Durante as quatro sextas feiras de
janeiro último abordei, em minha coluna, o tema: A Segunda Vinda de Cristo.
Analisamos suas promessas, as confirmações e os sinais precursores do seu
regresso a Terra. Na sua maioria aspectos físicos, sociais, morais e
espirituais.
Hoje me proponho a abordar, na forma
de Artigo, um sinal de natureza Teológica, espiritual, bíblica e doutrinária.
Desejo tratar da Apostasia como um sinal que chamaria de “eclesiástico”, pois ocorre
com e nas igrejas. Apostasia é a:
“Negação e abandono da fé”. E fé, neste contexto, tem o sentido de: “Conjunto
das doutrinas bíblicas, básicas e fundamentais, ensinadas por Cristo e seus
Apóstolos.” Ou, ainda abandono da: “Confiança em Deus, em sua Palavra, no seu
Unigênito Filho Jesus Cristo e na Sua Obra Redentora.” Paulo escrevendo a
Timóteo, adverte: “O Espírito de Deus diz claramente que, nos últimos tempos,
alguns apostatarão da fé por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de
demônios.” E diz mais: “Conjuro-te, na presença de Deus e de Cristo Jesus, que
julgará todos os seres humanos, tanto os que estiverem vivos como os que
estiverem mortos, eu ordeno a você, com toda a firmeza, o seguinte: por causa
da vinda de Cristo e do seu Reino, prega a Palavra, insta, quer seja oportuno,
quer não, corrige, repreende, exorta com toda longanimidade e doutrina. Pois
haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina, pelo contrário, cercar-se-ão
de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos
ouvidos; e se recusarão dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas.” (1
Timóteo 4.1 e 2 Timóteo 4.1-4). Quero deixar claro que o que está dito cima são
afirmações e exortações de Paulo, o apóstolo, e não do Rev. Mauro e, fora de
dúvida, trata-se de uma palavra profética, posto ter Paulo escrito a primeira Carta
nos anos 62 - 64 e a segunda nos anos 64-68 d.C. E Judas, o irmão de Tiago, em
sua breve Carta, escrita entre 65-67 d.C. Declara: “Amados, quando empregava
toda a diligência, em escrever-vos acerca da nossa comum salvação, foi que me
senti obrigado a corresponder-me convosco, exortando-vos a batalhardes
diligentemente pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos.” Judas
Vs. 3
Penso não ser necessário fazer um
exame acurado para constatarmos que a profecia do apóstolo Paulo é algo sério e
atual. E o apelo de Judas é válido face ao que vem ocorrendo, hoje, nos Arrais
cristãos. Se não, vejamos: A pregação da Palavra de Deus não ocupa mais o
principal espaço na liturgia dos cultos. Igrejas há que já aboliram as suas
Escolas Bíblicas Dominicais, onde o estudo da Palavra era realizado para as
várias faixas etárias. A Bíblia tornou-se um mero adereço ou foi substituída
pelo “Data Show.” Culto agora é “show.” A música é “gospel.” Os Corais foram
extintos e substituídos por “Equipes de Louvor” que realizam um culto dentro do
próprio culto: pregam, cantam, oram, fazem apelos. Só falta levantar oferta.
Doutrinas como: Santificação, Eclesiologia (doutrina da Igreja), Soteriologia (doutrina
da Salvação), Hamartiologia (doutrina do pecado) Escatologia (doutrina das
últimas coisas) são desconhecidas ou esquecidas. A Teologia (Ciência de Deus e
de suas relações com o homem e o universo) tornou-se e uma síntese de:
Antropologia (ciência do homem), Sociologia (Ciência que dos fenômenos sociais)
e Psicologia (Ciência da alma) A chamada Teologia Contemporânea, é definida,
como: “o esforço de reconceituar verdades bíblicas atemporais de forma que
sejam compreensíveis às pessoas que vivem hoje.” (M.J.Erickson).
Face à essa inconteste realidade sou
por concordar com o nobre irmão Erwim Lutzer, quando afirma que: “ a grade pergunta
que a igreja tem de responder hoje, é: “O
que significa para a Igreja ser Igreja? Já Abraão Lincol dizia: “O silêncio torna os melhores homens, covardes.”
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