segunda-feira, 22 de abril de 2013

AS TENSÕES SOCIAIS



“Lembra-te disto: nos últimos dias haverá tempos difíceis.”
                        2 Timóteo 3. Vs. 1-9.
           Paulo escrevendo a sua segunda carta a Timóteo, a quem está preparando para o exercício do Ministério Pastoral, fala-lhe profeticamente, das tensões sociais e espirituais dos últimos dias. Ele destaca que a “pecaminosidade da voluntariedade humana encontrará plena e irrestrita expressão por meio de ações, palavras e pensamentos. Acabar-se-ão as práticas de reverência, do dever, da gratidão, do amor ao próximo e aos parentes e da honra aos pactos assumidos. Os homens tornar-se-ão diabólicos, descontrolados, violentos, inimigos das virtudes, prontos para trair seus semelhantes, inexoráveis, desviados pela própria presunção. Aqueles que professam ser religiosos preferirão o amor aos prazeres ao  amor a Deus; externamente fingirão certa forma de reverência, mas repudiarão deliberadamente seu autêntico poder transformador.” (Novo Dicionário da Bíblia).        
         Creio que este relato nos apresenta um retrato de “corpo inteiro” da grande maioria das pessoas que formam hoje a nossa sociedade. Basta fazer uma pequena análise daquilo que vemos ao nosso redor e concluiremos que já estamos vivendo a situação classificada por Paulo como: “tempos difíceis.” A ignorância e ou o abandono dos postulados da Lei Natural, dos Valores Morais e Espirituais e dos Preceitos Divinos, em relação ao casamento, à formação da família, ao respeito e amor ao próximo, o altruísmo, à justiça, à honestidade e à verdade, praticamente desapareceram.
          O profeta Isaias, cerca de 800 antes de Paulo, já profetizava: “A justiça é posta de lado, e o direito é afastado. A verdade anda tropeçando no tribunal, e a honestidade na consegue chegar até lá. A verdade desapareceu, e os que procuram ser honestos são perseguidos.” (Isaias 59. Vs. 14, 15-BLH). É necessário entender que essa palavra de Isaias, tem uma dupla referência. Fala da situação de Israel e aponta profeticamente para o futuro. É inegável que a falta de confiança entre as pessoas comuns e nos que estão investidos pelo poder de representar a população é algo inconteste. Os noticiários dos vários veículos de comunicação destacam diariamente o aumento da criminalidade, os atos de corrupção e os desmandos de nossas autoridades. O Poder Público, que devia priorizar os interesses da população, o substituiu pelo interesse pessoal dos que manipulam o Poder. Não se faz Política (Ciência do governo dos povos e dos negócios públicos) o que vemos é “politicagem partidária” na qual o povo é um “pequeno detalhe” lembrado apenas por ocasião das eleições, pois os políticos fazem do “poder o seu deus.” A criminalidade assume proporções endêmicas. Os crimes hediondos se multiplicam e atigem às várias camadas da sociedade. As leis, nos seus vários e sutis meandros estimulam a prática do crime e alimenta a impunidade. Tal estado de coisas banaliza a vida, justifica a esperteza, estimula a corrupção e esmorece a esperança dos que ainda crêem nos valores da vida.
          Paulo não exclui aos cristãos evangélicos neste contexto de deterioração social, moral e espiritual, pois fala daqueles que tem apenas “aparência de piedade e fracassaram na fé.” (Vs.5 e 8). Vemos hoje igrejas barganhando com o mundo e suas práticas. Suas mensagens refletem o que as pessoas querem ouvir e não o que elas precisam ouvir. Temos hoje um evangelho sem cruz. Um cristianismo sem Cristo. Ele está fora da porta ( Apocalipse 3. Vs. 20.”  É triste, mas é verdade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário