Escrevendo sua Carta aos crentes das
igrejas da Galácia, após a sua breve saudação, Paulo revela sua preocupação
pelo comportamento deles, ao declarar-lhes: “Estou muito admirado com vocês,
pois estão abandonando tão depressa aquele que os chamou por meio da graça de
Cristo e estão aceitando um outro evangelho.” Gálatas 1. Vs. 6. Chama a nossa
atenção o fato do apóstolo, após sua saudação mostrar-se, não apenas admirado,
mas profundamente preocupado com o comportamento dos membros daquelas igrejas,
em relação ao Evangelho que eles haviam recebido. Certamente que sua fidelidade
a Cristo bem como à Palavra de Deus, como a sua responsabilidade para com o
Ministério que havia recebido do Senhor, o levaram a usar essa linguagem direta
e franca. Creio que podemos entender a expressão: “tão depressa” como significando:
“trocando rapidamente.” (Mof, citado em o Novo Com. da Bíblia). O fato que provocou essa
dura advertência de Paulo aos gálatas se deu por volta dos anos 49 d.C.
Imaginem como se sentiria o apóstolo, ao qual foi dado o privilégio de conhecer
e revelar o Mistério da Igreja, (Efésios 2. Vs. 11 a Cap. 3.Vs. 1-13), diante
do que vem ocorrendo em muitas de nossas igrejas?
O que assistimos hoje ultrapassa, em
muito, aos problemas criados pelos judaizantes nos dias de Paulo. As pressões
que as nossas igrejas estão sofrendo são muito maiores e mais graves que a
questão da “circuncisão e observância dos preceitos da Lei” que os aludidos
judaizantes tentavam impor às igrejas. São as questões da união homossexual; do
aborto; da ordenação de mulheres para o Presbiterato; da Ceia do Senhor aberta
a crentes, não-crentes e crianças; é a pregação de uma fé utilitária que aponta
somente para o aqui e o agora. Um
evangelho que não envolve arrependimento, renúncia, porta estreita e caminho apertado.
Um evangelho sem Cruz (Filipenses 3. Vs. 18), sem Sangue Remidor. Um evangelho
do fazer e não do ser. Um evangelho que promete riquezas
terrenas e que ignora a advertência de de
Jesus sobre as “traças e a ferrugem.”
Um evangelho que faz de Jesus um “repartidor
de bens puramente materiais (Lucas 12.Vs. 14). Um evangelho que gera
igrejas que não mais têm Escolas Bíblicas Dominicais, porque a Bíblia se tornou
num mero “adereço” e não é mais, pelo
menos para elas, a “única e infalível
regra de fé e prática.” Igrejas que se tornaram em Empresas não com o fim de
ganhar almas para Cristo e fazer crescer o Reino de Deus, mas para produzir
poder econômico e político. Igrejas cujos pastores são também grandes
empresários. Igrejas que barganham com o
mundo esquecendo que “a amizade do
mundo é inimiga de Deus.” (Tiago
4. Vs.4) Sem dúvida vivemos o período Histórico-Profético descrito na Sétima
Carta do Apocalipse Cap. 3, onde Cristo
está fora da porta da igreja.
Igreja que bate no peito e declara: “Somos
ricos, estamos bem de vida e temos tudo o que precisamos.” Vs. 1, o que
mostra que caminhamos rumo a um cristianismo
sem Cristo.
Em suma, caros
leitores, a situação atual é tão crítica que até o Chefe da Igreja Católica
Apostólica Romana. Igreja que é mais Mariana
que Cristã e Apostólica não agüentou a pressão e “jogou a toalha.” É lamentável, porém é a realidade.
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