quinta-feira, 19 de abril de 2012

MÃE

MÃE “Ficaram desertas as aldeias em Israel, até que eu, Débora, me levantei, levantei-me por mãe em Israel.” (Juizes 5.7). O livro dos Juizes narra a situação do povo de Israel após a sua libertação do Egito e a conquista de Canaã. Um período de turbulência política, religiosa e espiritual. Desde a morte de Josué até a escolha de Saul, o primeiro rei de Israel, o povo era governado por juizes, que eram homens chamados por Deus para essa missão. Ao todo foram dezessete e, entre eles, apenas uma mulher, Débora cujo nome significa: “Abelha” (Dicionário Bíblico de Almeida). O que chama a nossa atenção é a declaração que a própria Débora faz a respeito de si mesma: “Levantei-me por mãe em Israel.” Sua afirmação é figurativa, posto que não há registro de que ela fosse casada e tivesse filhos. Cremos que a expressão nos reporta ao significado de ser mãe: “Mulher generosa; carinhosa; desvelada, que significa: cuidadosa; zelosa; dedicada e abnegada.” É interessante observar que essa declaração é feita dentro do cântico que ela e Baraque entoaram após a vitória sobre Sísera, comandante do exercito de Jabim, rei de Hazor. Vitória conquistada sob a liderança dela, Débora. (Juizes cap.4 e 5). Meu propósito, com este breve relato sobre Débora, é o de prestar a todas as mães as minhas homenagens pela passagem do seu Dia. “Penso ser válido, ao considerarmos o exemplo de Débora, lembrar de um antigo pensamento já desgastado pelo tempo e pelas mudanças sociais, porém contendo um sentido verdadeiro e importante sobre o qual todos nós deveríamos voltar a pensar:” A mão que embala o berço, governa o mundo.” Lamentamos que já não haja tantos berços e nem tantas mãos que os embalem, em função do modo como as instituições do casamento e da família estão sendo tratadas em nossos dias, por nossos governos e nossa sociedade que se esqueceram ou nunca entenderam ou não se deram conta, que: “Mãe! É seiva que alimenta. É vento de bonança que acalma e se eleva acima das tormentas. Que Mãe! É palavra pequena, porém terna, amena que enaltece, enobrece, dignifica e enternece. Que Mãe! É renúncia constante. Amor sem medida. Anjo vigilante nas noites sofridas.” Isso não é mera poesia. Isso é realidade. Realidade ignorada, postergada, suplantada e recusada por nossa pós-modernidade onde as mulheres, estimuladas pelo movimento feminista e na busca da beleza exterior de corpos malhados e remodelados por cirurgias plásticas e silicone, se esqueceram do que é realmente importante, dignificante e belo em suas vidas e para as suas vidas, a maternidade e o embalo, não o das “baladas”, ou os dos “sábados à noite,” mas o embalar dos berços onde repousam as esperanças por um futuro melhor, com mais dignidade, respeito, solidariedade e amor. Amor como virtude e como o sentimento maior e não como mera manifestação de pura sensualidade e de desejos sexuais. Espero e faço votos que vocês que têm o privilégio de ter mães ainda vivas, possam dizer com sinceridade ou agradecer num sussurro de saudade: “A Ti, ó Mãe! Mãe presente. Mãe ausente. Mãe memória. Mãe saudade, feliz na Eternidade. A Ti! Neste Teu Dia, dizemos reconhecidos: PERDÃO E MUITO OBRIGADO!” A você que é mãe. Meus cumprimentos pelo seu Dia. Que Deus lhe conceda a sua bênção.

A IGREJA E AS IGREJAS

A IGREJA E AS IGREJAS “Escrevo essas coisas a você, esperando ir vê-lo logo. Mas se eu demorar esta carta vai lhe dizer como devemos agir na família de Deus, que é a Igreja do Deus vivo, a qual é coluna e alicerce da verdade.” (1 Timóteo 3.14,15-BLH) Hoje quero utilizar esse meu espaço para tentar responder a duas questões que me foram apresentadas. A primeira foi a respeito da existência das várias Denominações Evangélicas. Pergunta que me foi dirigida por um aluno, quando eu ainda lecionava na Faculdade Evangélica de Teologia-Seminário Unido - Campus de Itaguaí. Ele queria saber se as Denominações Evangélicas: Metodista, Congregacional, Batista, Presbiteriana, Assembléia de Deus, entre outras, existiam por estarem dentro dos propósitos e da vontade de Deus? Respondi que a Bíblia, nossa única regra infalível de fé e prática, não faz menção das aludidas denominações. Ela destaca as duas Ordenanças_ Batismo e Ceia_ dá-nos informações de como era o governo da Igreja Primitiva. Fala sobre os dois Ofícios: Presbiterato e Diaconato. Menciona os ministérios, dons, serviços e funções, bem como destaca a tarefa precípua da Igreja que é Pregar o Evangelho e fazer Discípulos ( Marcos 16.15; Mateus 28.18-20; Atos 1.8). Todavia, tomando por base as palavras de Gamaliel, em Atos 5.35-39, podemos concluir que se elas não estivessem presentes, mesmo que apenas na Vontade Permissiva de Deus, certamente não estariam existindo e prosperando. Para mim, pessoalmente, a orientação e a advertência dadas por Gamaliel ao Sumo Sacerdote e aos Saduceus, serve de parâmetro para justificar a existência das chamadas Denominações Evangélicas. A outra questão foi mais recente e surgiu durante um Estudo Bíblico que eu estava ministrando e, creio motivada pelas reportagens mostradas pelas Emissoras de Televisão. Um irmão queria saber o que eu penso sobre o “crescente número desses novos movimentos e seguimentos evangélicos.” Bem, respondi, aqui nós temos que observar o conselho e as advertências de João e Paulo. O primeiro nos diz:: “que não devemos dar crédito a qualquer espírito, mas provar se os espíritos procedem de Deus, isso porque, muitos falsos profetas têm saído mundo fora.” Já Paulo recomenda: “ Examinar tudo e reter o que é bom.” (1 João 4.1 e 1 Tessalonicenses 5.21). Isso nos é possível porque, além de termos a mente de Cristo, (1 Coríntios 2.16) dispomos da Palavra de Deus, as Escrituras Sagradas, que é o nosso aferidor (Isaias 8.20-BLH-; Gálatas 6.16) e ainda o exemplo dos bereanos. ( Atos 17.11) Também porque estamos avisados pelo próprio Senhor Jesus, ao nos advertir que: “Nos últimos tempos surgiriam falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, até os escolhidos.” ( Mateus 24.24,25). É bom lembrar que Jesus Cristo é o Fundador e o Fundamento da Igreja (Mateus 16.18). As igrejas, comunidades locais, cujas doutrinas, formas de governo e práticas se fundamentam e se regem pelas Escrituras Sagradas, são partes, são extensões visíveis da Igreja Invisível, o Corpo de Cristo. Razão pela qual elas são “organizadas” e não “fundadas.” Quanto aos chamados “novos movimentos,” na sua maioria têm os seus fundadores os quais elaboram suas próprias doutrinas, formas de governoe práticas litúrgicas que, em vários casos, carecem de fundamentação bíblica. Fatos que justificam a necessidade de estarmos atentos às advertências de Paulo e Pedro. O primeiro fala sobre “aqueles que mercadejam a Palavra de Deus.” O segundo chama a nossa atenção, “quanto àqueles que em sua ambição pelo dinheiro, falsos mestres que vão explorar vocês, contando histórias inventadas.” ( 2 Coríntios 2.17 e 1 Pedro 2.3-BLH) Realidades que não devem nos assustar pois estamos prevenidos quanto ao que estaria acontecendo nos últimos tempos, como registramos acima. Todavia, lamentamos com pesar, já que esses fatos contribuem para o achincalhe, o menosprezo e o escárnio do Evangelho de Cristo, como podemos constatar no artigo “Apocalipse Agora” de Márcia Cabrita, na Revista Veja de janeiro deste ano, às paginas 82.

domingo, 15 de abril de 2012

A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA

A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA “Filhos obedeçam a vossos pais no Senhor, pois isto é justo. E vós, pais, não provoqueis vossos à ira, mas cria-os na disciplina e admoestação do Senhor.” Efésios 6.1,4. O mês de maio foi, em um passado recente, considerado como o Mês do Lar, o Mês da Família. Era nele que ocorria a maior parte dos casamentos, situação que não mais existe, posto que hoje os nubentes preferem dezembro, em função do 13º salário. Essa titulação do mês de maio se deve também ao fato de que no seu segundo domingo é comemorado o Dia das Mães. Aproveitando o espaço de nossa Pastoral desejo, neste mês, chamar a sua atenção para a Importância da Família como preservadora dos valores Sociais, Morais e Espirituais. Jay Rumney, sociólogo norte-americano, afirma que: “Tudo o que a criança aprende e absorve do seu grupo, a família, constitui sua herança social e cultural. Todos os costumes, tradições e formas de conduta.” O apóstolo Paulo, muitos anos antes, já destacava essa realidade no exemplo que nos dá, com respeito ao jovem Timóteo, ao dizer-lhe: “Lembro de sua fé sincera, a mesma fé que sua avó Loide e Eunice, a sua mãe, tinha. Você sabe quem são os seus mestres na fé cristã. E, desde menino, você conhece as Escrituras Sagradas.” 2 Timóteo 1.5; 3.14. Paulo está falando de três gerações e de uma mesma experiência de fé. Creio que todos nós já ouvimos o desgastado chavão: “A família é a Célula Mater da Sociedade!” Ele pode estar surrado, porém é verdadeiro. A família é, realmente, é a base, o alicerce da sociedade. O mesmo sociólogo, acima citado, afirma que: “Uma nação só terá a força que tenham os seus lares.” Em nossos dias lemos, vemos, ouvimos e nos entristecemos diante do aumento da criminalidade, da violência, da impunidade e da corrupção. Falamos com tristeza a respeito da perda dos valores, de solidariedade, de altruísmo, de respeito, de honestidade, de verdade e de justiça. Lamentamos pelos baixos níveis da educação, da civilidade e da moralidade de nossa sociedade. Condenamos as atitudes racistas e discriminatórias. Clamamos por soluções para a questão das drogas, da criminalidade, da pedofilia, da violência contra as mulheres e as crianças e ao mesmo tempo nos mantemos passivos e silenciosos diante da aprovação de leis e a prática de usos e costumes que contribuem para a crescente banalização das estruturas da família e do casamento. Passamos a supra dimensionar o valor, e a capacidade inegável das mulheres, que hoje competem, lado a lado com os homens, nos vários setores profissionais e esquecemos e com isso contribuímos para que também elas se esqueçam que a mais sublime das suas prerrogativas é a de ser Mãe. Hoje não existe mais a chamada “Educação do Lar.” Os da minha geração aprenderam, não nas Escolas, mas em casa com os pais, em especial com as mães: o respeito devido aos mais velhos; a necessidade de pedir licença ao entrar ou sair de algum lugar não público; de dizer muito obrigado ao receber algum favor ou um gesto de amabilidade; de cumprimentar as pessoas; de não aceitar nada das mãos de estranhos; de ser verdadeiros; honestos e justos sabendo dar ao próximo que lhes é de direito; de saber escolher as suas companhias, os seus colegas. E muitos não tinham títulos, eram apenas alfabetizados, porém eram pais e mães que amavam os seus filhos e se esforçavam, para que fossem pessoas educadas e, se possível, havendo oportunidade, tivessem também, cultura. E, em função disso, estabeleciam limites e normas que deviam ser observados, e exigiam respeito e obediência. É, meu caro leitor, meu irmão e meu amigo. Bons tempos aqueles!
COMENTANDO Pr. Mauro Ramalho – pr.m.ramalho@gmail.com O nosso Regional Evangélico de dezembro de 2011, agora maior, mais diversificado e mais colorido, contém uma entrevista da brilhante jornalista e agora também Editora de nosso querido Jornal, Monique Suriano, feita com a irmã Jemima Malafaia sobre o tema: Ordenação de Mulheres. Concordo plenamente com a entrevistada quando afirma: “Sem dúvida existem muitas mulheres que encaram a vida espiritual com bastante responsabilidade.” De fato, quer no Antigo como no Novo Testamento, encontramos muitas e notáveis mulheres que se destacaram, tanto na História de Israel como no Ministério de Cristo e na Obra da Igreja. Como exemplos podemos citar: Débora, Ana, Rute, Ester, as mulheres, muitas delas anônimas, que seguiram e serviram a Jesus com os seus bens ( Lucas 8.l-3.) Como também Dorcas, Priscila, Febe, Júnias, as irmãs Trifena e Trifosa, Júlia e Olimpas. Isto para mencionar apenas algumas delas. Creio que posso dar o meu testemunho pessoal de mais de 52 anos de Ministério Pastoral, nos quais pastoriei dez igrejas, preguei e conheci dezenas delas, de várias Denominações Evangélicas. Em todas elas as Sociedades ou Departamentos internos que sempre se destacaram nelas, eram as SAFs, UAFs, ou seja, o seguimento feminino. E isso não apenas nas igrejas locais, como também, nas Federações, Confederações e suas atividades missionárias e sociais etc. Ai dos pastores se não fossem as irmãs sempre prontas, disponíveis, dedicadas e fidelíssimas nas suas igrejas. No entanto, em 57 anos de vida cristã, dos quais 55 gastos no estudo e no ensino da Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada, nossa única e infalível regra de fé e prática, confesso que não encontrei nenhuma base, nenhum fundamento que possa sustentar a ordenação de mulheres. Tenho ouvido alguns “argumentos” tais como: “Hoje vivemos uma outra época!” “A cultura hoje é outra!” E algumas mais radicais, tais como: “A Bíblia é machista!” “As mulheres hoje ocupam vários cargos de posição na sociedade!” “As igrejas precisam entender essa nova realidade!” Todos nós reconhecemos que a mulher desfruta hoje de um outro status social. Uma conquista sem dúvida, do Cristianismo. Quando lemos em Gênesis 2.18-25, vemos que a mulher foi tirada do lado do homem para ser sua igual e idônea, ou seja, “apta, competente.” Lembro-me que por muito tempo as mulheres se sentiam lisonjeadas quando ouviam dizer que: “Atrás de um grande homem há sempre uma grande mulher.” O correto é o que está na Bíblia, no texto já citado, que deixa claro que a mulher não deve estar atrás e nem na frente, mas ao lado do homem. . Tudo isso é verdade, é importante e até um tanto poético, porém falta o essencial, ou seja, a referência bíblica. Não há nenhum texto que sirva de base para a ordenação de mulheres. A única referência, assim mesmo muito discutida é a de 1Timóteo 3.11. Assim mesmo tratando do Oficio do Diaconato e não sobre o Presbiterato. Os apóstolos Paulo e Pedro, nos mostram que na medida em que as igrejas iam sendo organizadas, presbíteros eram ordenados para as funções pastorais. Paulo recomendava a Tito: “Por esta causa te deixei em Creta para que pusesses em ordem as coisas restantes, bem como em cada cidade, constituísses presbíteros, conforme te prescrevi: alguém que seja irrepreensível, marido de uma só mulher.” ( Tito 1.5,6). Pedro nos mostra mais. Em sua 1ª Carta ele revela que os próprios apóstolos, com o passar do tempo e em face do crescimento da Igreja, iam se transformando em Presbíteros. Vejam o que ele diz: “Rogo, pois, aos presbíteros que há entre vós, eu, presbítero como eles, e testemunha dos sofrimentos de Cristo ( sua condição de apóstolo), pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós.” 1 Pedro 5.1,2). E ainda Paulo quando se encontrava na cidade de Mileto, antes de iniciar sua viagem para Jerusalém, mandou um portador a Éfeso a fim de chamar os presbíteros da igreja e depois de relatar-lhes suas experiências e sua firme disposição de ir para Jerusalém, recomenda-lhes: “Cuidem de vocês mesmos e de todo rebanho que o Espírito Santo entregou aos seus cuidados, como pastores da Igreja de Deus, que ele comprou por meio do sangue do seu próprio Filho.” (Atos 20-BLH.) Falando a Timóteo, seu filho na fé, Paulo recomendava: “Não se descuide do dom que você tem que Deus lhe deu quando os profetas da Igreja falaram e o grupo de presbíteros pôs as mãos sobre sua cabeça para dedicá-lo ao serviço do Senhor.” ( 1 Timóteo 4.14-BLH) É bom deixar claro que no Novo Testamento só há dois ofícios o do Presbiterato e o do Diaconato. Os presbíteros cuidam das coisas espirituais e os diáconos das materiais (Atos 6. 1-6) Pastor, bispo, evangelista e missionário são funções, sérviços ou ministérios. Pastor é alguém que recebeu um chamado (vocação) especial e se preparou no estudo das Escrituras e foi ordenado presbítero, com a imposição das mãos dos demais presbíteros. Bispo é um presbítero, (com as características já mencionadas acima) que superintende outras igrejas e seus pastores. Reitero que até hoje não encontrei nenhuma referência ou inferência bíblica que justifique a ordenação de mulheres para o presbiterato. Em sendo assim e tendo em vista a declaração de Paulo “que não podemos ultrapassar o que está escrito” (1Co.4.6), não vejo como considerar bíblica essa prática.

A PÁSCOA CRISTÃ

“Porque a nossa Festa da Páscoa está pronta, agora que Cristo, nosso Cordeiro da Páscoa já foi oferecido em sacrifício.” ( 1 Co 5.7-BLH) Festa da Páscoa é, no Calendário Israelita, a mais importante comemoração, pois diz respeito à libertação do povo, após quatrocentos e trinta anos de escravidão no Egito. Foi instituída quando da ocorrência da última praga que Deus fizera cair sobre toda a terra do Egito. Em Êxodo cap. 12 encontramos o registro e as instruções sobre como os israelitas deveriam agir naquela noite. Cada família deveria tomar para si um cordeiro, sem defeito, macho, de um ano que, no crepúsculo da tarde do dia 14 do mês de Nisã ( Mais ou menos em 1º de abril, em nosso calendário) deveria ser morto e o seu sangue deveria ser posto em ambas as ombreiras (Batentes verticais das portas) e nas vergas (A travessa de madeira de cima dos batentes) e a sua carne deveria ser assada no fogo e comida com pães asmos e ervas amargas. Todos deveriam estar prontos para deixarem as suas casas e iniciar a jornada rumo à Terra Prometida. Naquela noite o Senhor passaria por sobre toda a terra do Egito e nas casas onde não houvesse o sangue aspergido em suas portas, o primogênito daquela casa seria morto. O sangue seria o sinal para o livramento A Páscoa Cristã tem algumas similitudes com a Páscoa dos Judeus. Em ambas não há “coelhos e nem ovos de chocolate.” No entanto, há o Cordeiro. Há Libertação de Cativeiro. Há Sangue, como um Sinal para Deus. Há a Promessa de uma Nova Terra e um Novo Céu. Todavia, na Páscoa Cristã o Cordeiro não foi providenciado pelas famílias e nem era propriedade delas e que, tendo sido morto, foi usado como alimento. Em nossa Páscoa o Cordeiro é de Deus, como anunciou João Batista: “Eis o Cordeiro de Deus!” (João 1.29). Ele morreu e seu sangue foi derramado, porém Ele ressuscitou. É dele a declaração: “Não temas; eu sou o primeiro e o ultimo, e aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos.” (Ap. 1.17,18) Na Páscoa Judaica, o sangue era um Sinal colocado nas portas das casas. Na Páscoa Cristã, como afirma o apóstolo João: “O sangue de Jesus, seu Filho, que nos purifica de todo pecado.” ( 1 João 1.7) foi derramado na Cruz e caiu sobre a terra, no Monte Calvário( João 19. 17,18), não apenas como um Sinal temporário e restrito a um povo, mas permanente e como um sinal para todos os povos. Sangue através do qual, Deus nos vê “Justificados diante dEle, por meio da fé em Seu Filho Jesus Cristo” ( Romanos 5.1). A Páscoa Judaica marcou o momento em que o povo de Israel estaria sendo libertado da escravidão no Egito. Todavia, essa libertação era de natureza física, social, religiosa e política, porém temporária. A Libertação que a Páscoa Cristã nos lembra é de natureza espiritual cujo alcance é eterno. É a Libertação da condenação e do domínio do pecado. É isso que o apóstolo Paulo nos mostra: “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Porque a lei do Espírito da vida em Cristo Jesus nos livrou da lei do pecado e da morte.” ( Romanos 8.1,2). É nisto que está a diferença entre a Páscoa Judaica e a Páscoa Cristã. Cristo, o Cordeiro de nossa Páscoa se ofereceu por nós. Tomou o nosso lugar e garantiu-nos a vitória sobre o pecado e a morte. Realidades que levaram o apóstolo Paulo a exultação ao declarar: “A morte está destruída! A vitória é completa!” “Onde está, ó morte, a sua vitória? Onde está, ó morte, o seu poder de ferir?” “O que dá à morte o poder de ferir é o pecado, e o que dá ao pecado o poder de ferir é a lei. Mas agradeçamos a Deus, que nós dá a vitória por meio de nosso Senhor Jesus Cristo!” ( 1 Co 15. 54-56). Rendamos, pois, Graças ao Cordeiro que foi morte e reviveu. A ele toda Honra, Louvor e Glória

O SEGREDO DA FELICIDADE

Creio que todos nós desejamos ser felizes. Lembro-me, quando ainda garoto, que os meus pais ouviam uma rádio-novela que marcou época na radiofonia brasileira, cujo título, era: “Em busca da Felicidade.” Mas, o que é ser feliz? O que, afinal, é a felicidade? Nesses nossos dias de pós-modernidade, o conceito de felicidade está ligado diretamente ao verbo TER. Só é feliz quem tem. Tem dinheiro, tem fama, tem popularidade, tem status social, tem saúde e coisas dessa ordem. Faz alguns dias vi, na TV, uma reportagem sobre um Marajá indiano que vivia num palácio que só de quartos tinha um total de trezentos. No entanto, ao ser entrevistado declarou à repórter, que não era feliz. Esse não é um fato isolado, eu mesmo conheço pessoalmente, outros exemplos que nos atestam que Ter, não é fonte e nem a garantia de felicidade, pois como declarou o Senhor Jesus: “A vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui.” (Lucas 12. 15) Então onde encontrar a felicidade? Há um adágio que diz que: “A felicidade está onde nunca a pomos.” Todavia, com base na Bíblia, que é o nosso Manual de Vida e como tal explica como deve funcionar a vida humana, posto que: “Ela é inspirada por Deus e é útil para ensinar a verdade, combater o erro, corrigir as faltas e ensinar a maneira certa de viver.” ( 2 Timóteo 3.16-BLH). Nela encontramos o registro, no Salmo 1º, de uma figura que demonstra o que é ser feliz. Examinemos o texto: “Essas pessoas são como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem sucedido.” (Vs.3). O salmista fala em árvore, não é grama e nem relva, mas árvore. Árvore plantada, que significa segurança, firmeza. Junto a corrente de águas o que lhe permite produzir seus frutos no tempo certo, ou seja, ter uma vida equilibrada. E sua folhagem não murcha, ou seja, sua beleza é permanente e tudo quanto faz prospera, o que significa êxito constante. Como proceder para viver uma vida assim? Qual é a fórmula? A resposta está no início do Salmo, onde encontramos registrada a declaração do salmista: “Felizes são aqueles que não se deixam levar pelos conselhos dos maus, que não seguem o exemplo dos que não querem saber de Deus e que não se juntam com os que zombam de tudo o que sagrado! Pelo contrário, o prazer deles está na Lei do Senhor e nessa Lei eles meditam dia e noite.” (Vs.1,2) A receita para a felicidade consiste em ter prazer na Lei do Senhor e meditar nela, tendo o cuidado de pautar a vida pelas normas estabelecidas por Deus como as que Pedro recomenda em sua Carta: “Quem quiser gozar a vida e ter dias felizes não fale coisas más e não conte mentiras. Afaste-se do mal e faça o bem; procure a paz e faça tudo para alcançá-la.” ( 1 Pedro 3.10). Creio que você e eu, conhecemos pessoas que não tem a quem amar e nem ao que amar. Não tem o que fazer e muito menos o que esperar. Pessoas que só têm uma coisa: Dinheiro. E dinheiro, você sabe, pode comprar quase tudo, menos a felicidade. “Assim, afirma Jesus, são aqueles que entesouram para si mesmos e não são ricos para com Deus.” (Lucas 12.21).

sábado, 14 de abril de 2012

DROGAS.MAL DO SÉCULO

Dentre os vários problemas que assolam a nossa sociedade, em especial, os seus componentes mais jovens hoje, é a questão das drogas, sem dúvida, um dos mais maléficos e destrutivos. Ele é generalizado e atinge pessoas das mais variadas classes sociais, econômicas e culturais. Hoje podemos afirmar com plena certeza, que este é um problema universal, envolve todos os paises. É, uma epidemia presente em todo o mundo. E por que é assim? Por que é um problema do homem, e o homem é homem em qualquer parte do mundo. E as causas? Segundo os estudiosos do problema, são várias. As de natureza social, como a desestruturação da família, a inversão dos valores. As econômicas: desemprego falta de qualificação profissional, baixos salários e ainda a situação do baixo nível do ensino público. Há ainda as causas de natureza psicológica e emocional: Insegurança, ansiedade, solidão, falta de perspectivas e de realização pessoal, frustrações e fuga da realidade, entre outras. Pessoalmente creio que esses fatores cooperam para a existência do problema. Todavia, em minha opinião, a causa básica é de natureza espiritual. Essa situação resulta da alienação do homem em relação a Deus, seu Criador. “Deus é a necessidade das necessidades.” Disse Rui Barbosa. “Tu nos criaste para Ti e só teremos paz quando estivermos em Ti.” Afirmava Stº Agostinho. “A minha alma tem sede de Deus, do Deus Vivo.” Declarava o Rei Davi. É necessário lembrar que o homem não é apenas um animal racional. Ele é o único ser que possui duas dimensões: A Vertical e a Horizontal, que o permitem interagir com Deus e com o seu semelhante bem como com a natureza que o cerca, de cuja preservação foi ele responsabilizado por Deus que o criou à Sua Imagem e Semelhança ( Ver Gênesis 1.26-28) Foi o rompimento de suas relações com Deus que gerou o vazio que há na alma humana. Ao afastar-se do seu Criador devido à sua desobediência, o homem iniciou um processo de degradação e aviltamento. Ele foi criado para viver em harmonia com Deus, com o seu semelhante, com a natureza e consigo mesmo. O propósito de Deus era que o homem tivesse uma vida “teocêntrica”, ou seja, Deus no centro, porém ele optou por uma vida “antropocêntrica” ele é o centro. Como o profeta Jonas, ele preferiu “fugir de Deus.” (Ver Jonas 1.3). O uso das drogas proporciona “viagens”, “devaneios”, “fuga da realidade”, “poder e auto-suficiência.” Porém custa muito caro. Custa a liberdade, o amor próprio e mais que isso, custa a vida, que é o dom mais precioso que o ser humano possui. As soluções que têm sido utilizadas, tais como: o combate ao tráfico, o tratamento dos viciados, as campanhas publicitárias não estão produzindo os resultados esperados. A solução está no singular. Há uma só: Cristo na vida pessoal, no contexto da família e no conjunto da Nação. Estou falando em Cristo, não “sobre” Cristo, ou “sobre” religião. Saber sobre Cristo, professar uma religião, não resolve. O que resolve é Cristo na vida de cada um, individualmente, e na vida da família. Isso porque só Cristo pode libertar o homem do jugo do pecado. É dele a declaração: “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.” (João 8.36) E o apóstolo Paulo afirma: “Se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; e eis que se fizeram novas.”( 2 Coríntios 5.17) E Jesus afirma de modo claro, enfático, peremptório e categórico: “Porque sem mim nada podeis fazer.” (João 15.7). Fora de Cristo não há, não existe solução. Essa é a Verdade afirmada e reafirmada pelas Escrituras Sagradas

quinta-feira, 12 de abril de 2012

O PROBLEMA DA MORTE

“Assim diz o Senhor: “Põe em ordem a tua casa, porque morrerás, e não viverás.” (Isaias 38.1b.) O ser humano, tanto homens como mulheres, enfrentam e vivem realidades e problemas comuns. O Senhor adverte aos seus seguidores sobre esse fato dizendo:- “No mundo passais por aflições...” (João 16.33). Isso, todavia, não diz respeito apenas aos que são cristãos, é algo a que todos estamos sujeitos. Porém, nem todas as experiências, os problemas e as situações aflitivas são as mesmas para todos nós e acontecem nas mesmas proporções e com a mesma intensidade. Há, no entanto, um problema que nos é comum e envolve a todos nós indistintamente quer ricos como pobres, cultos como iletrados. Um problema que a ciência e a tecnologia, com todo o seu avanço e o seu esforço, nem a educação, a medicina e as religiões podem resolver. É um problema insolúvel. Refiro-me à velhice. Davi, no Salmo 37 declara: “Fui moço, e já, agora, sou velho.” (Vs.25). E seu filho, o sábio Salomão, adverte: “Lembre do seu Criador enquanto você ainda é jovem, antes que venham os dias maus e cheguem os anos em que você dirá: “Não tenho mais prazer na vida.” Eclesiastes 12. 1.-BLH). Já Moisés, o grande legislador de Israel, nos lembra: “Só vivemos uns setenta anos, e os mais fortes chegam aos oitenta, mas esses anos só trazem canseira e aflições. “A vida passa logo e nós desaperecemos.” ( Salmo 90.10-BLH) Embora hoje, em nosso país como em muitos outros, mundo a fora, a longevidade tenha aumentado, não há como livrar-nos da velhice. Nem cirurgia plástica, nem malhação, nem maquiagem e muito menos pintura dos cabelos. Nada nos livra dessa inexorável realidade que nos envolve e nos acomete a todos. Há, todavia, um outro problema que nos é comum e é muito, mas muito sério e muito mais grave. Refiro-me a morte. O escritor da Carta aos Hebreus nos diz: “Cada pessoa tem de morrer uma só vez e depois ser julgada por Deus.” (Cap. 9.27) Embora o homem não tenha sido criado para morrer, como nos mostra Salomão ao declarar que: “Tudo fez Deus formoso (perfeito) no seu tempo; e também pôs a eternidade no coração do homem...” (Eclesiastes 3.11). E por meio do apóstolo Paulo tomamos conhecimento de como a morte veio a existir: “O pecado entrou no mundo por meio de um só homem, e o seu pecado trouxe consigo a morte. Como resultado, a morte se espalhou por toda a raça humana porque todos pecaram.” (Romanos 5.12-BLH). Porém, para esse problema, que é terrivelmente mais sério e grave do que a velhice, para este há remédio, há provisão que está ao alcance de todos, pois Deus já a providenciou. Vejamos o que nos diz Paulo: “O salário do pecado é a morte, mas o presente gratuito de Deus é a vida eterna, que temos em união com Cristo Jesus, nosso Senhor. Agora já não há nenhuma condenação para as pessoas que estão unidas com Cristo Jesus. Pois a lei do Espírito de Deus, que nos trouxe vida por estarmos unidos com Cristo Jesus, livrou você da lei do pecado e da morte.”(Romanos 5.12 e 8.1,2-BLH) E o próprio Jesus declara: “ Eu afirmo a vocês que isso é verdade, quem ouve as minhas palavras e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não seja julgado, mas já passou da morte para a vida.” (João 5.24). No entanto, é bom saber que só e unicamente Jesus, tem a solução. Sem ele, nada é possível. (João 15.7