Desejo retornar a
este assunto em função de algumas dúvidas que me foram apresentadas por
leitores, via internet. O Evangelho é uma Religião? Perguntaram-me. Minha
resposta é Não! O termo religião vem de um verbo latino, “religare” que
significa: re-ligar, ou seja, ligar de novo.
Após haver sido criado por Deus à
sua imagem e semelhança e ter sido posto à prova quanto ao uso de sua vontade e
liberdade próprias, o homem optou por desobedecer ao seu Criador e, em razão do
seu ato, foi afastado, desligado da comunhão com Deus. A partir daí, em face da
necessidade de tentar restaurar sua comunhão com o seu criador, o homem passou
a criar religiões, todas fundamentadas no fazer,
no realizar: boas obras, atos
cerimoniais, penitências, etc. com o fim de agradar
a Deus e alcançar as suas benesses.
Todas as religiões, como sabemos, têm os seus fundadores e as suas práticas
“religiosas.” O Evangelho, que também tem as suas práticas, apresenta,
entretanto, algumas diferenças fundamentais. Primeira: Ele foi criado
por Deus e anunciado inicialmente por um anjo: “O anjo, porém, lhes disse: Não
temais; eis aqui vos trago “boa nova” (significado da palavra Evangelho), de
grande alegria, que o será para todo o povo; é que hoje vos nasceu, na cidade
de Davi, o Salvador, que é Cristo o Senhor.” Lucas 2. Vs.10,11. E o apóstolo
Paulo, afirma: “O Evangelho por mim anunciado não é segundo o homem; porque eu
não o recebi de homem algum, mas mediante a revelação de Jesus Cristo.” Gálatas
1. Vs. 11,12. Segunda: Além dessa diferença fundamental, podemos
destacar outras. No Evangelho não é o homem que busca Deus. É Deus quem busca o
homem, como nos mostra o próprio Cristo, ao proclamar: “Porque o Filho do Homem
veio buscar e salvar o perdido.” Lucas 19. Vs. 10. No Evangelho o importante
não é o fazer, mas o ser. Como nos mostra Paulo: “Pois nem
a circuncisão é coisa alguma, nem a incircunsição, mas o ser uma nova criatura.” Gálatas 6. Vs.15. E em 2 Coríntios 5. Vs.
17, o mesmo apostolo nos diz: “Quem está unido com Cristo é uma nova pessoa” (...) Nas religiões as boas obras são um meio para a
salvação. No Evangelho elas são os objetivos. Paulo declara: “Pois foi Deus quem nos fez o que
somos agora; em nossa união com Cristo Jesus, ele nos criou para que fizéssemos
as boas obras que ele já havia preparado para nós.” Efésios 2. Vs.10. Os vários
fundadores de religiões morreram e os seus restos morais continuam em seus
túmulos. Só Jesus Cristo venceu a morte, ressuscitando dentre os mortos,
conforme o testemunho das Escrituras: “Antes de tudo vos entreguei o que também
recebi; que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que
foi sepultado, e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. E apareceu
a Cefas, e, depois aos doze. Depois foi visto por mais de quinhentos irmãos.
Mas de Fato Cristo ressscitou dentre os mortos.” (...) 1 Coríntios 15. Vs. 3,4 e 20.
Creio que o que acabo de expor é
mais que suficiente para mostrar a grande diferença entre o Evangelho de Cristo
e as chamadas Religiões. Quero, no entanto, apresentar uma última evidência.
As religiões procuram tirar o homem do pecado. Todavia só o Evangelho tira o
pecado do homem e transforma a sua vida, conforme o testemunho de João Batista
e de Paulo: “No dia seguinte, João viu Jesus vindo na direção dele e disse: Aí
está o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo!” João 1.Vs.29 “Pois o
salário do pecado é a morte, mas o presente gratuito de Deus é a vida eterna,
que temos em união com Cristo Jesus, nosso Senhor.” Romanos 6. Vs. 23. Estas
são as diferenças. O julgamento é seu.
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