quinta-feira, 25 de outubro de 2012

VACUIDADE, NEUROSE ATUAL



                            “Que é o homem, para que tanto o estimes, e ponhas
                            nele o teu cuidado.” Jó 7.17.

            O Rev. Martin Luther King, em um dos seus sermões, afirmou: “Não somos o que gostaríamos de ser. Não somos o que ainda seremos, mas graças a Deus, não somos mais quem éramos.” Muitos filósofos já indagaram: “Será o homem um ser cognoscível?” (Adj. que significa: “que se pode conhecer”).
            A Bíblia, que é a Palavra de Deus e é fonte de revelação das relações de Deus com o homem e com o universo, nos mostra que o homem é um ser racional, social, inteligente e espiritual, criado por Deus à Sua Imagem e Semelhança tendo conhecimento, liberdade e vontade próprios. Ver Gênesis 1.26-28; 2. 7 16-17. Todavia, nem todos se dão ao trabalho de pensar, de reflexionar sobre quem é de onde veio o que faz aqui e para onde vai. A maioria adota a filosofia das canções populares que dizem: “Deixa a vida me levar; vida leva eu”. “Sem lenço, sem documento, nada nos bolsos ou nas mãos eu vou.” Verificamos que embora a ciência e a tecnologia, nos seus avanços e conquistas, têm mostrado a extraordinária capacidade do ser humano, este, no entanto, pouco avançou no conhecimento de si mesmo. A razão dessa falta de equilíbrio, certamente está em que a antropologia da maioria dos homens, incluindo os da ciência, não se fundamenta no único e fidedigno registro que nos mostra a verdade sobre a origem e a finalidade do homem, que são as Escrituras Sagradas.
          Sócrates, filósofo grego, que viveu antes de Cristo. Mestre de Platão, tinha como pedra de toque do seu pensamento filosófico, a expressão: “Conhece-te a ti mesmo.” Essa é uma prerrogativa com a qual Deus nos dotou, ou seja, a capacidade de saber quem somos de onde viemos o que fazemos aqui e para onde vamos. Todavia, percebemos que na sua grande maioria, o homem não se preocupa com essa importante e decisiva questão que determina o seu presente e o seu futuro.
         Falando sobre essa realidade o Dr. Jung afirma que “a neurose central de nossa época é a vacuidade” que significa: “um estado de vácuo, de vazio, inanidade, oco”. Creio que essa é a razão porque dezenas, centenas e até milhares de adolescentes e jovens, de todas as camadas sociais são atraídos pelas drogas, pelo álcool e até mesmo pelo crime. Revelando uma total falta de perspectiva que deixa claro a ignorância quanto à sua dignidade e identidade como seres humanos. Em resultado disso há uma banalização da vida bem como dos valores sociais, morais e espirituais. Fatos que apontam para uma inegável realidade: A falta do conhecimento e da presença de Deus na vida individual dessas pessoas. Não falo de religião. Não me refiro as informações a respeito de Deus. Porém de Deus mesmo como Ser Pessoal que é. Do Deus por cuja presença anseia a nossa alma, como nos mostra o salmista ao confessar: “A Minha alma tem sede de Deus, do Deus Vivo” (Salmo 42.2) Do Deus que nos criou, que nos estima que revela o seu Amor por nós na pessoa de Jesus Cristo. Do Deus que tem prazer em que vivamos e andemos com Ele, como declara o profeta ao registrar: “Ele te declarou ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a misericórdia e Andes humildemente com o teu Deus.” Miquéias 6.8.  


                                                                                        

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