terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

UM OUTRO EVANGELHO




            Escrevendo sua Carta aos crentes das igrejas da Galácia, após a sua breve saudação, Paulo revela sua preocupação pelo comportamento deles, ao declarar-lhes: “Estou muito admirado com vocês, pois estão abandonando tão depressa aquele que os chamou por meio da graça de Cristo e estão aceitando um outro evangelho.” Gálatas 1. Vs. 6. Chama a nossa atenção o fato do apóstolo, após sua saudação mostrar-se, não apenas admirado, mas profundamente preocupado com o comportamento dos membros daquelas igrejas, em relação ao Evangelho que eles haviam recebido. Certamente que sua fidelidade a Cristo bem como à Palavra de Deus, como a sua responsabilidade para com o Ministério que havia recebido do Senhor, o levaram a usar essa linguagem direta e franca. Creio que podemos entender a expressão: “tão depressa” como significando: “trocando rapidamente.” (Mof, citado em o Novo Com. da Bíblia). O fato que provocou essa dura advertência de Paulo aos gálatas se deu por volta dos anos 49 d.C. Imaginem como se sentiria o apóstolo, ao qual foi dado o privilégio de conhecer e revelar o Mistério da Igreja, (Efésios 2. Vs. 11 a Cap. 3.Vs. 1-13), diante do que vem ocorrendo em muitas de nossas igrejas?
          O que assistimos hoje ultrapassa, em muito, aos problemas criados pelos judaizantes nos dias de Paulo. As pressões que as nossas igrejas estão sofrendo são muito maiores e mais graves que a questão da “circuncisão e observância dos preceitos da Lei” que os aludidos judaizantes tentavam impor às igrejas. São as questões da união homossexual; do aborto; da ordenação de mulheres para o Presbiterato; da Ceia do Senhor aberta a crentes, não-crentes e crianças; é a pregação de uma fé utilitária que aponta somente para o aqui e o agora. Um evangelho que não envolve arrependimento, renúncia, porta estreita e caminho apertado. Um evangelho sem Cruz (Filipenses 3. Vs. 18), sem Sangue Remidor. Um evangelho do fazer e não do ser. Um evangelho que promete riquezas terrenas e que ignora  a advertência de de Jesus sobre as “traças e a ferrugem.” Um evangelho que faz de Jesus um “repartidor de bens puramente materiais (Lucas 12.Vs. 14). Um evangelho que gera igrejas que não mais têm Escolas Bíblicas Dominicais, porque a Bíblia se tornou num mero “adereço” e não é mais, pelo menos para elas, a “única e infalível regra de fé e prática.” Igrejas que se tornaram em Empresas não com o fim de ganhar almas para Cristo e fazer crescer o Reino de Deus, mas para produzir poder econômico e político. Igrejas cujos pastores são também grandes empresários. Igrejas que barganham com o mundo esquecendo que “a amizade do mundo é inimiga de Deus.” (Tiago 4. Vs.4) Sem dúvida vivemos o período Histórico-Profético descrito na Sétima Carta do Apocalipse Cap. 3, onde Cristo está fora da porta da igreja. Igreja que bate no peito e declara: “Somos ricos, estamos bem de vida e temos tudo o que precisamos.” Vs. 1, o que mostra que caminhamos rumo a um cristianismo sem Cristo.
Em suma, caros leitores, a situação atual é tão crítica que até o Chefe da Igreja Católica Apostólica Romana. Igreja que é mais Mariana que Cristã e Apostólica não agüentou a pressão e “jogou a toalha.” É lamentável, porém é a realidade.

                           


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