domingo, 15 de abril de 2012

A PÁSCOA CRISTÃ

“Porque a nossa Festa da Páscoa está pronta, agora que Cristo, nosso Cordeiro da Páscoa já foi oferecido em sacrifício.” ( 1 Co 5.7-BLH) Festa da Páscoa é, no Calendário Israelita, a mais importante comemoração, pois diz respeito à libertação do povo, após quatrocentos e trinta anos de escravidão no Egito. Foi instituída quando da ocorrência da última praga que Deus fizera cair sobre toda a terra do Egito. Em Êxodo cap. 12 encontramos o registro e as instruções sobre como os israelitas deveriam agir naquela noite. Cada família deveria tomar para si um cordeiro, sem defeito, macho, de um ano que, no crepúsculo da tarde do dia 14 do mês de Nisã ( Mais ou menos em 1º de abril, em nosso calendário) deveria ser morto e o seu sangue deveria ser posto em ambas as ombreiras (Batentes verticais das portas) e nas vergas (A travessa de madeira de cima dos batentes) e a sua carne deveria ser assada no fogo e comida com pães asmos e ervas amargas. Todos deveriam estar prontos para deixarem as suas casas e iniciar a jornada rumo à Terra Prometida. Naquela noite o Senhor passaria por sobre toda a terra do Egito e nas casas onde não houvesse o sangue aspergido em suas portas, o primogênito daquela casa seria morto. O sangue seria o sinal para o livramento A Páscoa Cristã tem algumas similitudes com a Páscoa dos Judeus. Em ambas não há “coelhos e nem ovos de chocolate.” No entanto, há o Cordeiro. Há Libertação de Cativeiro. Há Sangue, como um Sinal para Deus. Há a Promessa de uma Nova Terra e um Novo Céu. Todavia, na Páscoa Cristã o Cordeiro não foi providenciado pelas famílias e nem era propriedade delas e que, tendo sido morto, foi usado como alimento. Em nossa Páscoa o Cordeiro é de Deus, como anunciou João Batista: “Eis o Cordeiro de Deus!” (João 1.29). Ele morreu e seu sangue foi derramado, porém Ele ressuscitou. É dele a declaração: “Não temas; eu sou o primeiro e o ultimo, e aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos.” (Ap. 1.17,18) Na Páscoa Judaica, o sangue era um Sinal colocado nas portas das casas. Na Páscoa Cristã, como afirma o apóstolo João: “O sangue de Jesus, seu Filho, que nos purifica de todo pecado.” ( 1 João 1.7) foi derramado na Cruz e caiu sobre a terra, no Monte Calvário( João 19. 17,18), não apenas como um Sinal temporário e restrito a um povo, mas permanente e como um sinal para todos os povos. Sangue através do qual, Deus nos vê “Justificados diante dEle, por meio da fé em Seu Filho Jesus Cristo” ( Romanos 5.1). A Páscoa Judaica marcou o momento em que o povo de Israel estaria sendo libertado da escravidão no Egito. Todavia, essa libertação era de natureza física, social, religiosa e política, porém temporária. A Libertação que a Páscoa Cristã nos lembra é de natureza espiritual cujo alcance é eterno. É a Libertação da condenação e do domínio do pecado. É isso que o apóstolo Paulo nos mostra: “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Porque a lei do Espírito da vida em Cristo Jesus nos livrou da lei do pecado e da morte.” ( Romanos 8.1,2). É nisto que está a diferença entre a Páscoa Judaica e a Páscoa Cristã. Cristo, o Cordeiro de nossa Páscoa se ofereceu por nós. Tomou o nosso lugar e garantiu-nos a vitória sobre o pecado e a morte. Realidades que levaram o apóstolo Paulo a exultação ao declarar: “A morte está destruída! A vitória é completa!” “Onde está, ó morte, a sua vitória? Onde está, ó morte, o seu poder de ferir?” “O que dá à morte o poder de ferir é o pecado, e o que dá ao pecado o poder de ferir é a lei. Mas agradeçamos a Deus, que nós dá a vitória por meio de nosso Senhor Jesus Cristo!” ( 1 Co 15. 54-56). Rendamos, pois, Graças ao Cordeiro que foi morte e reviveu. A ele toda Honra, Louvor e Glória

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