desobediência, (pecado) ele nos trouxe para a vida que temos em união com Cristo. Pela graça sois salvos.” Efésios 2. 4, 5. (BLH)  A grande diferença é  que todo aquele que é nascido de Deus não tem prazer e não vive na prática do pecado. 1 de João 5.18. Pois “este não tem mais domínio sobre ele.” Romanos 6.14, 23. Somos pecadores? Sim! Porém, pecadores salvos e libertados da condenação do pecado e da morte. “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Porque a lei do Espírito da vida em Cristo Jesus nos livrou da lei do pecado e da morte.”Romanos  8. Vs. 1

PARA PENSAR



O poder de Deus nos tem dado tudo o que precisamos para viver uma vida que agrada a Ele, por meio do conhecimento que temos daquele que nos chamou para tomarmos parte da sua glória e bondade.” 2 Pedro 1. Vs. 3.


             Todos nós, cristãos evangélicos, que cremos que a Bíblia é a Palavra de Deus e a estudamos e conhecemos o seu ensino, concordamos que uma das Palavras Chaves da Vida Cristã, é: PARTICIPAÇÃO. Nossa própria salvação ocorre quando, pela fé, nos tornamos participantes da vida de Cristo Jesus. Ver Hebreus 3. Vs. 14; 2 Pedro 1.Vs. 4. Cristão é aquele que tem parte com Cristo, que está em Cristo e é, por essa razão, uma nova criatura. Ver João 13.Vs. 8; 2; Romanos 1. Vs. 5 e Coríntios 5. Vs. 17.
         
            Quem é participante de Cristo torna-se membro do Seu Corpo que é a Igreja. Paulo afirma: “E pôs todas as coisas debaixo dos  seus pés e, para ser o cabeça sobre todas as coisas,o deu à Igreja, a qual é o Seu Corpo, a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas.” Efésios 1. Vs. 15, 16.  Em uma igreja local, que é parte da Igreja de Jesus Cristo, a participação, o envolvimento de todos os seus membros é de fundamental importância para o seu crescimento espiritual e numérico. Ver Atos  2. Vs. 42 - 47. No corpo humano todos os membros e órgãos atuam de forma conjunta, coordenada e harmoniosamente, e o resultado é o fortalecimento de todo o corpo. Assim é na igreja, onde, como membros do Corpo de Cristo e membros uns dos outros, precisam agir. Ver 1 Coríntios 11. Vs. 25 – 27.

           A Igreja não é uma simples organização. Ela é um Organismo Vivo. E vida envolve ação, dinamismo e frutos. Somos salvos não pelas obras, porque estas não produzem frutos. Só Vida produz frutos. Isso fica bem claro quando examinamos a figura da Videira. Nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo, declara: “Eu sou a videira, vós os ramos. Quem permanece em mim e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.” João 15. Vs. 5. Em Cristo e por meio da Nova Vida que recebemos quando estamos unidos com Ele, vivemos uma vida real, concreta e útil. Vida que gera comunhão, serviço e frutos. Vida que glorifica o Pai e promove o crescimento do Seu Reino e nos autentica diante do mundo, como sendo verdadeiros discípulos de Jesus Cristo, como Ele mesmo declara: “Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tornareis meus discípulos.” João 15. Vs. 8.