sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

E TUDO O QUE HÁ EM MIM



O Salmo 103, do qual faz parte a expressão acima, pode ser chamado de: “Hino de Louvor ao Deus de toda Glória.” Davi, seu autor, começa falando à sua própria alma numa atitude de reflexão e retrospecção convocando-a a “bendizer ao Senhor e a não se esquecer de nem um só dos seus benefícios.”Vs.1,2.
            Ao olhar para traz Davi pode contemplar e rememorar todos os beneficios recebidos do Senhor quer no plano individual de sua própria vida, como na vida do seu povo. Bênçãos espirituais e materiais, de proteção e livramento, de graça e misericórdia. E ele, movido por sua profunda sensibilidade e fundamentado em sua inquestionável experiência pessoal com Deus, se sente devedor, se reconhece em débito para com aquele que é “O Senhor de toda Glória.” Dobrado sobre si mesmo diante dessa realidade ele conclama à sua alma, dizendo: “Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga ao seu Santo Nome. Bendize ó minha alma ao Senhor e não te esqueças de nem um só dos seus benefícios.”
            Creio que essa atitude do salmista, que pode nos parecer muito radical, deixa claro que o louvor ao Deus Eterno deve envolver todo o nosso ser. Olhe pra você! Suas mãos, pés, olhos, ouvido, lábios. Tudo o que há em você deve bendizer o Senhor. Pense no que você tem! Alma, espírito, mente sentimentos, coração, corpo. Tudo o que há em você deve louvar ao Senhor. Seu modo de falar, de olhar, de pensar, andar, comer, vestir, trabalhar, brincar. Tudo deve bendizer ao Senhor. É isso que Davi diz à sua alma. É isso que a Palavra de Deus nos diz. Nada menos do que TUDO será suficiente para manifestar o nosso reconhecimento e a nossa gratidão diante de todos os Benefícios que temos alcançado das mãos dadivosas do nosso Deus e Criador. Benefícios que são constantes e abundantes como a luz do sol, o vento suave; a chuva que faz a terra produzir e alimenta os mananciais e satisfaz a nossa sede; o trabalho que nos permite obter o pão de cada dia; a nossa família; os nossos amigos.
            Além desses benefícios que podemos inferir na análise das entrelinhas do Salmo, Davi menciona aqueles que só o Senhor pode nos conceder. Ele declara: “É ele (o Senhor) que perdoa todos os nossos pecados. Quem sara todas as nossas enfermidades; quem da morte redime (liberta) a nossa vida, e nos coroa de graça e misericórdia; quem farta de bens a nossa velhice, de sorte que a nossa mocidade se renova como a da águia.” Vs. 3-5.
          Essas bênçãos só o Senhor pode nos conceder. Diante dessa realidade, o salmista interroga a si mesmo: “Que darei ao Senhor por todos os seus benefícios para comigo?” (Salmo 116.12). Deus não quer nada do que possamos lhe oferecer senão a nós mesmos. O tempo presente nos motiva a pensar nisso.
                                 
                                                         

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