segunda-feira, 4 de março de 2013

A MÚSICA NA IGREJA

  

“Entrai por suas portas com ações de graças,
    e nos seus átrios com hinos de louvor.” Salmo 100. Vs. 4.

    O “escritor João Barreto, cognominado de João do Rio, já falecido, em
sua obra Religiões do Rio,” faz um interessante comentário sobre a
música na igreja. Diz ele: “A atração da igreja é a música. Ganham-se
mais fiéis entoando um belo hino, que fazendo um sábio discurso.” A
música sempre esteve associada ao culto como uma forma de adoração. O
povo israelita era, e ainda é, um povo que canta e muito.
    Ao fazer esse comentário sobre e a música na igreja, corro o risco de
desagradar muita gente já que tenho posições definidas sobre esse
assunto e me sinto entristecido ao verificar o tipo de música que
muitas igrejas estão usando em seus cultos. Entendo que há música e
música. Há aquela que, face ao seu rítimo, provoca balanços, gingados,
movimentos aeróbicos, etc. E há aquela música, instrumental ou vocal,
que fala ao nosso coração e enleva a nossa alma e nos conduz à
reflexão. Outra questão importante é saber fazer distinção entre
música profona e música sacra. Esta última é a música do templo,
aquela que é produzida com um fim e para um fim exclusivo, ou seja, de
ser usada para compor o culto, integrar o processo de adoração e
louvor a Deus, na liturgia cúltica. A música sacra tem conteúdo,
contém mensagem com base bíblica e teológica e não simplesmente um
conjunto de palavras e frases que não comunicam absolutamente nada,
nem à mente, nem ao coração e muito menos à alma dos participantes do
culto, ou simplesmente daqueles que a ouvem. Não podemos ignorar o
poder da boa música. Conhecemos hoje a chamada “musicoterapia.” O uso
da música clássica para o tratamento de pacientes em hospitais. Essa
prática é bem antiga. Quando Saul, por sua desobediência para com a
ordem de Deus em relação ao povo amalequita e sua precipitação em
ministrar os sacrifícios, atribuição não do rei, mas unicamente
daqueles que exerciam o Sacerdócio, foi rejeitado pelo Senhor, e um
espírito mau passou a atormenta-lo, o jovem Davi foi chamado e nos
momentos de crise do rei, ele tangia a sua harpa e Saul se acalmava.
Ver 1 Samuel 16. Vs. 14 -23. Você já imaginou se Davi usasse o tipo de
música cuja ênfase é o rítimo e a altura do som? Será que os
resultados seriam os mesmos? Muitos ainda se lembram da polêmica
causada em muitos seguimentos cristãos evangélicos quando da
introdução das “baterias” entre os instrumentos musicais usados em
nossos templos. Hoje, no entanto, elas reinam absolutas e o seu som
muitas vezes impede que ouçamos e entendamos a mensagem (quando há)
dos chamados “cânticos espirituais.”
    Há aqueles que dizem: Música é música, não fazendo nenhuma distinção
entre a profana = fora do templo, e a sacra = sagrado, separado,
música com o fim precípuo de ser usada nos cultos prestados ao Senhor
em seus templos. O que difere uma da outra é o seu conteúdo, a sua
natureza e o seu fim ou objetivo. Qualquer mistura significa: “trazer
fogo estranho perante o do altar do Senhor.”.

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