“Já não vemos os
nossos símbolos; já não há profetas; nem, entre nós, quem saiba até quando.”
Salmo 74. Vs. 9.
O salmista Asafe expressa neste
texto a sua preocupação com a situação deplorável em que se encontrava o seu
povo. Amargando o vilipêndio, escravizado e humilhado. É uma mistura de desalento
e perplexidade. Jerusalém, a Cidade Santa, destruída juntamente com o Templo,
símbolo da presença do Senhor, era algo difícil de entender e mais ainda de
aceitar. O melhor do povo como dos seus bens havia sido levado para a
Babilônia. Era a reiteração de um triste fato histórico, a escravidão no Egito.
Asafe inicia o seu cântico de
lamento com uma interrogação: “Por que nos rejeitas, ó Deus, para sempre?
Porque se acende a tua ira contra as ovelhas do teu pasto?” Essa era a pergunta
que o fazia a olhar para o passado, na busca das causas que geraram esse
quadro, essa situação de aflição e angústia. Certamente lhe vem à mente a
triste trajetória do povo com relação ao seu comportamento para com Deus:
Desobediência, rebeldia, idolatria e infidelidade para com o Senhor e para com
a Sua Palavra e os seus cerimoniais, embora pomposo, mas vazios da Presença e
aprovação do Senhor. É bom lembrar que o fator, o elemento que marcava e faria
o diferencial entre Israel e os demais povos, era a Lei Espiritual e Moral que
lhes fora dada pelo próprio Deus. Deuteronômio 28. Vs. 1-14. O abandono, a
inobservância, a infidelidade para com Deus e sua Palavra abriram espaço para a
ação destruidora do inimigo.
Voltando ao Vs. 9, já citado, sua
leitura soa-me como uma advertência profética para o novo Povo de Deus, a
Igreja. Já começamos a no inquirir: Onde estão os nossos símbolos? Já não há
profetas que sejam fiéis à Palavra de Deus? Onde estão àqueles homens
levantados por Deus e compromissados com Ele e sua Palavra, que a anunciem com
fidelidade, firmeza e destemor, aquilo que as pessoas precisam ouvir e não os
que elas querem ouvir? Nossos tempos exigem que estejamos atentos quanto aos
“desvios doutrinários,” os modismos e a complacência e comprometimento e com a
adoção das coisas do mundo que estão nos levando a um nivelamento muito
perigoso. Creio que precisamos fazer uma nova leitura de Malaquias 3. Vs. 18 e
de repensar o nosso procedimento em relação as coisas de Deus exaradas em Sua Palavra. Creio
que é tempo de reflexão.
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