“Atendei, agora, vós que dizes: Hoje, ou amanhã, iremos para
a cidade tal, e lá passaremos um ano, e negociaremos e teremos lucros. Vós não
sabeis o que sucederá amanhã. Que é a
vossa vida? Sois apenas como neblina que aparece por instante e logo se
dissipa.” (Tiago 4. 13,14).
Hoje é o Dia
de Finados. Centenas, milhares de pessoas visitarão os vários cemitérios
levando flores e velas a fim de homenagear os seus entes queridos. Pessoas
amigas, artistas e personagens de nossa história, já falecidos. Muitas
saudades, lembranças da convivência e experiências comuns, produzirão emoções e
lágrimas. Cultos, Missas e orações misturar-se-ão com o som das muitas vozes e
do sonido dos instrumentos musicais e dos CDS com os sucessos dos cantores e
cantoras. Músicas que marcaram a trilha sonora da vida e dos sonhos de muitas
dessas pessoas.
Penso, e
mais que isso julgo que o Dia de
Finados, quando todos pensam na morte, deve ser uma oportunidade, um ensejo um
tempo para pensarmos na VIDA. Pois a morte, todos sabemos, embora muitos
procurem ignorar, é a maior e mais concreta realidade da existência humana. Ela
é como diz a Escritura Sagrada: “O caminho de todos os da terra.” (Josué 24.14)
Pois: “Aos homens está ordenado morrer uma só vez e depois ser julgado por
Deus.” (Hebreus 9.27). Creio que vale registrar aqui um breve diálogo ocorrido
durante uma palestra que o Dalai Lama fazia numa Universidade, quando um jovem
lhe perguntou: “Mestre o que mais lhe surpreende na Humanidade? E o Dalai
respondeu: Os homens! Porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem
o dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem demasiadamente no futuro,
esquecem do presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente e nem
o futuro. E vivem como se nunca fossem morrer e morrem como se nunca tivessem
vivido.”
Na Carta de
Tiago, cujo texto encima nossa Palavra Pastoral, há uma pergunta extremamente
importante: “Que é a vossa vida?”
Penso que face a essa importante questão, deveríamos proceder como Davi, que
procura a resposta em Deus, por meio da oração: “Ó Senhor Deus, quanto ainda
vou viver? Mostra-me como é passageira a minha vida. Quando é que vou morrer?
Como é curta a vida que me deste! Diante de ti, a duração da minha vida não é
nada. De fato, o ser humano é apenas um sopro. Ele anda por aí como uma sombra.
Não adianta nada ele se esforçar; ajuntar riquezas, mas não sabe quem vai ficar
com elas. Agora, Senhor, o que posso esperar?” E Davi conclui: “A minha
esperança está em Ti.” (Salmo 39. 4-7-BLH).
Para o
problema da morte só há solução em Deus, pois como nos diz o próprio salmista
Davi: Em Deus e somente Nele, “está o manancial, a fonte da Vida.”
(Salmo 36.9) Porque “Deus, sendo rico em misericórdia, por
causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos e
pecados, nos deu Vida juntamente com Cristo.” (Efésios 2.4,5) E Jesus Cristo
declarou: “O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que
tenham VIDA.” E diz mais: “Eu sou a ressurreição e a VIDA. Quem crê em mim, ainda que morra,
viverá; e todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá eternamente.” (João
10.10; 11.25,26).
Nenhum comentário:
Postar um comentário