terça-feira, 20 de dezembro de 2011

DEUS, NO PRINCÍPIO


“As pessoas podem fazer os seus planos, porém é o
Senhor Deus quem dá a última palavra.” Provérbios 16.1-BLH-

É próprio do ser humano criar projetos, estabelecer metas, elaborar planos e ter sonhos. É certo que essa tendência é a responsável pelas grandes conquistas da humanidade em todas as áreas de sua longa história aqui na terra. Todavia, sabemos que muitos desses projetos e desses planos foram equivocados ou fracassaram. Em lugar de produzirem resultados satisfatórios, para os que os elaboraram e para a sociedade foram, muitos deles, um grande fracasso. Por quê? Quais as causas? Creio poder alinhar algumas razões. A primeira, sem dúvida, está no fato de não terem sido planejadas partindo da necessidade de ter Deus e sua vontade como ponto de partida. Deus, precisa estar no princípio de toda e qualquer iniciativa, ou projeto, ou plano que estejamos pensando em realizar. A Bíblia, que é a sua Palavra, deixa isso muito claro no seu primeiro Livro, onde vemos que Deus é a Gênese (origem) de tudo. No seu 1º vs. Está registrado: “No princípio, Deus.” Um outro texto, que corrobora com o que eu estou afirmando, é o do Salmo 127, onde encontramos a advertência: “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.” ( Vs.1) Uma segunda razão pode ser encontrada no Livro de Eclesiastes, onde o mesmo sábio Salomão declara: “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu.” ( 3.1). Creio que não seja necessário qualquer exercício de hermenêutica para entendermos que o referido texto está nos mostrando que é preciso iniciar a concretização dos nossos projetos, planos e sonhos, não apenas tendo o Senhor Deus como base, mas e também, no tempo próprio, na hora certa. O texto que encima nossa palavra pastoral de hoje chama a nossa atenção exatamente para isso. Nós podemos e devemos fazer planos, porém a palavra final, que aqui não quer dizer a última, mas sim aprovação e confirmação vêm do Senhor.
Uma outra e importante observação que desejo fazer quando pensamos em nossos em elaborar nossos planos e projetos, é a de perguntarmos à nós mesmos: O que eu estou pensando em fazer é lícito? Ou seja, está de acordo, não apenas com a Lei Positiva, mas com o que é direito e moralmente aprovado por Deus? Segunda pergunta: Eu devo fazer? Isso porque o que você deseja pode legal, lícito e moralmente correto, porém não é o que o Senhor tem como propósito para a sua vida Terceira pergunta: É tempo de fazer agora? Se projeto pode ser legal, lícito e estar dentro dos propósitos de Deus pra você. Todavia, como já vimos, é necessário fazer no tempo certo, posto que,
“há um tempo, uma hora, determinado para todo o propósito debaixo do céu.” Creio que você conhece vários exemplos de planos que fracassaram, não por serem ilegais ou ilícitos ou imorais; e nem porque não eram para serem feitos por aquelas pessoas, mas sim, porque foram feitos e concretizados de forma prematura, ou seja, antes do tempo.

Essa minha palavra pastoral se me afigura oportuna para você, meu leitor, para o momento que você está vivendo, no começo de um novo ano, de uma nova etapa que tem à sua frente.

AS PERVERSÕES HUMANAS



A Carta aos Romanos, escrita por Paulo entre os anos 56 e 59 d.C. aborda temas importantes como: Lei, Justiça, Justificação e Fé. Ela é tida pelos estudiosos como o Evangelho segundo Paulo. O Apóstolo, após definir na Introdução de sua Carta que “cristão é uma pessoa que foi chamada para pertencer a Cristo” (1. 5,6), passa a destacar as várias Perversões Humanas, tema que desejo abordar em nossa Devocional deste mês.
1ª A Perversão do Ateísmo:- “Deus castiga essas pessoas porque o que se pode conhecer a respeito de Deus está bem claro para elas, pois foi o próprio Deus que lhes mostrou isso. Desde que Deus criou o mundo, as suas qualidades invisíveis, isto é, o seu poder eterno e a sua natureza divina, têm sido vistas claramente. Os seres humanos podem ver tudo isso nas coisas que Deus tem feito e, portanto, eles não têm desculpa nenhuma. Eles sabem quem Deus é, mas não lhe dão a glória que ele merece e não lhe são agradecidos” ( 1.19-21-BLH);
2ª A Perversão da Idolatria:-“ Em vez de adorarem ao Deus imortal, adoram ídolos que se parecem com seres humanos, ou com pássaros, ou com animais de quatro patas, ou com animais que se arrastam pelo chão. Eles trocam a verdade sobre Deus pela mentira e adoram e servem as coisas que Deus criou, em vez de adorarem e servirem o próprio Criador, que deve ser louvado para sempre. Amém!” (1. 23, 25-BLH);
3ª A Perversão da Promiscuidade Sexual:- “Por isso Deus entregou os seres humanos aos desejos do coração deles para fazerem coisas sujas e para terem relações vergonhosas uns com os outros. Por causa das coisas que essas pessoas fazem, Deus as entregou as paixões vergonhosas. Pois até as mulheres trocaram as relações naturais pelas que são contra a natureza. E também os homens deixam as relações naturais com as mulheres e se queimam de paixão uns pelos outros e por isso recebem em si mesmos o castigo que merecem por causa dos seus erros” ( 1. 24, 26, 27-BLH);
4ª A Perversão das Relações Sociais:- “E, como não querem saber do verdadeiro conhecimento a respeito de Deus, ele entregou os seres humanos aos seus maus pensamentos, de modo que eles fazem o que não devem. Estão cheios de todo tipo de perversidade, maldade, ganância, vícios, ciúmes, crimes de morte, brigas, mentiras e malícia. Caluniam e falam mal uns dos outros. Têm ódio de Deus e são atrevidos, orgulhosos e vaidosos. Inventam maneiras de fazer o mal, desobedecem aos pais, são imorais, não cumprem a palavra, não têm amor por ninguém e não têm pena dos outros. Eles sabem que o mandamento de Deus diz que aqueles que fazem essas coisas merecem a morte. Mas mesmo assim continuam a fazê-las e, pior ainda, aprovam os que fazem as mesmas coisas que eles fazem” (1.28-32-BLH).

Como vocês, meu leitor e minha leitora, podem perceber, eu só citei os textos bíblicos. Não fiz nenhum comentário pessoal. O que aqui está é a Pura, Verdadeira, Infalível e Imutável Palavra de Deus, “que é inspirada por Ele e é útil para ensinar a verdade, condenar o erro, corrigir as faltas e ensinar a maneira certa de viver” – 2 Timóteo 3.16-BLH

domingo, 18 de dezembro de 2011

EXPERIÊNCIAS PESSOAIS


CONVERSÃO: Não sei se isso será do interesse dos meus possíveis leitores, porém senti o desejo de registrar algumas das minhas mais significantes experiêncis vividas ao longo da minha vida cristã e ministerial que ja ultrapassam mais de meio século. Sou de uma família tradicionalmente evangélica, tanto por parte de minha mãe, Tavares, como da parte de meu pai, Ramalho. Embora criado segundo os princípios evangélicos, seguidos por meus pais, só vim ter minha experiência de conversão aos 23 anos de idade, ja´casado e pai de dois filhos: José Mauro e Sergio Luiz. Essa experiência ocorreu numa 4ª feria, chuvosa, dia 06 de junho de 1954, na IEC de Paracambí. Nesta época o Rev. Myron Pinto da Costa era o pastor da igreja. Na semana de terça feira 02 até domingo 10 de junho de 54, a igreja estaria realizando um série de Conferências tendo como pregador o missionário, Rev. Percy Bellah. No sábado anerior, o pastor Myron, que era cliente de nossa barbearia, onde trabalhavamos eu e o meu irmão Humberto, cortou o cabelo comigo e me fez um insistente convite para participar da aludida atividade. Disse-me que começaria na 3ª feira e ele ficaria muito feliz com a minha presença (O Beto já era membro da igreja). Não fui na terça, resolvei ir na quarta,o Beto ficou na barbearia e eu, antes de encminhar-me para a igreja, passei pelo Bar do Sr. Mingote, tomei um café e comprei um maço de cigarro - Eu me tornei fumante aos nove anos de idade, quando morava em Rodeio, hoje Eng. Paulo de Frontin. Na época meu pai havia comprado um Armazem e um colega de Escola, mais velho do que eu, que fumava há mais tempo, me ensiou a fumar, porque dessa forma ele não mais teria que comprar cigarro porque eu "pegaria" no Armazém do meu pai prá mim e prá ele- passei pela Farmácia do meu saudoso amigo, Nicola Salzano, troquei um dedo de prosa com ele, acendi um cigarro e me encaminhei para o templo. Fui devagar a fim de dar tempo de terminar o meu cigarro ( Continental liso).Ao entrar no templo, que estava cheio, restando uns poucos lugares, como soer acontecer em nossas igrejas, bem lá na frente, e aí senti que todos me olhavam curiosos: O Mauro na igreja numa quarta feira!? O texto da mensagem do Rev Percy foi 2 Rs 25.27-30. Foi prá mim, só prá mim. Na hora do apêlo eu não fui o primeiro, também não fui o último. Quando estava em pé,lá na frente junto aos demais decididos, o Rev Myron se colocou ao meu lado e eu tirei do meu bolso o maço de cigarros e coloquei no bolso do paleto dele.
Ao chegar em casa - na época nós morávamos na casa dos meus pais - parando na porta do quarto deles, disse: Mãe aceitei a Jesus hoje. Disse isso porque eu sabia que ela estava acordada. Ela só dormia quando a última pessoa chegava em casa e eu, era sempre o último, especialmente quando era solteiro. Quando fui para o nosso quarto dei a notícia para a Terezinha que, na hora, não me disse nada.
OS PRIMEIROS DIAS DE CONVERTIDO.Eu, quando retornava para casa, em minha bicicleta, comecei a pensar sobre a decisão que eu havia tomado e como seria a minha vida a partir da manhã do dia seguinte. Pensei no cigarro, no jogo de bilhar e de snoker, dos quais eu gostava muito. Dos jogos do Brasil Industrial, aos quais eu assistia aos domingos à tarde, nos meus pássaros, que eram muitos. Ao acordar na manhã do
"dia seguinte" retomei a minha rotina. Ajudamos o nosso pai a moer a cana para fazer rapadura, tomei o meu café, montei na bicicleta e fui abriar a barbearia. E aí houve a primeira mudança: Eu cheguei mais cedo,abri a porta da barbearia entrei e a fechei de novo. Peguei a Bíblia que minha mãe me dera (Tradução de A. Figueredo) e comecei a ler do início, Gênesis. Passei a fazer isso diariamente e ainda usava o tempo em que aguardava a chegada dos freguezes. Isso me permitiu ler a Bíblia toda pela primeira vez, em cerca de três meses. Do cigarro, não senti mais falta. Nem das mesas de bilhar. Soltei alguns pássaros e outros, por insistência de amigos, vendi prá eles. So fique com um casal de canário da terra que vivia solto durante o dia, e, à noite dormia na gaiola, dentro da barbearia. Engordei um pouco e fiquei mais bonito ainda. No dia 18 de agosto,do mesmo ano e 1954, antes mesmo de completar três meses de minha conversão, fui batizado e logo assumi a direção de um grupo da UME. No final do ano fui eleito presidente da UME. O Rev. Myron sabia que eu gostava muito de ler (Minha leitura preferida era contos policiais) deu-me de presenre e emprestou-me vários livros evangélicos. Isso, sem dúvida, ao lado da leitura diária da Bíblia e das minhas orações, me ajudaram e muito. Terezinha passou a frequentar comigo a Escola Dominical. Íamos aos cultos dos domingos à noite, com D. Ana e seu Antonio Ramalho, meus pais, que nos ajudavam a levar o José Mauro e o Serginho. Do Quilombo, onde morávamos, até à igreja era bem longe e muitas vezes as crianças tinham que ser carregadas no colo.
A CHAMADA PARA O MINISTÉRIO.Tão logo fui assumindo cargos na igreja (Presidente da Mocidade, Secretário Eclesiástico, colaborador com a Congregação de Botaes, juntamente como o Gerson Costa) comecei a sentir uma enorme vontade, uma alegria imensa e inexplicável de poder estar sempre envolvido nos trabalhos da igreja. Era algo que me dava um enorme prazer. Eu não sabia explicar o que estava acontecendo até que, estando como o Gerson (Ele havia se convertido na mesma semana. Era jovem, solteiro, filho do Pb Manoel Ferreira Costa e de D.Maria Costa, todos, incluindo suas irmas, estavam na igreja) falei-lhe do que estava acontecendo comigo e ele me respondeu que estava sentido a mesma coisa e aí resolvemos orar juntos sobre isso.
Após algum tempo de oração concluimos que aquilo era uma chamada de Deus. Ele, de sua parte, me disse que sua dúvida era que ele estava indo muito bem na sua vida material, ganhando bastante dinheiro e estava achando que o melhor era ajudar na manutenção de um missionário do que ir para o Seminário, pois isso importaria em ter que deixar tudo. Eu, de minha parte, tinha problemas bem maiores. Eu era casado e pai de dois filhos. Não tinha recursos, vivia do meu trabalho na barbearia e minha esposa ainda não era crente. O Seminário tinha uma Extensão na Rua Alexandre Mackênzie e o Internato em Pedra de Guaratiba. Nós moravmos em Paracambi, logo estudar no Rio não seria possível. O Internato em Pedra de Guaratiba era, para ele a
solução, mesmo porque era solteriro e tinha recursos financeiros. Quanto a mim parecia não haver solução, era impossível. Todavia, pelo sim e pelo não resolvemos passar a orar juntos, agora para que portas fossem abertas, especialmente prá mim. Confesso que eu orava, porém minhas dúvidas de que isso poderia ocorrer, eram enormes.Isso aconteceu nos primeiros meses do ano de 1955. Um dia, quando eu estva cortando o cabelo do meu irmão Moisés, que era Presbítero da igreja, senti que devia contar prá ele o que estava ocorrendo comigo e sobre as impossibilidades de ver o meu desej realizado. Meu propósito, ao compatilhar com ele o que estava acontecendo, era para que ele também viesse a orar por nós, especialmente por mim.
Ao ouvir o meu relato ele prontamente me respobdeu:" Você vai pro Seminário na Pedra de Guaratiba e eu vou ajudá-lo e vou me realizar em você, porque eu também senti esse desejo não pude realizá-lo". O meu coração bateu forte. Me deu um nó na garganta, um frio na barriga. O impossível começava a parecer possível. E agora? Eu, Mauro, que havia feito os meus estudos básicos aos trancos e barrancos, pois nosso pai mudava muito e eu passei por várias Escolas. A primeira foi na própria IEC de Paracambi.Minha primeira professora foi a filha mais velha do Rev. Otávio Luiz Vieira, "Zeninha". Na ocasião em que conversei com o Gerson, nós resolvemos nos matricular num Curso que o Pr Abel da 1ª Igreja Batista de Paracambi, ministrava. Era um tipo de pré-vestibular para o antigo curso de admimissão ao Ginásio e de matérias avulsas para candidatos aos vestibulares. Quando fomos falar com ele e lhe apresentamos o motivo de nossa intenção, ele nos disse que a nossa matrícula estava garantida e não nos cobraria nada, tendo em vista o nosso objetivo. Seria, segundo ele, uma forma de ajudar, de contribuir para que tivessemos êxito em nosso intento. Um fator muito importante para mim e que me ajudou a alimentar e a manter viva essa chama, foi o fato da casa pastoral ter ficado vazia em função da ida do Rev. Myron para assumir o cargo de Diretor Interno do Seminário, e como nós moravamos com os meus pais, eu fui solicitado a ocupar a casa pastoral e a assumir a condição de "zelador interino" da igreja. Nessa ocasião os seminaristas que trabalham nos fins de semana em Vassouras, Morsing e em Paracambi passavam por nossa casa às segundas feiras quando de regresso para a Pedra de Guaratiba. Em algumas oportunidades eu fui com eles para participar da programação do Centro Acadêmico que se realizava suas reuniões nas noites das segundas feiras.
Como eles ficaram sabendo que eu era um provável calouro, os levava a orar por mim e a me incentivar. E isso me ajudou e muito.
OS ÚLTIMOS PASSOS EM DIREÇÃO AO SEMINÁRIO- Em meados do segundo semestre de 1955, o Pb. Moisés levou assunto para a Reunião dos Oficiais e a seguir, com o apoio dosoficias, para a Assmbléia da igreja, que me ouviu a respeito da minha disposição e a seguir votou uma bolsa integral para todo o meu período de estudos no Internato.
Dessa forma a minha parte estava resolvida. E quanto a questão da minha família? O Rev. Joel Leitão de Melo havia ssumido o pastorado da igreja e passoiu a ocupar a casa pasoral e nós voltamos para a casa dos meus pais.Uma explicação necessária: Quando eu me casei com a Terezinha, em 26 de maio de 1951, eu havia dado baixa do Exército e estava trabalhando, como Motorista, na Fábriaca de Fogos Adrianino, em Rodeio( Hoje Paulo de Frontin ) e fomos morar lá. Um ano e meio após, como a Direção da Fábrica não cumpriu o compromisso que havia assumido comigo de dár-me moradia próxima do meu local de trabalho, pedi demissão e viemos morar,de novo, com os meus pais e eu passei a trabalhar como "Mascate", vendendo roupas. Como não deu muito certo, voltei a abrir uma barbearia e ensinei o ofício ao Humberto e passamos a trabalhar juntos. Logo após recomeçar a atividade de barbeiro fomos morar no Sabugo, hoje Vila Nova de Paracambí, numa casa alugada ao Sr. Zezinho Guerra, que ainda existe igual quando a alugamos, exceto pela cor da pintura. Como eu trabalhava das oito da manhã às oito da noite e nos sábados até às dez, a Terezinha ficava sozinha com o José Mauro, nascido no dia 03 de março de 1953.(O Serginho nasceu em 09 setembro de 1954) e que levou meu pai a "sugerir", bem ao seu modo, que nós devíamos ir morar de novo com eles. O que veio a acontecer.Voltando aos "Últimos passos em direção ao Seminário". Para resolver o problema da presença da minha família no Seminário comigo e do seu sustento, resolvemos vender tudo quanto podia produzir dinheiro: Barbearia, bicicleta, utencílios domésticos, o casal de canários ( Já mencionado anteriormente) e com a ajuda do meu irmão Moisés e de meus parentes e amigos, como o saudoso Pb Otávio Cabral, com base num contrato firmado com a Direção do Seminário, construímos uma casa de: quarto, sala,cozinha,banheiro, uma pequena área com tanque e,também uma pequena varanda. No contrato estava firmado que do valor gasto na construção da casa seria descontada mensalmente a importância correspondente a alimentação da minha esposa e dos meus dois filhos. Ao final do meu curso, caso eu tivesse um saldo devedor eu reembolsaria ao Seminário. Em caso contrário, o Seminário me reembolsaria. Deus foi tão maravilhos que o saldo que era a nosso favor nós ofertamos ao Seminário. Os dias anteriores a ida para Pedra de Guaratiba, foram muito difíceis. Eu nunca havia morado fora. Estaria deixando as minhas famílias, e encarando uma realidade desconhecida. Isso gerava em mim uma baita ansiedade.A matrícula já estava assegurada.O dia da apresentação no Seminário seria 06 de março de 1956. No mês de fevereiro eu participei do Congresso da Federaação de Mocidade na Igreja de Nazomba. Estavam presentes vários seminaristas. Eles me abraçavam, me davam "tapinhas" como que numa preparação para o "o trote" que certamente eu teria que enfrentar.



A VIDA NO SEMINÁRIO-Os meus primeiros oito meses no internato foram vividos sem a minha família. foi o período de construção da casa. Dentre os que participaram da construção estavam o já Pastor José Costa, o meu irmão Humberto, eu e outros seminaristas e o irmão Aldo, funcionário do Abrigo Evangélico de Padra de Guaratiba, vizinho ao Seminário. No comço do 2º Semestre do ano letivo de 56, minha família já estava comigo. Nsse período Terezinha se converteu e foi batizada pelo saudo Rev. Augusto Paz de Ávida, na IEC de Pedra de Guaratiba. Os estudos eram de terça a sexta, pela manhã,nas sextas à noite e em aguns sábados, também pela manhã.
À tarde eram as tarefas práticas de cuidados com a horta, limpeza das dependências,etc. Havia também uma escala semanal para limpeza de baheiros, arrumação do refeitório, entre outras. À noite, menos nas segundas feiras que eram destinadas às programações do Centro Acadêmico, tínhamos Banca de Estudos que eram relizadas no Refeitório. A presença dos alunos eram obrigatória e era supervisionada pelo Diretor Interno. Era das 19 as 21 horas e meia. Após um momento de vocional de encerramento, um Mate Leão com biscoitos e às dez horas silêncio absoluto, luzes apagadas em todos os dormitórios, exceto em minha casa.Lá era território no qual o Regimento Interno do Seminário não tinha poderes.Isso me deu a a oportunidade de estudar, especialmente na época de provas, até altas horas da madrugada.Em decorrência disso tive úlcera-gastro-duodenal, mas valeu a pena. Nunca tive uma nota menor que a média,(7,0. Os quatro anos de seminário foi um dos melhores anos de minha vida. A comunhão e amizade dos colegas, os milagres que víamos no dia a dia na vida dos alunos e da manutenção do Seminário. Os professores, os diretores e funcionários, era tudo uma só família. Os problemas, e
eram muitos, serviam para nos tornar mais dependentes de Deus e fortalecer a nossa fé.Na realiade todas essas experiências tinham um objetivo pedagógico. Faziam parte de nosso processo de aprendisagem. Lembro-me com saudade dos encontros de oração,pela manhã, no bambual. Das reuniões de relatórios nas manhãs das terças feiras. Das "peladas" nas tardes das quintas feiras. Dos campos de trabalhos práticos nos fins de semana, nas várias igrejas, verdadeiros laboratórios de experiências e de convivência, comunhão e carinho dos pastores, oficiais e membros dessas igrejas que sempre nos acolhiam com muito carinho. Recordo-me saudoso dos Cultos ao ar livre nas noites das quartas feiras, após aos quais participavamos dos Cultos no templo da IEC de Pedra de Guaratiba, nos quais tínhamos a oportunidade de pregar e de ser avaliados pelos professores.Lembro-me do Orfeão, digido pelo Jalmar Satle. Do Coral de alunos,digido pelo Profº Carlos Alberto Correa de Cunha, em cujo sangue havia notas musicais. Sinto muita saudade das seres especiais de Estudos Bíblicos ministrados por Pastores e Missionários de renome que a direção do Seminário convidava. Roy Ression; Osvaldo Smith, General Medeiros Pontes e sua esposa Otília Pontes e suas experiências de conversão da "Mãe de Santo",(uma das mais famosas do Brasil)para o Evangelho e o extraordinário trbalho de Evangelização que faziam nas igrejas pelos vários Estados do Brasil.
O ÚLTIMO ANO. final do curso se aproximava. Neste último ano os formandos faziam estágios em igrejas que os escolhia e solicitavam ao Diretor que o aluno escolhido estivesse presente no campo da igreja a cada fim de semana. Eu fiz meu estágio em Pduas igrejas: IEC de Venda das Pedras e na IEC de Mato Alto, alternando os fins de semana entre elas. Jáhavia trabalhado no anos anteriores na IEC de Pracambi, logo no meu primeiro ano, tendo sido Superitendente da Escola Dominical, na IEC de Vaz Lobo e na IEC de Magé. Nos dias finais de novembro, já bem próximo da Formatura, ee estava sendo pretendido pelas igrejas de Magé e Mato Alto. Ambas gostariam de ter-me como Licenciado e, por consequência, candidato ao pastorado. Foi a minha primeira experência, de muitas outras que viriam ao longo do meu ministério, qual seja a de tomar uma decisão com relação a uma ou outra igreja. Eu havia aprendido que nesses momentos o importante e necessário, é dobrar os joelhos e orar. orar muito a fim de atinar com a vontade do Senhor da Obra e de nossas vidas. Fui o que fiz e dias antes da Formatura, eu já havia tomado a decisão.Iria para Mato Alto.

A FORMATURA.

sábado, 17 de dezembro de 2011

O Novo Nome de Deus


A Igreja Cristã tem como sua única autoridade em matéria de fé e prática, a Bíblia, cujo conteúdo ela considera como tendo sido inspirado por Deus (Ver 2 Timóteo 3.16). Para a Bíblia Deus é o “Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do Universo.” Ela não tem como escopo principal provar a existência de Deus. Ela começa com Deus: “No princípio criou Deus os céus e a terra.” (Gênesis 1.1). Aqui podemos, utilizando o sistema filosófico de Descartes, que se contrapõe ao de Bacon que partia da “experiência externa, utilizando os dados dos sentidos.” Enquanto Descartes, ao contrário, partia da experiência interna e dos dados da razão, do “Penso, logo existo”, podemos entender porque não há na Bíblia qualquer tentativa de provar a existência de Deus, já que ela declara ser a Palavra de Deus (2 Timóteo 3.16). Ora, se Deus fala, logo Ele existe.
“É verdade que as Escrituras nunca discutem o Ser de Deus separadamente dos seus atributos, visto que Deus é aquilo que ele se revela ser.” Ele é Espírito Pessoal e Infinito, Racional, Auto-consciente, Auto-determinador, um Agente Moral Inteligente. Sua Natureza Infinita, em relação ao tempo, é chamada Eternidade, e em relação ao espaço é chamada Onipresença. Deus é uma Pessoa e como tal possui Caráter. A humanização do Verbo, Jesus, revela ao nível do conhecimento humano o Caráter de Deus. Respondendo à pergunta de Filipe que rogou a Jesus: “Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta.” Ele declarou: “Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me tens conhecido? Quem me vê a mim, vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai?” (João 14.8).
Quanto aos Nomes de Deus eles se ligam a Sua Natureza e aos Seus Atributos. Os principais são: “El” (‘êl na língua hebraica) que na versão portuguesa é traduzida por Deus. “El Elyon” ( Em hebraico ‘Êl elõn, ), O Deus Altíssimo. E o principal “Yahweh”, Jeová, em nossa língua. Além dos seus Nomes, as Escrituras Sagradas usam vários Cognomes, ou seja, Títulos relacionados à Sua Personalidade, Atributos, Atividades e as Formas de como Ele se Revela. Ele é o Senhor dos Exércitos (Jr 33.11); O Santo de Israel (Is 1.4); O Deus Altíssimo (Gn 14.18) O Todo-Poderoso (Gn 17.1); O Deus Vivo (Os 1.10); O Eterno Deus, O Senhor, o Criador (Is 40.28). Isso apenas para citar alguns exemplos.
Quanto à possibilidade de crermos na Sua Existência é plenamente possível. Porque Ele se dignou revelar-se ao homem. Ele o fez através daquilo que ele criou: “Desde que Deus criou o mundo, as suas qualidades invisíveis, isto é, o seu poder eterno e a sua natureza divina, têm sido vistas claramente. Os seres humanos podem ver tudo isso nas coisas que Deus tem feito e, portanto, eles não têm desculpa nenhuma.” (Romanos 1.20.) “O céu anuncia a glória de Deus e nos mostra aquilo que as suas mãos fizeram. Cada dia fala dessa glória ao dia seguinte, e cada noite repete isso à outra noite. Não há discurso nem palavras, e não se ouve nenhum som. No entanto, a voz do céu se espalha pelo mundo inteiro, e as suas palavras alcançam à terra toda” (Salmo 19.1-4) Também o fez através da Pessoa de Jesus Cristo. O apóstolo João declara: “Ninguém nunca viu Deus. Somente o Filho Único, que é Deus e está ao lado do Pai, foi quem nos mostrou quem é Deus.” (João 1.18) E o escritor da Carta aos Hebreus, afirma: “O Filho brilha com o brilho da glória de Deus e é a perfeita semelhança do próprio Deus.”
( 1.Vs.3). Agora, os cientistas, na busca da origem do Universo, desprezando a Revelação Bíblica, criaram um novo nome para Deus. Eles o estão chamado de “Partícula.” Tentativa que está custando bilhões de dólares às Nações representadas nesse esforço científico. Creio que antes ele deviam ler: Sl 14.1: “Diz o insensato no seu coração: Não há Deus.”

O Avanço do Universo




“Onde estavas tu, quando eu lançava os fundamentos da
terra? Sobre o que estão fundadas as suas bases? Ou quem encerrou
o mar com portas, quando eu lhe tracei limites e lhe pus ferrolhos?”
“Eu sou o Senhor que faço todas essas coisas, que sozinho
estendi os céus, e sozinho espraiei a terra. Porque assim diz o Senhor que
criou os céus, o único Deus, que formou a terra, que a fez e a estabeleceu.”
( Jó 38.4,6,10-BLH; Isaias 44.24; 45.18 ).

Neste ano o Prêmio Nobel de Física foi concedido a dois cientistas que descobriram que o universo está se expandindo. A notícia e os comentários que se seguiram a ela, chamaram a minha atenção e me levaram a examinar a Bíblia que é a principal base da Teologia, ou seja, da “Ciência que estuda Deus e suas relações com o homem e com o universo.” A Bíblia não é um livro escrito na linguagem científica, se o fosse, ela seria um livro desatualizado, posto que ela mesma, numa a firmação profética, declara: “ E tu, Daniel, fecha estas palavras e sela este livro, até o fim do tempo; muitos correrão de uma parte para a outra, e a ciência se multiplicará” ( Daniel 12. 4- Alm. Cor. ). De fato, como prediz a profecia, a ciência, ou seja, o saber humano tem se multiplicado. Temos visto coisas extraordinárias produzidas, em todas as áreas do saber científico e de suas conquistas tecnológicas.
Embora, como já me referi acima, a Bíblia não contenha uma terminologia científica, no entanto, ela se antecipa no registro de fatos que a ciência só veio a constatar muitos anos mais tarde. Para exemplificar vou mencionar alguns desses fatos. Um deles está registrado no livro de Jó 26.7: “Ele, ( Deus ) estende o norte sobre o vazio e faz pairar a terra sobre o nada.” Devido ao espaço da minha coluna, não vou citar as antigas hipóteses sobre a sustentação da terra e nem sobre as recentes descobertas científicas dos chamados “buracos negros.” Uma outra, que até pouco tempo atrás era tida como uma figura poética, é a interrogação de Deus, a Jó: “Onde estavas tu...quando as estrelas da alva juntas cantavam, e rejubilavam todos os filhos de Deus? ( 38.7 ). Não faz muito tempo que a ciência descobriu que a luz produz som. Apenas mais uma.Em Jó 37.12: está registrado: “...para fazerem tudo o que lhes ordena sobre a redondeza da terra.” E em Isaias 40.22, cerca de setecentos anos antes de Cristo, está dito que: “ Ele ( Deus) é o que está assentado sobre a redondeza da terra, cujos moradores são como gafanhotos.” Poderia reportar-me a muitas outras declarações encontradas no Livro de Jó, ( escrito cerca de mil e quinhentos anos antes de Cristo ) onde encontramos, entre outros, registros sobre o ciclo da chuva; questões de astronomia, biologia e geologia.

Voltando ao tema, com base, no que acabo de expor, chego à conclusão que, os cientistas com essa pesquisa, constataram, não a expansão, mas sim, a grandeza do universo e acrescentaram um pouquinho mais de conhecimento sobre a maravilhosa Obra do Deus Criador com relação ao insondável universo do qual a ciência, em toda a sua história e o seu inegável progresso, conhece até agora, apenas 95%.

Legitimo


Nosso tempo tem sido marcado por mudanças e transformações. O avanço tecnológico e científico, a ampliação dos meios de comunicação e a chamada globalização são fatores determinantes dessa realidade. Todavia, é necessário que estejamos conscientes e atentos a fim de que essas mudanças não sejam tomadas como base para justificar alterações nos fundamentos e princípios que não podem ser mudados impunemente, posto que estes fazem parte da chamada Lei Natural, também chamada Direito Natural. Lei que é anterior a chamada Lei Positiva, ou Direito Positivo. A primeira, a Lei Natural, é a que vem gravada por Deus nos elementos da própria natureza por Ele criados, nos quais está incluído o homem: “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou: homem e mulher os criou” ( Gn 1. 27 ) A segunda, a Lei Positiva, “é a que decorre das normas estabelecidas pelos homens, sendo por isso mesmo convencionais, relativas, variáveis e mutáveis.” Essas leis, normas e regulamentos para terem legitimidade devem estar fundamentados na Lei Natural ou Direito Natural. Um exemplo do que estamos afirmando é a questão do casamento, a união de duas vidas, assunto que está em tela no momento. Ele só é legítimo quando se dá entre um homem e uma mulher: “Por isso deixa o homem pai e mãe, e se une à sua mulher, tornando-se os dois numa só carne” ( Gn 2. 24). A sociedade pode até criar novas leis para alterar essa ordem natural como vem acontecendo em vários países, incluindo o nosso, todavia, qualquer outro modo de união conjugal, poderá até ser legal, mas nunca será legítima. Isso porque, precisamos ter em mente que, legal é o que está de acordo com a Lei Positiva ou Direito Positivo que como vimos é uma produção humana. Porém, Legítimo é o que está fundamentado na Lei Natural, ou Direito Natural por serem estes perenes e imutáveis, posto estarem fundamentados em valores morais e espirituais estabelecidos pelo Supremo Criador. Valores e princípios que são absolutos, imutáveis e permanentes. Altera-los ou ignora-los se torna em abominação diante de Deus: “Com homem não te deitarás como se fosse mulher; é abominação. Se também um homem se deitar com outro homem, como se fosse mulher, ambos praticaram coisa abominável: serão mortos; o seu sangue cairá sobre eles” ( Lv 18. 22; 20. 13).

Quebrar as Leis Naturais é conduzir o homem ao aviltamento e à degradação. É condenar a família, e por conseqüência a sociedade, à destruição, como já estamos presenciando hoje. É bom ter sempre em mente que tudo o que é Legítimo é Legal, porém nem tudo que é Legal é Legítimo.