“Que é o homem, para que tanto o
estimes, e ponhas
nele o teu
cuidado.” Jó 7.17.
O Rev.
Martin Luther King, em um dos seus sermões, afirmou: “Não somos o que
gostaríamos de ser. Não somos o que ainda seremos, mas graças a Deus, não somos
mais quem éramos.” Muitos filósofos já indagaram: “Será o homem um ser cognoscível?”
(Adj. que significa: “que se pode conhecer”).
A Bíblia,
que é a Palavra de Deus e é fonte de revelação das relações de Deus com o homem
e com o universo, nos mostra que o homem é um ser racional, social, inteligente
e espiritual, criado por Deus à Sua Imagem e Semelhança tendo conhecimento,
liberdade e vontade próprios. Ver Gênesis 1.26-28; 2. 7 16-17. Todavia, nem
todos se dão ao trabalho de pensar, de reflexionar sobre quem é de onde veio o
que faz aqui e para onde vai. A maioria adota a filosofia das canções populares
que dizem: “Deixa a vida me levar; vida leva eu”. “Sem lenço, sem documento,
nada nos bolsos ou nas mãos eu vou.” Verificamos que embora a ciência e a
tecnologia, nos seus avanços e conquistas, têm mostrado a extraordinária capacidade
do ser humano, este, no entanto, pouco avançou no conhecimento de si mesmo. A
razão dessa falta de equilíbrio, certamente está em que a antropologia da
maioria dos homens, incluindo os da ciência, não se fundamenta no único e
fidedigno registro que nos mostra a verdade sobre a origem e a finalidade do
homem, que são as Escrituras Sagradas.
Sócrates,
filósofo grego, que viveu antes de Cristo. Mestre de Platão, tinha como pedra
de toque do seu pensamento filosófico, a expressão: “Conhece-te a ti mesmo.”
Essa é uma prerrogativa com a qual Deus nos dotou, ou seja, a capacidade de
saber quem somos de onde viemos o que fazemos aqui e para onde vamos. Todavia,
percebemos que na sua grande maioria, o homem não se preocupa com essa
importante e decisiva questão que determina o seu presente e o seu futuro.
Falando sobre
essa realidade o Dr. Jung afirma que “a neurose central de nossa época é a
vacuidade” que significa: “um estado de vácuo, de vazio, inanidade, oco”. Creio
que essa é a razão porque dezenas, centenas e até milhares de adolescentes e
jovens, de todas as camadas sociais são atraídos pelas drogas, pelo álcool e
até mesmo pelo crime. Revelando uma total falta de perspectiva que deixa claro
a ignorância quanto à sua dignidade e identidade como seres humanos. Em
resultado disso há uma banalização da vida bem como dos valores sociais, morais
e espirituais. Fatos que apontam para uma inegável realidade: A falta do
conhecimento e da presença de Deus na vida individual dessas pessoas. Não falo
de religião. Não me refiro as informações a respeito de Deus. Porém de Deus
mesmo como Ser Pessoal que é. Do Deus por cuja presença anseia a nossa alma,
como nos mostra o salmista ao confessar: “A Minha alma tem sede de Deus, do
Deus Vivo” (Salmo 42.2) Do Deus que nos criou, que nos estima que revela o seu
Amor por nós na pessoa de Jesus Cristo. Do Deus que tem prazer em que vivamos e
andemos com Ele, como declara o profeta ao registrar: “Ele te declarou ó homem,
o que é bom; e que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça,
e ames a misericórdia e Andes
humildemente com o teu Deus.” Miquéias 6.8.
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