quarta-feira, 10 de julho de 2013

AS MEGAS IGREJAS



“Porém, quando o Espírito Santo descer sobre vocês, vocês receberão
poder e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria e até nos lugares mais distantes da terra.” Atos 1. Vs. 8 (BLH)
            Vivemos hoje, em termos de Evangelho, a “febre das megas igrejas.” Pastores e membros se ufanam por pertencerem a igrejas com uma numerosa membrezia. Eu sou Ministro Jubilado pela IPB e, também pela UIECB, e nos meus 53 anos de Ordenação, completados no dia 25 de junho deste ano de 2013, tive a Graça e a oportunidade de pastorear igrejas pequenas, médias e igrejas consideradas grandes, não apenas em termos de sua importância histórica como quanto ao número de membros. Posso citar como exemplos: A Igreja Cristã Evangélica de São José dos Campos, SP, e a Igreja Evangélica Fluminense, no Rio de Janeiro, (a primeira igreja organizada no Brasil, em língua portuguesa, em 11 de julho de 1858.)
            Penso, entretanto, com base na última ordem dada por Jesus aos seus discípulos, antes de sua Ascensão (Texto acima), que o seu propósito era é ainda é que a Igreja, da qual Ele é Fundador e Fundamento, (Mateus 16. Vs. 18), se multiplicasse gerando igrejas locais. Essa é, a meu ver, a forma de crescimento da  Igreja, proposta por Cristo, evangelizar: Jerusalém, Judéia, Samaria, plantando igrejas nessas regiões, e até os confins da terra.
            Uma evidência que justifica o que julgo ser a vontade de Jesus Cristo em relação à Sua Igreja, está na Igreja de Jerusalém, a Igreja Mater. Ela nasceu com cento e vinte membros, nesse mesmo dia recebeu mais três mil e foi se multiplicando e tornou-se numa Mega Igreja, com uma fabulosa equipe de Pastores. Elegeu os primeiros Diáconos e todos se sentiam felizes por pertencerem, não apenas à primeira, porém a uma Grande Igreja. E aí, veio o martírio do Diácono Estevão, que deu origem à perseguição que espalhou os seus membros, os quais, por onde iam passando, anunciavam o Evangelho e plantavam novas igrejas. (Ver Atos 8. Vs. 1 a 5; 9. Vs. 31.)
            No Brasil, conheço por informações algumas igrejas consideradas grandes, do ponto de vista do número de seus membros. Não me refiro às chamadas “igrejas virtuais”, porém a igrejas, Pessoas Jurídicas. Conheço, no entanto, pessoalmente uma igreja que se enquadra nesse conceito de Igreja Grande. Refiro-me à Igreja Evangélica Congregacional de Venda das Pedras, Itaboraí, Estado do Rio de Janeiro, cujo Pastor Conselheiro é o Rev. Professor Daniel Gonçalves Lima, seu pastor efetivo por 50 anos. Aqui registro alguns dados numéricos dessa igreja: Membros comungantes 880; igrejas filhas, ou seja, organizadas por ela, 10 e mais: tem atualmente 2 Congregações e 1 Ponto de Pregação. Mantem integralmente 2 Missionários e colabora na manutenção de mais 3. Dezoito de seus membros são hoje pastores e há três outros membros fazendo Seminário. Tem ainda 3 pastores de tempo integral, um dos quais cuida exclusivamente da Obra de Missões.
            Um outro detalhe que desejo juntar ao que penso sobre as megas igrejas, diz respeito à vivência cristã que se caracteriza pela Comunhão no plano vertical, com Deus, e no plano horizontal, com os irmãos. Comunhão é a essência da vida da e na igreja, onde somos recomendados a “levar as cargas uns dos outros” (Gálatas 6. Vs.2); “a confessar as nossas faltas e a orar uns pelos outros” (Tiago 5. Vs. 16). Isso não acontece nas chamadas megas igrejas. Não há como! É muita gente que não se conhece, que não se cumprimenta e mal termina o culto sai pela primeira porta. Penso que, O Grande Rebanho é formado por pequenas manadas de ovelhas.

AS COMPLICAÇÕES HUMANAS



Tudo o que aprendi se resume nisto: Deus nos fez simples e direitos, mas nós complicamos tudo.” Eclesiastes 7. Vs. 29. (BLH).
             O texto acima é de Salomão, Rei de Israel, considerado como um dos mais sábios homens do mundo. Quero citar este texto, também, na tradução de João Ferreira de Almeida, Revista e Corrigida: “Vede, isto tão somente achei: que Deus fez ao homem reto, mas eles buscaram muitas invenções.”  
            Deus criou o Universo e separou o Planeta Terra, do qual nos fala na Bíblia, que é a Sua Palavra, onde vemos que: Após esse ato, Ele criou o homem, à Sua Imagem e Semelhança e plantou um Jardim, para ser o seu habitat, e outorgou-lhe a responsabilidade de preservá-lo e cultivá-lo (Gênesis 1. 1. 26 a 28; 2. 8 e 15). Este cenário nos sugere que a existência do homem seria de tranqüilidade, serenidade, paz, harmonia e equilíbrio. Embora tendo sido criado por Deus, simples e reto, no entanto, ele deixou-se levar pela falácia de Satanás = “adversário” e Diabo = “Enganador” que se contrapôs à ordem dada por Deus ao homem, sobre: “a liberdade de comer de toda árvore do Jardim, menos da árvore do conhecimento do bem e do mal, pois se o fizesse, certamente morria. (Gênesis 2. 16 e 17), que minimizou essa ordem ao dizer à nossa mãe, Eva: “É certo que não morrereis”. Pois, Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, “como Deus sereis.” (Gênesis 3. 1-5) Essa fabulosa sugestão: “Deixar de ser Imagem e Semelhança para se tornarem como Deus,” foi, para os nossos primeiros pais, criados com liberdade e vontade próprias, uma enorme tentação, que os conduziu ao pecado, ou seja, por um ato livre de sua vontade e liberdade, escolheram desobedecer à ordem de Deus, perdendo a partir daí,  a sua  comunhão com Ele, a retidão e o seu bom senso.A partir daí, sob a inspiração do adversário de Deus, que se tornou também dele. homem, este  passou a “complicar”, a “inventar” e a se “envolver em muitas questões.” A sua trajetória do pós-queda nos mostra e hoje é testemunhada e vivenciada por nós, nesses tempos de pós-modernidade.
            Lembro-me que quando fiz os meus estudos básicos aprendi que o corpo humano se dividia em três partes: Cabeça, tronco e membros. Hoje, sua divisão foi alterada. Além de cabeça, tronco e membros, há mais um elemento: o celular. Todos têm celulares, na cintura, na bolsa, no bolso. A maior parte de nossa população tem Computador e está conectada à Internet. Todos têm televisão, a maioria televisão a cabo. Quando algumas dessas coisas param de funcionar, surgem o mau humor, o estresse, a ansiedade e as pessoas ficam como que meio perdidas. Todas as nossas contas: água, luz, telefone, Iptu, Ipva, Seguros, etc. são pagas em Bancos, onde enfrentamos longas filas. Antes, ao deixar o nosso dinheiro depositado nos Bancos, recebíamos juros. Hoje pagamos para termos conta em Banco. Na vida social o homem inventou um terceiro e inusitado sexo e novas formas de casamento.
            Falta-me espaço para continuar, pois há outras “invenções” que vieram  complicar e não simplificar o nosso dia a dia. Obs. Não sou contra o progresso, porém sinto, e estou certo que você também, que todas essas coisas têm conturbado e muito, a simplicidade e a tranqüilidade de nossas vidas.

terça-feira, 18 de junho de 2013

PROTESTOS



Analisando os protestos que estão ocorrendo em várias capitais do País, podemos identificar alguns grupos dentre os seus milhares de participantes.
            1º Há aqueles que se assemelham aos que participaram do tumulto na cidade de Éfeso, quando da visita de Paulo àquela cidade. Lucas registra: “Uns, pois, gritavam de uma forma, outros, de outra; porque a assembléia caíra em confusão. E na sua maior parte nem sabiam por que motivos estavam reunidos.” (Atos 19. Vs. 32);
            2º Há os simpatizantes de pequenos partidos políticos que vêem nesses movimentos a oportunidade para, com suas faixas com a sigla de seus partidos, pegarem uma “casquinha”, no meio da massa humana;
            3º Há, também, um pequeno, mas ativo, grupo de baderneiros e arruaceiros, adeptos do “quanto pior, melhor” que acabam prejudicando a seriedade do movimento;
            4º Finalmente, há os que realmente sabem por que protestam e agem dentro da Lei e da Ordem, no uso da liberdade Democrática. Este grupo é formado pelos  que representam a grande maioria do povo brasileiro que se encontra decepcionada com a situação política, econômica e social do País. Com os desmandos, a corrupção, a politicagem e a falta de seriedade com que os principais problemas do País são tratados: Educação, saúde, segurança pública e punidade igualitária para todos os que transgridem, pois, afinal, “todos são iguais perante a Lei.”  


                    

PROTESTOS II



Cientistas e comentaristas políticos, entrevistados sobre a natureza dos últimos protestos que levaram milhares de pessoas às ruas, em várias cidades do País, afirmam que o Governo Federal e os Estaduais, estão atônitos à procura da verdadeira causa do movimento, já que ele é apartidário. Em minha opinião, tomando por base dados estatísticos divulgados após a última passeata em SP, onde, os entrevistados, mais de 80% se declararam não filiados e sem ligação com qualquer Partido Político e, 72% afirmaram estar participando pela 1ª vez, num movimento dessa natureza, fica claro que a Causa é a maneira de se fazer Política (Ciência ou arte de governar) no Brasil.
            O anterior e o atual governo do PT, que até então era oposição, ao assumir o Poder anunciou que renovaria o País com a sua forma de governar. E o que vimos? A política econômica do BC é a mesma do governo anterior; o sistema cambial é o mesmo; a forma de combate à inflação é a mesma (aumento dos juros); a privatização só trocou de nome, passou a ser “concessão;” as obras prioritárias, anunciadas em governos anteriores, tais como: construção de novas ferrovias, a construção e pavimentação de estradas, não saíram do papel. A saúde, a educação e a segurança públicas continuaram nas mesmas precárias condições. A corrupção continuou e até aumentou. A bolsa família e o cheque cidadão são cópias do governo de Fernando Henrique, no âmbito Federal, e do Governador Garotinho, na área Estadual.
            Os dizeres encontrados num cartaz, portado por um participante da passeata e divulgado pela Mídia, dizia: “Desculpem o transtorno, estamos construindo um novo País.” Creio que faltou a frase: “estamos tentando criar.” Creio que vale a pena continuar tentando.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

NÓS E A CRUZ DE CRISTO



Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu para o mundo. Apóstolo
Paulo em Gálatas, Cap. 6. Vs. 14.

            A Cruz de Cristo foi a primeira coisa criada por Deus, conforme nos mostra  o apóstolo João, ao declarar: “(...) O Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.” Apocalipse 13. Vs. 8. De fato, a Cruz de Cristo, é um divisor da História do Universo e, em especial, da História e Destino da Humanidade, em antes e depois da Cruz. É interessante como este símbolo se faz presente entre nós. Ela está na própria configuração física do ser humano. Se juntarmos as nossas pernas e abrirmos os nossos braços, teremos a figura da Cruz. Aprendemos que geograficamente, o nosso planeta está dividido em: Norte, Sul, Leste e Oeste. E mais, a Cruz está presente nos Dez Mandamentos, dos quais, os quatro primeiros, dizem respeito aos nossos deveres para com Deus, portanto, no nível vertical, e o seis finais falam de nossas relações com os nossos semelhantes, ou seja, no nível horizontal.  (Êxodo 20. Vs. 1- 17.
´           È interessante observar que na figura da cruz é a aste central que dá a base de sustentação para a aste horizontal, significando que por meio da Cruz de Cristo somos levados de volta à Comunhão com Deus e passamos a amar e a nos relacionar com o nosso próximo. Outro fato importante em relação à Cruz está em  que antes de Cristo tomá-la e fazer dela um símbolo de vitória sobre o pecado e a morte, ela era símbolo de maldição, como declara Deuteronômio 21. Vs. 23, e Paulo em Gálatas 3. Vs. 13, 14, onde lemos: “Porém Cristo, tornando-se maldição por nós, nos livrou da maldição imposta pela Lei. Como dizem as Escrituras: Maldito todo aquele que for pendurado uma cruz! Cristo fez isso para que a bênção que Deus prometeu a Abraão seja dada, por meio de Cristo Jesus, aos não-judeus e para que todos nós recebamos por meio da fé o Espírito que Deus prometeu .” (BLH). Por essa razão podemos compreender o sentimento de Paulo em relação à Cruz de Cristo, conforme vemos no texto que encima nossa Palavra Pastoral, bem como a sua percepção quanto aos vários e errôneos conceitos sobre o novo sentido e significado da Cruz que Jesus suportou em nosso lugar. Ele declara: “De fato, a mensagem da Morte de Cristo na Cruz é loucura para os que estão se perdendo, mas para nós, que estamos sendo salvos, é o Poder de Deus.”
1 Coríntios 1. Vs. 18. (BLH).
            Jesus iniciou o Seu Ministério e a realização dos seus milagres, revelando o seu Poder Transformar, num casamento em Caná da Galiléia, quando transformou água em vinho (João 2. Vs. 1-12) e o conclui com a transformação do símbolo e sentido da Cruz. Cruz que revela o quanto Cristo sofreu e o preço que ele pagou afim de revelar  o indefinível Amor de Deus por nós.


















O EXEMPLO



           
            Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu fiz, façais vós também.”
               João 13. Vs. 15.

            Existem alguns pensamentos sobre o valor do exemplo. Um deles diz que: “A palavra move, mas o exemplo arrasta.” Um outro afirma que: “Um exemplo vale mais que mil palavras.” Observando a vida de Jesus vemos que Ele não apenas ensinou, pregou e fez milagres, mas acima de tudo deu-nos exemplos de: obediência ao Pai que o enviou ao mundo; de misericórdia para com os necessitados, de renúncia; de serviço, de humildade; de mansidão; de fidelidade para com a Sua Missão; de trabalho; de bondade e, especialmente, de amor.
            O apóstolo Paulo escrevendo aos coríntios, recomendava: “Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo.” 1 Coríntios 11. Vs.1. E João declara:
“Aquele que diz que permanece em Cristo, esse, deve também andar (viver) assim como Ele andou (viveu).” 1 João 2.Vs. 6. O cristão evangélico é aquele que foi regenerado, ou seja, nasceu de novo e recebeu uma Nova Vida. Ver João 3. Vs. 3, 5; 2 Coríntios 5. Vs. 17; Tito 3.3,4. Paulo declara, a respeito dessa experiência: “Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu que vivo, mas Cristo vive em mim; e esse viver que agora tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim.” Gálatas 2. Vs. 19, 20.
          A Nova Vida que Cristo veio trazer aos homens deve ser vista na vida daqueles que já o receberam como Senhor e Salvador. Paulo recomenda: “Por isso eu, que estou preso porque sirvo o Senhor Jesus Cristo, peço a vocês que vivam de uma maneira que esteja de acordo com o que Deus quis quando chamou vocês. Sejam sempre humildes, bem educados e pacientes, suportando uns aos outros com amor. Façam tudo para conservar, por meio da paz que une vocês, a união que o Espírito dá.”Efésios 4. Vs. 1 – 3. (BLH) E aos Romanos Pauto recomenda: “(...) Para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos em novidade de vida.” Cap. 6. Vs. 4.
            Não desejo parecer crítico, porém não posso deixar de lamentar que hoje, faltam exemplos na vida de muitos membros de nossas igrejas e da própria igreja, posto que, exemplo não é encenação, aparência, máscara, superficialidade. Nada que seja artificial, porém algo concreto, real e consubstanciado por uma vivência de verdadeira comunhão com Cristo Jesus, e um comportamento que seja uma prova, uma evidência da Nova Vida alcançada por aqueles que já confessaram a Cristo como Senhor e Salvador. Ao final do seu Sermão do Monte, Ele declarou: “Assim também a luz de vocês deve brilhar  para que os outros vejam as coisas boas que vocês fazem e louvem o Pai de vocês que está no céu.” Mateus 5. Vs. 16. (BLH) Mais do que alvoroço ativismo e gritaria, precisamos de exemplos que permitam aos que nos cercam, “ver, outra vez a diferença entre o justo e o perverso, entre o que  serve a Deus e o que não o serve.” Malaquias 3. Vs. 18.
            





quarta-feira, 5 de junho de 2013

PASTORES VS POLÍTICA PARTIDÁRIA



Desta vez a pergunta foi mais direta e objetiva: “Pastor, o que o irmão acha sobre pastores se candidatarem a cargos políticos?” Como creio que essa é uma questão sobre a qual há opiniões diversas, externo o meu pensamento de forma pública a fim de alcançar outros cristãos evangélicos que tenham o mesmo interesse em conhecer a minha opinião pessoal sobre esse assunto. 
            1º Penso que a Igreja não deve se envolver com política partidária, ou seja, ela não deve ter um Partido Político, se filie ou mesmo manifeste o seu apoio a um deles;
            2º Entendo que o seu objetivo principal, como Igreja Cristã, é preparar cidadãos para a Pátria Celestial e, também, não se omitir na preparação de cidadãos conscientes dos direitos e deveres, para a Nação onde ela está localizada e exerce o seu ministério;
            3º Quanto aos pastores se candidatarem a cargos eletivos na política, penso que a recomendação do apóstolo Paulo, em sua segunda Carta a Timóteo, cap. 2. Vs. 2 e 4, é bastante clara e tem relação com  o que penso e embasa a minha posição sobre o tema em foco. Diz ele: “Tome os ensinamentos que você me ouviu dar na presença de muitas testemunhas e entregue-os aos cuidados de homens de confiança, que sejam capazes de ensinar outros. Pois o soldado, quando está servindo, quer agradar o seu comandante e por isso não se envolve em negócios da vida civil.” (BLH).
            4º O Pastor é um servo de Cristo que foi vocacionado, foi separado por Deus para um ministério (serviço) específico e de alta relevância e responsabilidade. Entendo que há áreas na vida secular, exemplos: Magistério, Medicina e seus vários ramos, que podem contribuir para o alargamento do seu espaço de sua influência e testemunho. Todavia, não creio que o exercício político-partidário, especialmente em nosso País, seja algo com o qual o Pastor deva se envolver. Essa é a minha opinião. Não sei se consegui ser bastante claro e suficientemente objetivo em manifestar o que penso sobre o tema levantado pelo meu irmão e leitor.

                                    (Pastor Mauro Ramalho – pr.m.ramalho@mail.com)

terça-feira, 4 de junho de 2013

TODOS PECARAM



              As mais de trezentas mil pessoas que lotavam a Praça de São Pedro, em Roma, foram tomadas de um misto de espanto e surpresa ao ouvirem dos lábios do Papa Francisco: “que ele havia cometido pecado.” Tal atitude revela a total e absoluta falta de conhecimento Bíblico, por parte dos romanistas. Salomão ao orar em favor do seu povo, diz: “Quando eles pecarem contra Ti - e não há ninguém que não peque.” 1 Reis 8. 46. O mesmo Salomão, em Eclesiastes 8. Vs. 20 declara:
 Não há homem justo sobre a terra, que faça o bem e nunca peque.” E Paulo afirma: “... pois já temos demonstrado que todos, tanto judeus como gregos (gentios) estão debaixo do pecado.” “Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus.” Romanos 3. 9, 23. A causa dessa dura realidade foi a desobediência de nossos primeiros pais, como nos mostra Paulo: “Porque pela desobediência de um só homem, entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens porque todos pecaram.”  Romanos 5. 12. Ver Vs. 19.
            No entanto, a maravilhosa mensagem do Evangelho, nos mostra que Jesus veio  ao mundo para, por meio de sua morte na cruz, pagar o preço de nossa libertação, como nos mostra o mesmo apóstolo: “Mas a misericórdia de Deus é muito grande, e o seu amor por nós e tanto, que, quando estávamos espiritualmente mortos por causa da nossa desobediência, (pecado) ele nos trouxe para a vida que temos em união com Cristo. Pela graça sois salvos.” Efésios 2. 4, 5. (BLH)  A grande diferença é  que todo aquele que é nascido de Deus não tem prazer e não vive na prática do pecado. 1 de João 5.18. Pois “este não tem mais domínio sobre ele.” Romanos 6.14, 23. Somos pecadores? Sim! Porém, pecadores salvos e libertados da condenação do pecado e da morte. “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Porque a lei do Espírito da vida em Cristo Jesus nos livrou da lei do pecado e da morte.”Romanos  8. Vs. 1

PARA PENSAR



O poder de Deus nos tem dado tudo o que precisamos para viver uma vida que agrada a Ele, por meio do conhecimento que temos daquele que nos chamou para tomarmos parte da sua glória e bondade.” 2 Pedro 1. Vs. 3.


             Todos nós, cristãos evangélicos, que cremos que a Bíblia é a Palavra de Deus e a estudamos e conhecemos o seu ensino, concordamos que uma das Palavras Chaves da Vida Cristã, é: PARTICIPAÇÃO. Nossa própria salvação ocorre quando, pela fé, nos tornamos participantes da vida de Cristo Jesus. Ver Hebreus 3. Vs. 14; 2 Pedro 1.Vs. 4. Cristão é aquele que tem parte com Cristo, que está em Cristo e é, por essa razão, uma nova criatura. Ver João 13.Vs. 8; 2; Romanos 1. Vs. 5 e Coríntios 5. Vs. 17.
         
            Quem é participante de Cristo torna-se membro do Seu Corpo que é a Igreja. Paulo afirma: “E pôs todas as coisas debaixo dos  seus pés e, para ser o cabeça sobre todas as coisas,o deu à Igreja, a qual é o Seu Corpo, a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas.” Efésios 1. Vs. 15, 16.  Em uma igreja local, que é parte da Igreja de Jesus Cristo, a participação, o envolvimento de todos os seus membros é de fundamental importância para o seu crescimento espiritual e numérico. Ver Atos  2. Vs. 42 - 47. No corpo humano todos os membros e órgãos atuam de forma conjunta, coordenada e harmoniosamente, e o resultado é o fortalecimento de todo o corpo. Assim é na igreja, onde, como membros do Corpo de Cristo e membros uns dos outros, precisam agir. Ver 1 Coríntios 11. Vs. 25 – 27.

           A Igreja não é uma simples organização. Ela é um Organismo Vivo. E vida envolve ação, dinamismo e frutos. Somos salvos não pelas obras, porque estas não produzem frutos. Só Vida produz frutos. Isso fica bem claro quando examinamos a figura da Videira. Nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo, declara: “Eu sou a videira, vós os ramos. Quem permanece em mim e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.” João 15. Vs. 5. Em Cristo e por meio da Nova Vida que recebemos quando estamos unidos com Ele, vivemos uma vida real, concreta e útil. Vida que gera comunhão, serviço e frutos. Vida que glorifica o Pai e promove o crescimento do Seu Reino e nos autentica diante do mundo, como sendo verdadeiros discípulos de Jesus Cristo, como Ele mesmo declara: “Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tornareis meus discípulos.” João 15. Vs. 8.
                                


sexta-feira, 31 de maio de 2013

O MINISTÉRIO PASTORAL FEMININO À LUZ DO CONTEXTO BÍBLICO



                                                                      (Opinião)

            Desejo congratular-me com o colega Pastor Hildebrando Costa Santos Filho, pelo seu excelente artigo sobre o tema acima. Cumprimento também à direção de O Cristão, na pessoa do seu Diretor, Pastor Jair, pela sábia iniciativa de colocar em debate o referido tema. Lamento, no entanto, que a União das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil esteja colocando na pauta de sua próxima Assembleia Geral este assunto, pela terceira vez, tendo em vista já ter sido recusado por voto da maioria, nas duas primeiras oportunidades. Acompanho e aplaudo ao Rev. Hildebrando pela sua lucidez, convicção e acerto, ao afirmar: “A Ordenação feminina ao ministério pastoral, é um equívoco bíblico, teológico e histórico praticado pela Igreja Contemporânea.” Concordo, Ipsis-Litteres, com a sua assertiva: “Deus separa pessoas do gênero masculino (homens) para realizar a administração da igreja física que Ele, em Jesus Cristo, a Pedra Angular, fundou a partir do dia de Pentecostes.” E assino em baixo de sua clara, teológica, bíblica, concisa e firme afirmação, que: “A exclusividade dos homens para o exercício do ministério pastoral só deve ser entendida como consequência da soberania de Deus.”  

                                  (Ministro Jubilado da IPB e UIECB)

DEMOCRACIA OU ARISTODEMOCRACIA



Considerando os fatos divulgados diariamente pela Mídia, sou por entender que nosso país vive não uma Democracia: “Governo do povo; regime político que se fundamenta nos princípios da soberania popular e da distribuição eqüitativa do poder, pela divisão dos poderes e pelo controle da autoridade, isto é, dos poderes de decisão e execução”, mas uma Aristodemocracia, regime ou forma de governo que se define, como: “Governo de nobres, do qual participa o povo; governo exercido pela aristocracia, mas com tendências democráticas.”
            Por que penso assim? Primeiro por constatar que os políticos no Brasil vivem na “Ilha da Fantasia”, também conhecida como Brasília, alheios aos reclamos e às necessidades fundamentais do povo. Vivendo num nível de vida e cercados de privilégios que passam muito longe dos seus eleitores. No próprio Congresso há uma divisão de classes: “o alto e o baixo clero.” O primeiro formado pelos aristocratas e o segundo pelos menos famosos, abastados e espertos.  Nesse contexto o povo e suas necessidades e aspirações são meros detalhes que só servem como temas de discursos em época de eleições. Não fazem política, apenas politicagem demagógica e partidária. A luta não é em favor da população, mas dos interesses político-partidários e individuais.  É triste, mas lamentavelmente é a pura verdade.

terça-feira, 28 de maio de 2013

TATUAGEM, SIM OU NÃO?



Perguntaram-me o que penso sobre o crente usar tatuagem. Como fui apanhado de surpresa, pois nunca fui interrogado sobre essa questão, fiz uma breve pesquisa e anotei alguns dados históricos. “O seu uso remonta ao Egito, nos anos 4000 a 2000 a.C. Seu declínio como tatuagem tribal, na Europa, ocorreu com a expansão do Cristianismo.”
            “Nas Seitas do Islamismo, os Sunitas a proíbem e os Xiitas não. Na idade Média a Igreja Romana a proibia, atualmente é indiferente. Os Judeus, com base no Antigo Testamento, Levítico 19. Vs. 28 a proíbem. Os polinésios, filipinos, indonésios e neozelandeses usam-na como símbolos religiosos. Algumas Máfias, dentre elas, a japonesa, a usam (ou usavam) para identificar os seus integrantes.”
            Pessoalmente, examinando o já citado texto de Levítico 19.28: “Pelos mortos não ferireis a vossa carne; nem fareis marca nenhuma sobre vós; Eu Sou o Senhor.” (Versão de Almeida, Revista a Atualizada. SBB). “Não fareis incisões na vossa carne, por algum morto; nem fareis figuras algumas, ou ferretes sobre o vosso corpo. Eu Sou o Senhor.” (Tradução do Padre Antonio Pereira de Figueiredo-SBU) chego à conclusão que essa questão do crente usar ou não tatuagens, se enquadra no que Paulo recomenda em 1 Coríntios 6. 12 e Filipenses 4.8: “Todas as coisa me são lícitas, mas nem todas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas.” “Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que respeitável, tudo o que é justo, tudo o que puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento.” Há, ainda a advertência do mesmo apóstolo: “Será que vocês não sabem que o corpo de vocês é o tempo do Espírito Santo, que vive em vocês e lhes foi dado por Deus?” 1 Coríntios 6. 19-BLH). Não sei se respondi a contendo, porém é o que eu penso.
NOTA: “Ferrete” e um instrumento que era usado para marcar escravos.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

O MINISTRO ESTÁ CERTO



Desejo comentar as declarações do Senhor Ministro Joaquim Barbosa, Presidente do STF, feitas aos alunos de uma Universidade de Brasília e divulgadas pela Mídia, a respeito dos Partidos e dos políticos brasileiros. Declarações essas que motivaram várias reações por parte de Deputados e Senadores, especialmente daqueles que formam a base do atual Governo. Quero iniciar o meu comentário lembrando dois adágios muito antigos. Um deles diz: “Quem fala a verdade não merece castigo.” O outro afirma: “A verdade dói.”
            Em minha opinião, o Ministro está absolutamente certo ao declarar que:
“Os Partidos Políticos brasileiros não têm programa e ideologias definidos, e que os políticos só fazem o que o Executivo quer.” E ele está coberto de razão. Basta lembrar que a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, que tem entre os seus membros, dois deputados condenados pela justiça, aprovou propostas que procuram cecear as atividades do Ministério Público em sua ação investigativa, e minimizar os poderes do próprio STF. Propostas, que se aprovadas, tornarão a impunidade, que já é epidêmica, em endêmica, em nosso País. Por outro lado, os Srs. Deputados e Senadores recebem, sem reclamar, uma enxurrada de MP (Medidas Provisórias) procedentes do Poder Executivo, como a que se referia aos Portos Brasileiros que provocou um desagradável espetáculo de baixaria por parte dos senhores Deputados, e varam a noite para votarem as tais medidas.        
            O Ministro tem razão em afirmar que os políticos brasileiros buscam o poder pelo poder. E aqui, eu acrescento, para se utilizarem do poder em beneficio próprio e em favor dos seus apadrinhados. Reitero o que já declarei recentemente, que: “os nossos políticos não fazem Política (Ciência do governo dos povos; arte de dirigir as relações entre os estados.) Porém, unicamente politicagem partidária.”
            Mais uma vez, meus aplausos ao Senhor Ministro Joaquim Barbosa, MD Presidente da mais Alta Corte brasileira.

sábado, 18 de maio de 2013

CRISE CONSTITUCIONAL



Só faltava mais essa. A Câmara dos Deputados, como se não bastasse manter na Comissão de Constituição e Justiça dois Deputados do PT, condenados pela Justiça e manter em discussão a PEC que visa cassar a autoridade do Ministério Público de investigar denúncias de crimes de corrupção, e de outras falcatruas públicas, concentrando toda essa ação nas mãos da Polícia, numa tentativa clara de liberar os vários tipos de corrupção. Agora, a mesma Comissão de Constituição e Justiça aprovou uma medida que tenta limitar os poderes do Supremo Tribunal de Justiça, subordinando as suas decisões ao Congresso Nacional. Creio que essa “forra” pega muito mal para um país cuja Democracia é ainda muito incipiente e sujeita à “ventos, trovões e relâmpagos.”
É bom lembrar que o Supremo Tribunal Federal é o guardião da Constituição e como tal tem a palavra final sobre matéria constitucional.
Tudo isso me faz lembrar do General De Goule quando disse que: “O Brasil não é um país sério.” As atitudes e comportamento dos nossos políticos parecem-me justificar tal declaração. É triste, porém é a verdade.

MAIORIDADE PENAL



Este é o assunto em destaque na mídia nestes últimos dias. O aumento de homicídios, assaltos, roubos, latrocínios cometidos por menores de dezoito anos tem trazido à tona a discussão, o debate sobre a necessidade de se alterar o ECA, Estatuto da Criança e do Adolescente, reduzindo de 18 para 16 anos a maioridade penal. Na minha visão essa medida será inócua, pois está constatado que muitos desses crimes são cometidos por menores de dezesseis anos.
       O assunto não é assim tão simples que apenas a redução de dezoito para dezesseis anos irá resolvê-lo. O problema não é a idade cronológica. O problema é de formação no contexto familiar, de melhor educação oferecida pelo Estado, de oportunidade de trabalho e, também, da erradicação do estímulo advindo da impunidade, e que haja exemplos que venham de cima.
       Penso que cada caso deveria ser examinado individualmente, como se faz em outros países, após uma avaliação psicológica e dependendo da gravidade do delito, seria declarada a maioridade e o culpado seria julgado como adulto. Isso, entretanto, exigiria uma profunda reforma nos nossos Códigos Penal e Sistema Carcerário atuais.
     Não sou advogado (fiz apenas um ano do Curso de Direito), mas entendo que a pena por crimes cometidos, é a privação da liberdade e não a brutalidade de presídios superlotados, verdadeiros depósitos humanos sem a mínima condição de recuperar o delinqüente. Porém, isso, em nosso país, é apenas um “sonho de uma noite de verão.”

CAI! CAI! CAI!



                   Um novo pastor Marcos está chamando a atenção da Mídia nestes dias. Este em face de acusações de estupros, relacionamentos com traficantes e até homicídios. As Emissoras de TV, além dos noticiários divulgam imagens de pessoas que caem ao toque da mão ou do palitó do referido pastor, que grita: Cai! Cai! Cai!
                   A propósito fui solicitado a dizer o que penso a respeito do “cai! Cai! Cai!” O que penso não é relevante, mas sim o que a Bíblia, nossa “única e infalível autoridade em matéria de fé e prática” nos mostra, a respeito dessa questão. Vejamos: No registro da visão de Moisés diante da sarça ardente, ele não caiu, pois o Senhor lhe disse: “tira as sandálias dos pés, porque o lugar em que estás é terra santa.” Concluímos que Moisés estava em pé e continuou em pé. (Êxodo 3. Vs. 5.) Quando do seu chamado para o ministério profético Ezequiel ouviu do Senhor, a ordem: “Filho do homem; põe-te em pé e falarei contigo. Então entrou em mim o Espírito, quando falava comigo, e me pôs em pé.” Ezequiel 2. Vs. 1,2.
                  
                   Jesus, quando do milagre da ressurreição da filha de Jairo, lemos que Ele, “tomando-a pela mão, disse: Talita Cumi, que quer dizer: Menina, eu te mando, levanta-te.” Marcos 5. Vs. 41. Com relação ao cego Bartimeu, que desejava ser atendido por Jesus, os discípulos, por ordem de do próprio Jesus, disseram-lhe: “Tem bom ânimo; levanta-te, Ele te chama.” Marcos 10. Vs. 49. Outro exemplo é visto na ressurreição do filho da viúva de Naim, onde Jesus tomando a mão do menino diz: “Jovem, eu te mando, levanta-te.” Lucas 7. Vs.14. Paulo, em sua Carta aos Efésios, conclama: “Desperta, ó tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo te iluminará.” Cap. 5. Vs. 14.
                   Os compêndios de Teologia, ao se referirem ao Pecado Original (Gênesis Cap. 3.) usam a expressão: “A Queda do Homem.” A Bíblia deixa claro que quem derruba é o pecado, como testifica Oséias: “Povo de Israel, volte para o Senhor, seu Deus. Você caiu porque pecou.” Oséias 14. Vs. 1.(BLH). E Davi diz: “Ele, Deus, ajuda os que estão em dificuldade e levanta os que caem.” Salmo 145. Vs. 14. Deus não derruba o homem porque o homem já está caído. Jesus veio para levantá-lo e levá-lo de volta para Deus, pois Ele mesmo declara: “Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido.” Lucas 19. Vs. 10.




quinta-feira, 9 de maio de 2013

A PROPÓSITO DO DIA DOS NAMORADOS



                          “Eu sou do meu amado, e ele tem saudades de mim.”
                          Cantares de Salomão 7. Vs. 10.

             No dia 26 de maio último, D. Terezinha e eu completamos 62 anos de        casados.  Começamos o nosso namoro quando ela tinha treze anos e eu quatorze. Hoje ela tem 81 e eu 82.  Naquela época havia três etapas, ou fases que precediam ao casamento. A primeira era o “Flerte,” posteriormente chamado de “Paquera.” Nesse período acontecia a troca de olhares, de cumprimentos, sorrisos e caso houvesse correspondência, vinha a segunda fase, ou etapa, chamada “Namoro”. Fase na qual ocorria o intercâmbio do conhecimento; dávamos às mãos; íamos às matinês e trocávamos alguns tímidos e rápidos beijos e juras de amor. A terceira parte era o “Noivado.” Fase ou etapa que demandava algum tempo de namoro. Para iniciá-la, tínhamos que pedir ao pai ou à mãe da namorada, caso sua mãe fosse viúva a “mão” da filha em casamento. Essa era uma fase importante. Agora os encontros eram na casa da noiva, geralmente na sala de visitas e muitas vezes com a presença da futura sogra ou do irmãozinho caçula da noiva.
            A importância dessa fase se destacava porque envolvia o aprofundamento do mútuo conhecimento e a troca de idéias sobre o futuro. Coisas tais como: o mês e o dia do casamento; testemunhas; convidados; cerimônia: só civil ou também religiosa? E ainda, se a esposa poderia continuar ou passar a trabalhar fora e ou estudar. O planejamento quanto à compra ou aluguel e estrutura da casa (móveis, etc.) e quantos filhos gostariam de ter.. Isso era de significativa importância, pois evitava problemas futuros. Aqui se aplicava o ditado, já existente na época: “Tudo o que é tratado, não e caro.”
            Hoje tudo isso é passado, é anacrônico e careta. Não existem mais o que alguns chamam de “essas frescuras.” A coisa hoje é no “Vápite Vúpite.” O negócio é ver “quem beija mais ou é mais beijado, nas Baladas.” A prática vigente é o “ficar” ou o “pegar.” Pegou? Peguei! Ficou? Fiquei! Casamento? Isso é brega e dá muita despesa, trabalho e amolação. É mais cômodo fazer um “contrato” por determinado tempo, ou morar em residências separadas, pois, segundo os defensores dessas modalidades, o que desgasta o casamento é a convivência, ou seja, o viverem juntos debaixo de um mesmo teto. Ouvi, recentemente, de uma nova forma de casamento: “casamento ponte aérea.” Ele mora em São Paulo e ela, no Rio de Janeiro. Os encontros do “casal” ocorrem nos finais de semana de forma alternada, ou seja: num final de semana ele vem para o Rio, no outro ela vai para São Paulo.
          Os resultados? As estatísticas revelam. O número crescente de mães solteiras; de adolescentes de 14 e 15 anos grávidas; o aumento de divórcios e de filhos de casais separados; o crescente número de abortos ilegais; a desestruturação da família; a ausência da chamada “educação do lar;” e os crimes chamados “domésticos.” Maridos  matam as esposas; esposas matam os maridos; filhos  matam os pais; e pais e mães matam os filhos. Esse é o nosso tempo. O tempo mais do que moderno. O tempo da pós-modernidade.

terça-feira, 7 de maio de 2013

PADRE BETO



Vi uma das chamadas sobre as reportagens que seriam mostradas no Fantástico, programa da Globo, exibido ontem, 05/05, na qual era entrevistado um Padre da Igreja Romana, punido por suas idéias e declarações conflitantes com as posições da igreja da qual fazia parte. Em sua defesa, entre outras afirmações, ele declarou: “Não ver nenhum pecado entre a união de dois homens que se amam.” Creio que o Padre Beto, apesar de se apresentar como “Teólogo” no currículo do seu curso teológico não deve ter constado a matéria Hamartologia, que trata da Doutrina do Pecado, e me parece também, que ele nunca leu Levítico 22. Vs. 18, onde o Senhor diz: “Com homem não te deitarás como se fosse mulher; é abominação.” Certamente, que os seus defensores poderão alegar que este texto faz parte do Período da Lei, e que hoje vivemos na Dispensação da Graça. Se você, meu leitor, estiver pensando assim, então eu lhe recomendo ler Romanos 1. Vs. 27. “E também os homens deixam as relações naturais com as mulheres e se queimam de paixão uns pelos outros. Homens têm relações vergonhosas uns com os outros e por isso recebem em si mesmos o castigo que merecem por causa dos seus erros.” É bom deixar  claro que a Carta de Paulo aos Romanos trata de questões comportamentais dentro da Dispensação da graça.” E pecado é transgressão, é errar o alvo, é desobediência à quilo que Deus estabeleceu em Sua Palavra, a Bíblia. E isso vale em todo e qualquer tempo.
Gostaria também, de lembrar ao Padre Beto e aos que pensam como ele, que sexo antes ou fora do casamento é “fornicação.” Prática também condenada pela Palavra de Deus. Ver Atos 15. vs. 29.

O FUNDAMENTO DA FAMILIA



Após haver criado os céus e a terra (Gênesis 1. Vs. 1) Deus criou o homem à sua Imagem e Semelhança, atribuindo-lhe as responsabilidades de crescer, se multiplicar e administrar tudo quanto o Senhor havia criado (Gênesis 1. Vs. 26-28.)
            O seu terceiro ato criador, dentro deste belo quadro, foi a criação da mulher. Criada a partir do próprio homem para ser sua companheira, igual e idônea (Gênesis 2.20-24.) No Vs. 18, temos registrada a declaração de Deus, como uma justificativa, não para ele, Deus, mas para nós, da razão pela qual cria uma auxiliadora para o homem. É bom lembrar que dentre as responsabilidades atribuídas ao homem, estava a de multiplicar-se e encher a terra, para isso era necessária a existência de uma mulher. Vs. 18.
            Criada a mulher o Senhor a apresentou ao homem e promoveu a união dele com a mulher, surgindo assim o casamento, ou seja, a União de um homem com uma mulher. Este ato de Deus deixa claro que o casamento é a base da Família. Entendo e vejo,  que este relato traz à nossa mente uma interessante imagem. Imagem está que nos leva a entender como deve ser essa União: O Homem, a mulher e Deus no meio, unindo-os e os tornado numa só carne, ou seja, com uma nova identidade, onde não é mais o Eu, e sim, o Nós. Sem dúvida esse é o modelo divino do casamento, instituído por Deus como base da Família que, por sua vez estabelece a base da Sociedade.  O casamento, segundo o registro, é a união, na qual o Senhor Deus se faz presente, de UM HOMEM com UMA MULHER. Portanto: Misto e Monogâmico.
            Um outro ponto que julgo importante destacar, segundo o meu entendimento, é que o casamento está para a família como esta está para a sociedade. Não é possível ter famílias bem constituídas se a formação do casamento não obedecer aos pré-requisitos estabelecidos pela Palavra de Deus. Vale lembrar aqui a palavra do salmista: “Se o Senhor Deus não edificar a casa, não adianta nada trabalhar para construí-la.” Podemos tomar a figura da casa, como significando o casamento. Se ele não for construído obedecendo aos parâmetros estabelecidos pela Palavra de Deus, certamente não subsistirá.E aqui, eu pergunto: Por que há tantos divórcios? Por que há tantos casais separados e casamentos desfeitos? Por que existem tantos filhos de pais separados? Há um dito popular, muito conhecido e sábio, que diz: “Tudo o que começa mal, acaba mal.”
            Agora, pensemos um pouco sobre o que ocorre com a sociedade dos nossos tempos de pós-modernidade. Quais são as suas marcas? Amor? Solidariedade? Altruísmo? Segurança? Estabilidade emocional? Coesão?  Exemplos dignos de ser imitados, no que diz respeito à preservação dos valores sociais, morais e espirituais? Certamente que ela deixa muito a desejar quanto ao que deveria ser. Isso porque não há corpo sadio com células doentes. Essa é uma lei natural de causa e efeito.  A sociedade reflete o que ocorre com e nas famílias que a formam. E estas refletem a negligência para com o casamento, sua formação, preservação e responsabilidades.