quinta-feira, 19 de abril de 2012

MÃE

MÃE “Ficaram desertas as aldeias em Israel, até que eu, Débora, me levantei, levantei-me por mãe em Israel.” (Juizes 5.7). O livro dos Juizes narra a situação do povo de Israel após a sua libertação do Egito e a conquista de Canaã. Um período de turbulência política, religiosa e espiritual. Desde a morte de Josué até a escolha de Saul, o primeiro rei de Israel, o povo era governado por juizes, que eram homens chamados por Deus para essa missão. Ao todo foram dezessete e, entre eles, apenas uma mulher, Débora cujo nome significa: “Abelha” (Dicionário Bíblico de Almeida). O que chama a nossa atenção é a declaração que a própria Débora faz a respeito de si mesma: “Levantei-me por mãe em Israel.” Sua afirmação é figurativa, posto que não há registro de que ela fosse casada e tivesse filhos. Cremos que a expressão nos reporta ao significado de ser mãe: “Mulher generosa; carinhosa; desvelada, que significa: cuidadosa; zelosa; dedicada e abnegada.” É interessante observar que essa declaração é feita dentro do cântico que ela e Baraque entoaram após a vitória sobre Sísera, comandante do exercito de Jabim, rei de Hazor. Vitória conquistada sob a liderança dela, Débora. (Juizes cap.4 e 5). Meu propósito, com este breve relato sobre Débora, é o de prestar a todas as mães as minhas homenagens pela passagem do seu Dia. “Penso ser válido, ao considerarmos o exemplo de Débora, lembrar de um antigo pensamento já desgastado pelo tempo e pelas mudanças sociais, porém contendo um sentido verdadeiro e importante sobre o qual todos nós deveríamos voltar a pensar:” A mão que embala o berço, governa o mundo.” Lamentamos que já não haja tantos berços e nem tantas mãos que os embalem, em função do modo como as instituições do casamento e da família estão sendo tratadas em nossos dias, por nossos governos e nossa sociedade que se esqueceram ou nunca entenderam ou não se deram conta, que: “Mãe! É seiva que alimenta. É vento de bonança que acalma e se eleva acima das tormentas. Que Mãe! É palavra pequena, porém terna, amena que enaltece, enobrece, dignifica e enternece. Que Mãe! É renúncia constante. Amor sem medida. Anjo vigilante nas noites sofridas.” Isso não é mera poesia. Isso é realidade. Realidade ignorada, postergada, suplantada e recusada por nossa pós-modernidade onde as mulheres, estimuladas pelo movimento feminista e na busca da beleza exterior de corpos malhados e remodelados por cirurgias plásticas e silicone, se esqueceram do que é realmente importante, dignificante e belo em suas vidas e para as suas vidas, a maternidade e o embalo, não o das “baladas”, ou os dos “sábados à noite,” mas o embalar dos berços onde repousam as esperanças por um futuro melhor, com mais dignidade, respeito, solidariedade e amor. Amor como virtude e como o sentimento maior e não como mera manifestação de pura sensualidade e de desejos sexuais. Espero e faço votos que vocês que têm o privilégio de ter mães ainda vivas, possam dizer com sinceridade ou agradecer num sussurro de saudade: “A Ti, ó Mãe! Mãe presente. Mãe ausente. Mãe memória. Mãe saudade, feliz na Eternidade. A Ti! Neste Teu Dia, dizemos reconhecidos: PERDÃO E MUITO OBRIGADO!” A você que é mãe. Meus cumprimentos pelo seu Dia. Que Deus lhe conceda a sua bênção.

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