“Porém, quando o Espírito Santo descer sobre vocês, vocês receberão
poder e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e
Samaria e até nos lugares mais distantes da terra.” Atos 1. Vs. 8 (BLH)
Vivemos hoje, em termos de
Evangelho, a “febre das megas igrejas.” Pastores e membros se ufanam por
pertencerem a igrejas com uma numerosa membrezia. Eu sou Ministro Jubilado pela
IPB e, também pela UIECB, e nos meus 53 anos de Ordenação, completados no dia
25 de junho deste ano de 2013, tive a Graça e a oportunidade de pastorear
igrejas pequenas, médias e igrejas consideradas grandes, não apenas em termos
de sua importância histórica como quanto ao número de membros. Posso citar como
exemplos: A Igreja Cristã Evangélica de São José dos Campos, SP, e a Igreja
Evangélica Fluminense, no Rio de Janeiro, (a primeira igreja organizada no
Brasil, em língua portuguesa, em 11 de julho de 1858.)
Penso, entretanto, com base na
última ordem dada por Jesus aos seus discípulos, antes de sua Ascensão (Texto
acima), que o seu propósito era é ainda é que a Igreja, da qual Ele é Fundador
e Fundamento, (Mateus 16. Vs. 18), se multiplicasse gerando igrejas locais.
Essa é, a meu ver, a forma de crescimento da
Igreja, proposta por Cristo, evangelizar: Jerusalém, Judéia, Samaria,
plantando igrejas nessas regiões, e até os confins da terra.
Uma evidência que justifica o que
julgo ser a vontade de Jesus Cristo em relação à Sua Igreja, está na Igreja de
Jerusalém, a Igreja Mater. Ela nasceu com cento e vinte membros, nesse mesmo
dia recebeu mais três mil e foi se multiplicando e tornou-se numa Mega Igreja,
com uma fabulosa equipe de Pastores. Elegeu os primeiros Diáconos e todos se
sentiam felizes por pertencerem, não apenas à primeira, porém a uma Grande
Igreja. E aí, veio o martírio do Diácono Estevão, que deu origem à perseguição
que espalhou os seus membros, os quais, por onde iam passando, anunciavam o
Evangelho e plantavam novas igrejas. (Ver Atos 8. Vs. 1 a 5; 9. Vs. 31.)
No Brasil, conheço por informações
algumas igrejas consideradas grandes, do ponto de vista do número de seus
membros. Não me refiro às chamadas “igrejas virtuais”, porém a igrejas, Pessoas
Jurídicas. Conheço, no entanto, pessoalmente uma igreja que se enquadra nesse
conceito de Igreja Grande. Refiro-me à Igreja Evangélica Congregacional de
Venda das Pedras, Itaboraí, Estado do Rio de Janeiro, cujo Pastor Conselheiro é
o Rev. Professor Daniel Gonçalves Lima, seu pastor efetivo por 50 anos. Aqui
registro alguns dados numéricos dessa igreja: Membros comungantes 880; igrejas filhas, ou seja, organizadas por ela, 10 e mais: tem atualmente 2
Congregações e 1 Ponto de Pregação. Mantem integralmente 2 Missionários e
colabora na manutenção de mais 3. Dezoito de seus membros são hoje pastores e
há três outros membros fazendo Seminário. Tem ainda 3 pastores de tempo
integral, um dos quais cuida exclusivamente da Obra de Missões.
Um outro detalhe que desejo juntar
ao que penso sobre as megas igrejas, diz respeito à vivência cristã que se caracteriza pela Comunhão no plano
vertical, com Deus, e no plano horizontal, com os irmãos. Comunhão é a essência da vida da e na igreja, onde
somos recomendados a “levar as cargas uns
dos outros” (Gálatas 6. Vs.2); “a confessar as nossas faltas e a orar uns
pelos outros” (Tiago 5. Vs. 16).
Isso não acontece nas chamadas megas igrejas. Não há como! É muita gente que
não se conhece, que não se cumprimenta e mal termina o culto sai pela primeira
porta. Penso que, O Grande Rebanho é
formado por pequenas manadas de ovelhas.
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