Lucas registra no
cap. 15 do seu Evangelho, uma das parábolas contadas por Jesus que, sem dúvida
é a mais conhecida e emocionante de tantas quantas foram contadas pelo Senhor
Jesus. Trata-se de um jovem que mesmo vivendo numa confortável casa, em
companhia do seu pai e de um irmão mais velho onde, pela análise do referido
texto, percebemos que não lhe faltava absolutamente nada. Todavia, ele não se
sentia realizado, satisfeito e feliz. Seu coração alimentava o desejo de
conhecer outras terras, novas pessoas, fazer novos amigos e vivenciar novas
experiências. Movido por esses anseios do coração, pediu ao pai a sua parte da
herança que lhe cabia. E o pai, mesmo ainda vive, e certamente pesaroso,
repartiu os haveres aos quais ele tinha direito. Após alguns dias o jovem
reunindo tudo quanto tinha partiu, na busca de uma nova terra e de novas
aventuras, descobertas e experiências. Realmente encontrou o que procurava:
novos amigos, novos prazeres. Realmente algo muito diferente daquilo que até
agora ele havia conhecido e experimentado. Porém, o inesperado aconteceu. Após
haver gasto tudo possuía numa vida dissoluta e devassa, ocorreu uma grande fome
na terra onde ele se encontrava. Agora, sem dinheiro, sem os “amigos” que o
dinheiro faz, começou a passar fome. Tornou-se um “morador de rua.” As portas
antes abertas, agora estavam fechadas. Pede, súplica, mas ninguém lhe dá nada.
Finalmente consegue um emprego: apascentar porcos, e faminto, deseja comer do
alimento que dava aos suínos, porém até isso lhe era negado. E aí, no silêncio
da escura e fria noite, tendo como fundo o roncar dos porcos e o odor dos
chiqueiros ele, que já havia caído tanto, agora tem a oportunidade de “cair em si mesmo” e de fazer um balanço
de sua vida e ao fazê-lo, resolve voltar para a Casa do Pai, disposto a abrir
mão da condição de filho e ser recebido apenas como um empregado diarista. Preparou um discurso para transmitir ao seu pai
e assim resolvido, levantando-se rumou em direção à casa paterna. Seu pai, que
a cada manhã, à tarde e à noite olhava até a curva da estrada, viu quando o seu
filho aparecia, lá ao longe, e saiu ao seu encontro o abraçou e o beijou. E
quando o filho começou a falar aquilo que havia preparado, foi interrompido
pela ordem dada aos criados que lhe fossem dadas as melhores roupas, sandálias
para os pés e um anel para o seu dedo.
Essa é não uma história qualquer. Ela é
a história do homem, aqui representado na figura deste jovem. Do homem que,
criado à Imagem e Semelhança de Deus, para viver com Ele adorando-O e
servindo-O, numa vida realizada e feliz resolveu, por um ato de desobediência,
viver a sua própria vida, curtindo os prazeres mundanos e carnais e assim,
virando as costas para o seu Criador e, por conseqüência, perdendo a sua vida espiritual,
restando-lhe apenas uma existência de trabalho, suor e lágrimas. Mas “Deus, que
é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós
mortos em nossos delitos e pecados, enviou-nos o Seu Filho Unigênito, Jesus
Cristo, a fim de levar-nos de volta para Ele. (Efésios 2.Vs. 4,5 e João
3.16,17).
Meu caro leitor, hoje é tempo de voltar
para Casa do Pai. O Caminho e a Porta permanecem abertos e estão à sua espera. (Veja
João 14. Vs. 6 e 10.Vs.9.) Na Casa do
Pai há uma nova roupagem, a da justiça de Deus, e novos calçados para os pés, o
Evangelho da Graça, e anel para o seu dedo que o identifica como fazendo parte
da Família de Deus. (Ver
Efésios 3.Vs. 19; 6. Vs. 13-17)
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