quinta-feira, 25 de outubro de 2012

DE ADMINISTRADOR A PREDADOR



O escritor do Salmo 104, cujo título é: “Louvor ao Deus Criador” mostra-nos a sua ação criadora e a atividade predadora do homem. Como o Salmo é bastante extenso não poderei inseri-lo aqui, porém mostrarei os textos onde aparecem a ação de Deus e a atuação do homem.
            No Vs. 5 o salmista declara: “Lançaste os fundamentos da terra, para que ela não vacile em tempo nenhum.” Deus é quem lançou os fundamentos da terra. Ele é o seu Criador e sustentador;
            O Vs. 8 registra: ”Elevaram-se os montes, desceram os vales...” E ai, o homem, utilizando o maquinário moderno que criou, construiu estradas utilizando a terra dos montes para aterrar os vales;
            No Vs. 10 está dito: “Tu ( O Senhor) fazes rebentar fontes no vale, cujas águas correm entre os montes. E aí o homem fez enormes represas que alimentam as hidroelétricas que geram a energia que sustentam o progresso e desviam o curso dos rios;
            No Vs. 14 o salmista diz: “Fazes crescer a relva para os animais e as plantas para o serviço do homem, de sorte que da terra tire o seu pão.” E aí o homem promove o desmatamento de enormes áreas, nos quais nem as espécies raras são poupadas, pois são essas que envolvem maior valor no comércio nacional  e internacional e destruindo a fauna;
            E o salmista diz mais. No Vs. 25 encontramos: “Eis o mar vasto, imenso, no qual se movem seres sem conta...” E aqui o homem promove aterros para alargas os espaços de suas cidades e lançam sem nenhum tratamento os esgotos e detritos poluentes que exterminam as várias espécies de peixes e mamíferos.
         O resultado dessa ação predatória é vista nas várias reações da natureza: Mudanças no clima; invasão do mar em várias áreas; aumento da temperatura da terra que promove o degelo das calotas polares; desaparecimento de espécies vegetais, animais, peixes e aves, poluição do ar e da água. Quero deixar claro que não sou nenhum técnico ou cientista. Sou apenas um estudioso da Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada, e uma, entre milhões, de testemunhas em todo o mundo, de tais inegáveis realidades.  Qual a razão, em função da qual essa ação do homem produziu todos esses efeitos desastrosos? É simples e fácil de entender. A ação predadora do homem interferiu e fez desaparecer o equilíbrio, a harmonia nos quais Deus criou o Universo. Estudando os três primeiros capítulos do Livro de Gênesis, o livro dos começos, vamos encontrar essa harmonia, esse equilíbrio não apenas na ação de Deus como naquilo que suas mãos criavam. Ao final de sua ação criadora ele próprio viu que “tudo quanto fizera era muito bom, incluindo o homem” Gênesis 1.31. O desequilíbrio, a quebra da harmonia se deu no momento em que o próprio homem que fora criado para ser administrador, mordomo e gestor  da Obra de Deus, foi tentado a tornar-se com Deus ( Ver Gênesis. 3. 1-5. Essa é a grande causa de toda essa triste realidade que envolve o nosso planeta hoje. Problema que só será resolvido quando o equilíbrio das relações do homem com Deus for restaurado. E isso só por meio de Cristo Jesus. 










VACUIDADE, NEUROSE ATUAL



                            “Que é o homem, para que tanto o estimes, e ponhas
                            nele o teu cuidado.” Jó 7.17.

            O Rev. Martin Luther King, em um dos seus sermões, afirmou: “Não somos o que gostaríamos de ser. Não somos o que ainda seremos, mas graças a Deus, não somos mais quem éramos.” Muitos filósofos já indagaram: “Será o homem um ser cognoscível?” (Adj. que significa: “que se pode conhecer”).
            A Bíblia, que é a Palavra de Deus e é fonte de revelação das relações de Deus com o homem e com o universo, nos mostra que o homem é um ser racional, social, inteligente e espiritual, criado por Deus à Sua Imagem e Semelhança tendo conhecimento, liberdade e vontade próprios. Ver Gênesis 1.26-28; 2. 7 16-17. Todavia, nem todos se dão ao trabalho de pensar, de reflexionar sobre quem é de onde veio o que faz aqui e para onde vai. A maioria adota a filosofia das canções populares que dizem: “Deixa a vida me levar; vida leva eu”. “Sem lenço, sem documento, nada nos bolsos ou nas mãos eu vou.” Verificamos que embora a ciência e a tecnologia, nos seus avanços e conquistas, têm mostrado a extraordinária capacidade do ser humano, este, no entanto, pouco avançou no conhecimento de si mesmo. A razão dessa falta de equilíbrio, certamente está em que a antropologia da maioria dos homens, incluindo os da ciência, não se fundamenta no único e fidedigno registro que nos mostra a verdade sobre a origem e a finalidade do homem, que são as Escrituras Sagradas.
          Sócrates, filósofo grego, que viveu antes de Cristo. Mestre de Platão, tinha como pedra de toque do seu pensamento filosófico, a expressão: “Conhece-te a ti mesmo.” Essa é uma prerrogativa com a qual Deus nos dotou, ou seja, a capacidade de saber quem somos de onde viemos o que fazemos aqui e para onde vamos. Todavia, percebemos que na sua grande maioria, o homem não se preocupa com essa importante e decisiva questão que determina o seu presente e o seu futuro.
         Falando sobre essa realidade o Dr. Jung afirma que “a neurose central de nossa época é a vacuidade” que significa: “um estado de vácuo, de vazio, inanidade, oco”. Creio que essa é a razão porque dezenas, centenas e até milhares de adolescentes e jovens, de todas as camadas sociais são atraídos pelas drogas, pelo álcool e até mesmo pelo crime. Revelando uma total falta de perspectiva que deixa claro a ignorância quanto à sua dignidade e identidade como seres humanos. Em resultado disso há uma banalização da vida bem como dos valores sociais, morais e espirituais. Fatos que apontam para uma inegável realidade: A falta do conhecimento e da presença de Deus na vida individual dessas pessoas. Não falo de religião. Não me refiro as informações a respeito de Deus. Porém de Deus mesmo como Ser Pessoal que é. Do Deus por cuja presença anseia a nossa alma, como nos mostra o salmista ao confessar: “A Minha alma tem sede de Deus, do Deus Vivo” (Salmo 42.2) Do Deus que nos criou, que nos estima que revela o seu Amor por nós na pessoa de Jesus Cristo. Do Deus que tem prazer em que vivamos e andemos com Ele, como declara o profeta ao registrar: “Ele te declarou ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a misericórdia e Andes humildemente com o teu Deus.” Miquéias 6.8.  


                                                                                        

31 DE OUTBRO



A data acima citada assinala um Evento Histórico de grande importância para toda a humanidade e não apenas para aqueles que são tidos como religiosos. Foi exatamente nesse dia 31 de outubro de 15175m como adores de Cristo. aquelesa Romanarmadas, neto Cristo, ser-lhe-iam dadas as veste batismais e alguma peça de prata que Martinho Lutero, Monge Agostiniano, “um dos poucos homens de quem se pode dizer que alterou profundamente a história do mundo, e, seja qual for a opinião quanto à permanência e valor de sua obra reformadora, foi, sem dúvida, a figura central da Reforma.”(H.H Muirhead). O estabelecimento dessa data se deve ao fato que foi nesse dia: 31 de outubro de 1517, que o aludido Monge afixou na porta da igreja do Castelo de Wittemberg as Noventa e Cinco Teses, nas quais Lutero se manifestava contra a venda de indulgências e outras práticas usadas pela igreja que eram contrárias às Escrituras. Antes de lembrar algumas dessas teses, desejo citar o que escreveu o Rev. Teófilo G. Montenegro, pastor da 7ª Igreja Presbiteriana de Manaus, em seu excelente artigo, publicado no Brasil Presbiteriano de outubro deste ano, com o título: “O Gospel” é Pop. Assim escreveu o meu nobre colega: “Ser crente, nos primeiros séculos da era cristã, era compromisso levado até às últimas conseqüências”. Porém, o quadro mudou. No ano 313 d.C. O imperador Constantino, por meio do Edito de Milão, concedeu liberdade de culto aos cristãos. “Mais tarde, o mesmo imperador tornou-se a religião oficial do Império Romano.” Isso ocorreu  devido o Império se sentir ameaçado pelo crescimento e a ação dos bárbaros (povos do norte que tentavam invadir o Império). Conhecedor da tenacidade, da coragem bem como o grande número de cristãos existentes no Império, Constantino agiu, como muitos políticos fazem hoje, ou seja, se declarou convertido ao Cristianismo,  segundo ele, após ter tido uma visão na qual havia uma inscrição que lhe afirmava que sob o signo do Cristianismo ele seria vitorioso. E aí ele fez mais, prometeu a todos os que se convertessem ao Cristianismo, ser-lhe-iam dadas as veste batismais e algumas peças de prata. Com isso houve uma avalanche de conversões cujos conversos traziam consigo todas as suas práticas pagãs. Todavia, os verdadeiros cristãos continuaram fiéis ao Evangelho e sofreram enormemente nas prisões, queimados vivos, jogados às feras, sendo mortos na arena do Coliseu como espetáculo e alegria para o povão.
            Porém, aqui, se cumpriu à palavra de Jesus: “E as portas do inferno não prevalecerão contra ela,a Igreja.” (Mateus 16. 18). É bom que fique claro que a Igreja (Hoje chamadas Igrejas Reformadas) não surgiu com a Reforma,. Ela existiu desde o Pentecoste e sobreviveu durante as grandes e violentas perseguições incluindo as que se deram durante e as posteriormente à Reforma. Quem surgiu na verdade na Reforma foi a Igreja Romana com todas as suas práticas pagãs. O que houve a partir da decisão de Lutero, foi a reafirmação da Tríade dos Postulados Bíblicos que são imutáveis e fizeram parte das suas 95 Teses: Só as Escrituras. Só a Fé. Só a Graça. É essa Igreja que continuará existindo e vencendo esses “modismos” e práticas que proliferam em vários seguimentos evangélicos e agradam ao povão, bem como àqueles que são apenas “fãs e torcedores de Cristo.”

O QUE É A VOSSA VIDA?



“Atendei, agora, vós que dizes: Hoje, ou amanhã, iremos para a cidade tal, e lá passaremos um ano, e negociaremos e teremos lucros. Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois apenas como neblina que aparece por instante e logo se dissipa.” (Tiago 4. 13,14).
            Hoje é o Dia de Finados. Centenas, milhares de pessoas visitarão os vários cemitérios levando flores e velas a fim de homenagear os seus entes queridos. Pessoas amigas, artistas e personagens de nossa história, já falecidos. Muitas saudades, lembranças da convivência e experiências comuns, produzirão emoções e lágrimas. Cultos, Missas e orações misturar-se-ão com o som das muitas vozes e do sonido dos instrumentos musicais e dos CDS com os sucessos dos cantores e cantoras. Músicas que marcaram a trilha sonora da vida e dos sonhos de muitas dessas pessoas.
            Penso, e mais que isso  julgo que o Dia de Finados, quando todos pensam na morte, deve ser uma oportunidade, um ensejo um tempo para pensarmos na VIDA. Pois a morte, todos sabemos, embora muitos procurem ignorar, é a maior e mais concreta realidade da existência humana. Ela é como diz a Escritura Sagrada: “O caminho de todos os da terra.” (Josué 24.14) Pois: “Aos homens está ordenado morrer uma só vez e depois ser julgado por Deus.” (Hebreus 9.27). Creio que vale registrar aqui um breve diálogo ocorrido durante uma palestra que o Dalai Lama fazia numa Universidade, quando um jovem lhe perguntou: “Mestre o que mais lhe surpreende na Humanidade? E o Dalai respondeu: Os homens! Porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem demasiadamente no futuro, esquecem do presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente e nem o futuro. E vivem como se nunca fossem morrer e morrem como se nunca tivessem vivido.”
            Na Carta de Tiago, cujo texto encima nossa Palavra Pastoral, há uma pergunta extremamente importante: “Que é a vossa vida?” Penso que face a essa importante questão, deveríamos proceder como Davi, que procura a resposta em Deus, por meio da oração: “Ó Senhor Deus, quanto ainda vou viver? Mostra-me como é passageira a minha vida. Quando é que vou morrer? Como é curta a vida que me deste! Diante de ti, a duração da minha vida não é nada. De fato, o ser humano é apenas um sopro. Ele anda por aí como uma sombra. Não adianta nada ele se esforçar; ajuntar riquezas, mas não sabe quem vai ficar com elas. Agora, Senhor, o que posso esperar?” E Davi conclui: “A minha esperança está em Ti.” (Salmo 39. 4-7-BLH).
            Para o problema da morte só há solução em Deus, pois como nos diz o próprio salmista Davi: Em Deus e somente Nele, “está o manancial, a fonte da Vida.”
(Salmo 36.9) Porque “Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos e pecados, nos deu Vida juntamente com Cristo.” (Efésios 2.4,5) E Jesus Cristo declarou: “O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham VIDA.” E diz mais: “Eu sou a ressurreição e a  VIDA. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá eternamente.” (João 10.10; 11.25,26).

OS MALES E AS CORRUPÇÕES DOS ÚTIMOS DIAS



A Palavra do Pastor nesta sexta feira tem por base a declaração do Apóstolo e Pastor Paulo que, escrevendo ao seu filho na fé e parceiro nas lides do Ministério, Timóteo, adverte: “Sabe, porém, isto: Nos últimos dias sobrevirão tempos difíceis” (2 Timóteo 3.1).
            A Bíblia, em afirmações proféticas, nos mostra que no correr dos anos, no evoluir dos tempos, surgiriam certas condições sociais e morais que gerariam insegurança, intranqüilidade e incertezas. Estes sinais marcariam o início de um novo período histórico, que hoje conhecemos como “pós-modernidade.” Um tempo de frouxidão moral, de banalização dos valores espirituais bem como da própria vida humana. Realidades que hoje testemunhamos em nosso país como em todos os demais quer nos desenvolvidos como nos em desenvolvimento.
            É interessante observar que a advertência de Paulo começa mostrando-nos a necessidade de saber. Hoje temos muita informação: Jornais, Revistas, Rádio, TV, Internet, porém, informação não é o mesmo que saber e ter conhecimento. Este, diferentemente, da informação, produz certeza, segurança e estabilidade. O próprio apóstolo Paulo deixa isso muito claro, no testemunhar a Timóteo sobre as dificuldades pelas quais estava passando. Ele estava preso por causa do Evangelho, porém, afirma: “Eu estou sofrendo estas coisas, todavia não me envergonho; porque eu sei em quem tenho crido e estou certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele dia.” (1 Timóteo 1.12) Jesus, respondendo aos Saduceus, (Seita judaica que não cria na ressurreição dos mortos,) declarou-lhes: “Errais não conhecendo as Escrituras nem o Poder de Deus.” (Mateus 22.29)). Jesus Cristo deixa claro que podemos ter muita informação, porém se faltar conhecimento seremos induzidos ao erro.
            Voltando ao texto de 2 Timóteo cap. 3 encontramos a razão dos problemas e situações aflitivas que afetam a sociedade nos dias atuais. Paulo diz: “Pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, antes amigos dos prazeres que amigos de Deu, tendo forma de piedade, negando-lhes, entretanto, o poder. Foge também destes... que estão sempre tentando aprender, mas nunca chegam a conhecer a verdade.” (Vs. 2-5 e Vs.7) Na realidade a causa de toda essa situação que vemos e vivemos nos dias de hoje, são os homens posto que eles se tornaram mais amigos dos prazeres que o mundo oferece, do que viver como amigos de Deus. Atitude que podemos entender como: “um deliberado afastamento de Deus.” Pois, como nos diz Paulo “eles tem apenas forma de piedade, negando-lhes, entretanto, o seu poder.” Piedade é compaixão, é devoção espiritual e como tal provém de nossa relação com Deus, como nos mostra o apóstolo Pedro: “Visto como pelo seu divino poder nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude.” (2 Pedro 1.3) 
            Ao descobrirmos a causa, precisamos encontrar a solução. E esta se encontra unicamente no Evangelho de Cristo, que tem poder para transformar o homem afastado e alienado de Deus e degradado pelo pecado, em uma “nova criatura” como nos mostra Paulo em 2 Coríntios 5.17: “E assim, se alguém está em Cristo, é novo criatura; as coisas antigas já passaram; e eis que se fizeram novas.” O Evangelho de Cristo é o único remédio para os males do nosso tempo.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

DE DISCÍPULOS A GOSPEL



Nos, primórdios do Evangelho de Cristo e com o surgimento visível da Igreja, registrado em Atos Cap. 2. 5-13, os seus seguidores receberam alguns designativos. Primeiramente eram chamados por “discípulos” como vemos em vários textos bíblicos, dentre eles, Lucas 19. Vs.37, que diz: “E quando se aproximava da descida do Monte das Oliveiras, toda a multidão dos discípulos passou jubilosa, a louvar a Deus em alta voz...” É necessário lembrar que os doze primeiros discípulos chamados por Jesus, receberam o título de apóstolos. E eram apenas 12. Marcos 3.13-19.
            Após a morte e ressurreição de Cristo, os então chamados discípulos, passaram a ser conhecidos como: “Os que seguem o Caminho.” Lucas registra isso em Atos 24. Vs. 14. “Porém, confesso-te isto que, segundo o Caminho, a que chamam seita, assim eu sirvo ao Deus de nossos pais...” Após a primeira e grande perseguição sofrida pela Igreja em Jerusalém, que se iniciou com o martírio do Diácono Estevão, Atos 7.54-60, todos os que foram dispersos pelas regiões da Judéia e Samaria, exceto os apóstolos, que permaneceram em Jerusalém, pregavam a Palavra, ou seja, anunciavam o Evangelho. Atos 8.Vs.1- 4 e Cap. 11.Vs. 19, porém, inicialmente, só aos judeus,Vs.19, alguns deles, que eram de Chipre e Cirene, e que foram até Antioquia, falavam também aos gregos
(gentios) anunciando-lhes o Evangelho do Senhor Jesus. Muitos creram e se converteram a Cristo. “Tal fato se espalhou e chegou ao conhecimento da Igreja em Jerusalém que resolveu enviar Barnabé, cujo nome significa: “Aquele que dá coragem,” da Tribo de Levi, que “tendo chegado em Antioquia e, vendo a graça de Deus, alegrou-se e passou a exortar a todos a que, com firmeza de coração, permanecessem no Senhor.” (Cap. 11 Vs. 23).
            Saulo, já convertido e agora transformado em Paulo, passara a pregar o Evangelho. (Atos cap.9) e foi trazido por Barnabé para Antioquia e, “por todo um ano se reuniram naquela igreja, e ensinaram numerosa multidão” Atos 11. 19-26. E ali, em “Antioquia foram os discípulos pela primeira vez chamados cristãos.” (Vs. 26). “Esse designativo era atribuído apenas aos gentios, pois o seu significado era: “povo de Cristo,” porque  no entendimento deles, Cristo era apenas um substantivo próprio, enquanto que para os judeus significava “Messias,” não querendo eles, os judeus, chamar os cristãos de “povo do Messias.” Já que para eles, Jesus Cristo não era o Messias, prometido e que viria unicamente para o povo de Israel. ( Novo Comentário da Bíblia).
            Segundo alguns estudiosos o termo “cristão” foi aplicado aos que, dentre os gentios, se converteram ao Evangelho e o sentido era pejorativo. Todavia, Paulo vai confirmar como procedente esse designativo, pois ao escrever a sua Carta aos Romanos, declara: “... de cujo número sois também vós, chamados para serdes de Jesus Cristo.” Cap. 1. Vs. 6. Realmente cristão é uma pessoa que pertence a Cristo. Foi comprada por ele mediante sua morte na cruz. Ver 1 Coríntios 6.19-20; e 1 Pedro 1.18-21).
            Agora estamos correndo o risco de receber um novo designativo. Seguindo a tendência do uso de “estrangeirismos” (já condenado pelos mestres de nossa língua) que, no entanto, continua crescendo nos anúncios comerciais, etc. Muito em breve estaremos sendo chamados de “Gospel”. Você é pastor gospel? A que igreja gospel você pertence? Creio que a Igreja de Laodicéia, cuja carta retrata o período histórico-profético que estamos vivendo, tem todas as características de uma igreja gospel. Confirmar em Apocalipse 3. 14-22.

PAÍS LAICO



             Recebi de um leitor a pergunta: O que é um país laico? E estou usando este espaço para atender o pedido. “País laico é aquele que não tem uma religião oficial.” É um pais em que o Estado é laico, ou seja, de caráter não religioso havendo, portanto separação entre Estado e Religião. E aí, veio uma outra pergunta e desta vez, mais complicada: O Brasil é um país laico? Refleti por alguns minutos antes de responder, posto que a pergunta envolve minha visão e entendimento pessoais. Creio que, de direito sim! Porém, pensando bem, e analisando alguns fatores, entendo que,de fato, não! Não somos um país realmente laico.
             Nessa questão, todos nós sabemos que, uma pergunta puxa uma resposta e esta puxa outra pergunta e aí vai. Aí o meu consulente queria saber por que nosso país em minha opinião, não é, de fato, um país laico, posto que nossa Constituição declara que somos?

             Bem, no meu entender, nós temos uma série de evidências que justificam ou, pelo menos explicam o que afirmo. Se não, vejamos:
         1- Muitas das obras realizadas nos templos Romanistas, quer nos tombados pelo Patrimônio Histórico, como em outros, segundo consta, recebem verbas dos governos Federal ou Estadual ou Municipal;
         2 - A maioria de nossas cidades tem os seus Padroeiros (“Santo sob cuja proteção é colocada uma paróquia, uma cidade ou um país.”) Esses Santos são todos, criados ou reconhecidos e venerados pela Igreja Romana. O nosso país tem a sua Padroeira e a ela foi dedicado um feriado nacional;
         3- Em nossos Tribunais de Justiça há, na parede, geralmente atrás da cadeira do Juiz, um Crucifíquiço que é o símbolo do Romanismo. (não do Cristianismo, como afirmam, posto que o símbolo cristão é a cruz, vazia, assim como o seu túmulo);
         4- Quando há algum evento religioso da I.R. como o que teremos neste final de ano, que reunirá jovens de vários países. Os custos da adequação dos locais das reuniões, etc. são preparados e custeados com recursos públicos;
         5- Em eventos comemorativos que envolvem os governos do país, há sempre um Bispo ou Cardeal da I.R. convidado e colocado num lugar de destaque, ao lado das principais autoridades;
         6- Quando alguma obra de realce, realizada pelo governo Federal ou Estadual e Municipal, é inaugurada, um membro do Clero Romano é convidado para benzer a referida obra;
         7- Ao lado direito do Palácio da Esplanada, residência oficial da Presidência, há uma Capela da IR, que aliás tive a oportunidade de conhecê-la.   
                        Portanto, no meu entender, meu curioso amigo leitor, o nosso país preza e preserva a liberdade religiosa, também consagrada em nossa Constituição, Graças a Deus. Porém, no meu entender, não conseguiu até hoje, romper os laços que mantinha com a Igreja Romana, nos idos tempos coloniais. E bom lembrar que há outras práticas dos referidos tempos que ainda perduram em outras áreas de nosso querido País. É pena, mas é verdade.