sexta-feira, 12 de abril de 2013

O DIA DE TIRADENTES



Por isso o Pai me ama, porque eu dou a minha vida para a reassumir.”
              João 10. Vs. 17.
       No próximo dia 21 será comemorado o Dia de Tiradentes, o alferes, Joaquim José da Silva Xavier, personagem histórico tido como um dos principais articuladores (?) da chamada “Conjuração Mineira” ocorrida em fins do século XVIII, cujo objetivo era libertar o Brasil do regime colonial português.
       É notório que o nosso país sofre da carência de Grandes Heróis e, na verdade, também, de verdadeiros traidores. O mártir Tiradentes mereceu um feriado nacional e teve a sua imagem moldada com os mesmos traços fisionômicos de Cristo que, equivocadamente também é chamado de “Mártir.” Há até um cântico espiritual, por sinal muito cantado em nossas igrejas, que qualifica Jesus Cristo como o: “Mártir da Paz”
      O equívoco está em que o mártir “indivíduo que sofreu a morte por sustentar as suas crenças e opiniões,” tem a sua vida tirada e não oferecida espontaneamente. Este foi o caso de Tiradentes. Embora empenhada numa causa que considerava justa, importante e necessária ele, entretanto, não desejava e nem pensava em morrer por ela. Sua vida foi tirada pelos seus algozes, que o prenderam, o enforcaram e o esquartejaram. Cristo, no entanto, veio ao mundo, a fim de cumprir o propósito de Deus, estabelecido antes da fundação do mundo (Ver Apocalipse 13. Vs. 8) com esse objetivo, ou seja, de oferecer livre e espontaneamente a sua vida no lugar de nossas vidas, pagando dessa forma, o preço de nossa Redenção. (Ver João 3.16; Romanos 5. Vs. 8; 1 Coríntios 15. Vs. 3).
     O texto que encima esta minha Palavra Pastoral, é complementado pelo Vs. 18, do mesmo Evangelho de João, onde Jesus, falando a respeito do seu Sacrifício na Cruz, que consistia em dar a sua vida como preço de nossa redenção, declara: “Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou, tenho autoridade para entregá-la e também para reavê-la. Este mandato recebi de meu Pai.”
     Jesus não é mártir, Ele é o Príncipe da Paz, como nos mostra o profeta Isaias, ao falar do Seu Nascimento e do Seu Nome: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.” Isaias 9. Vs.6.
     Penso que seria muito bom e necessário, que nossas igrejas corrigissem o erro teológico do aludido Cântico espiritual, o que, aliás, é muito fácil. É só trocar a frase “mártir da paz,” por “Príncipe da Paz.”
     




  

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