A data acima citada assinala um Evento Histórico de grande
importância para toda a humanidade e não apenas para aqueles que são tidos como
religiosos. Foi exatamente nesse dia 31 de outubro de 1517 que Martinho Lutero, Monge Agostiniano, “um dos poucos homens
de quem se pode dizer que alterou profundamente a história do mundo, e, seja
qual for a opinião quanto à permanência e valor de sua obra reformadora, foi,
sem dúvida, a figura central da Reforma.”(H.H Muirhead). O estabelecimento
dessa data se deve ao fato que foi nesse dia: 31 de outubro de 1517, que o
aludido Monge afixou na porta da igreja do Castelo de Wittemberg as Noventa e
Cinco Teses, nas quais Lutero se manifestava contra a venda de indulgências e
outras práticas usadas pela igreja que eram contrárias às Escrituras. Antes de
lembrar algumas dessas teses, desejo citar o que escreveu o Rev. Teófilo G.
Montenegro, pastor da 7ª Igreja Presbiteriana de Manaus, em seu excelente artigo,
publicado no Brasil Presbiteriano de outubro deste ano, com o título: “O
Gospel” é Pop. Assim escreveu o meu nobre colega: “Ser crente, nos primeiros
séculos da era cristã, era compromisso levado até às últimas conseqüências”.
Porém, o quadro mudou. No ano 313 d.C. O imperador Constantino, por meio do
Edito de Milão, concedeu liberdade de culto aos cristãos. “Mais tarde, o mesmo
imperador tornou-se a religião oficial do Império Romano.” Isso ocorreu devido o Império se sentir ameaçado pelo
crescimento e a ação dos bárbaros (povos do norte que tentavam invadir o
Império). Conhecedor da tenacidade, da coragem bem como o grande número de
cristãos existentes no Império, Constantino agiu, como muitos políticos fazem
hoje, ou seja, se declarou convertido ao Cristianismo, segundo ele, após ter tido uma visão na qual
havia uma inscrição que lhe afirmava que sob o signo do Cristianismo ele seria
vitorioso. E aí ele fez mais, prometeu a todos os que se convertessem ao Cristianismo,
ser-lhe-iam dadas as veste batismais e algumas peças de prata. Com isso houve
uma avalanche de conversões cujos conversos traziam consigo todas as suas práticas
pagãs. Todavia, os verdadeiros cristãos continuaram fiéis ao Evangelho e
sofreram enormemente nas prisões, queimados vivos, jogados às feras, sendo
mortos na arena do Coliseu como espetáculo e alegria para o povão.
Porém, aqui,
se cumpriu à palavra de Jesus: “E as portas do inferno não prevalecerão contra
ela,a Igreja.” (Mateus 16. 18). É bom que fique claro que a Igreja (Hoje
chamadas Igrejas Reformadas) não surgiu com a Reforma,. Ela existiu desde o
Pentecoste e sobreviveu durante as grandes e violentas perseguições incluindo
as que se deram durante e as posteriormente à Reforma. Quem surgiu na verdade
na Reforma foi a Igreja Romana com todas as suas práticas pagãs. O que houve a
partir da decisão de Lutero, foi a reafirmação da Tríade dos Postulados
Bíblicos que são imutáveis e fizeram parte das suas 95 Teses: Só as Escrituras.
Só a Fé. Só a Graça. É essa Igreja que continuará existindo e vencendo esses
“modismos” e práticas que proliferam em vários seguimentos evangélicos e agradam
ao povão, bem como àqueles que são apenas “fãs e torcedores de Cristo.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário