Por isso o Pai me
ama, porque eu dou a minha vida para a reassumir.”
João 10. Vs. 17.
No
próximo dia 21 será comemorado o Dia de Tiradentes, o alferes, Joaquim José da
Silva Xavier, personagem histórico tido como um dos principais articuladores
(?) da chamada “Conjuração Mineira” ocorrida em fins do século XVIII, cujo
objetivo era libertar o Brasil do regime colonial português.
É
notório que o nosso país sofre da carência de Grandes Heróis e, na verdade,
também, de verdadeiros traidores. O mártir Tiradentes mereceu um feriado nacional
e teve a sua imagem moldada com os mesmos traços fisionômicos de Cristo que,
equivocadamente também é chamado de “Mártir.” Há até um cântico espiritual, por
sinal muito cantado em nossas igrejas, que qualifica Jesus Cristo como o:
“Mártir da Paz”
O equívoco está em que o mártir “indivíduo
que sofreu a morte por sustentar as suas crenças e opiniões,” tem a sua vida tirada
e não oferecida espontaneamente. Este foi o caso de Tiradentes. Embora empenhada
numa causa que considerava justa, importante e necessária ele, entretanto, não
desejava e nem pensava em morrer por ela. Sua vida foi tirada pelos seus
algozes, que o prenderam, o enforcaram e o esquartejaram. Cristo, no entanto,
veio ao mundo, a fim de cumprir o propósito de Deus, estabelecido antes da
fundação do mundo (Ver Apocalipse 13. Vs. 8) com esse objetivo, ou seja, de
oferecer livre e espontaneamente a sua vida no lugar de nossas vidas, pagando
dessa forma, o preço de nossa Redenção. (Ver João 3.16; Romanos 5. Vs. 8; 1
Coríntios 15. Vs. 3).
O texto que encima esta minha Palavra
Pastoral, é complementado pelo Vs. 18, do mesmo Evangelho de João, onde Jesus,
falando a respeito do seu Sacrifício na Cruz, que consistia em dar a sua vida
como preço de nossa redenção, declara: “Ninguém a tira de mim; pelo contrário,
eu espontaneamente a dou, tenho autoridade para entregá-la e também para
reavê-la. Este mandato recebi de meu Pai.”
Jesus não é mártir, Ele é o Príncipe da
Paz, como nos mostra o profeta Isaias, ao falar do Seu Nascimento e do Seu Nome:
“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus
ombros; e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da
Eternidade, Príncipe da Paz.” Isaias
9. Vs.6.
Penso que seria muito bom e necessário, que
nossas igrejas corrigissem o erro teológico do aludido Cântico espiritual, o
que, aliás, é muito fácil. É só trocar a frase “mártir da paz,” por “Príncipe
da Paz.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário